sábado, 11 de fevereiro de 2017

RESPOSTA A HENRIQUE “CANÁRIO”: O DIRIGENTE DO “MAIS” CANTA O QUE AGRADA AOS OUVIDOS DOS MILITANTES DA ESQUERDA PEQUENO-BURGUESA


Logo após a LBI lançar um artigo analisando a tentativa de fusão entre o MAIS e NOS como parte do processo de unificação do arco político reformista em torno da estrutura do PSOL, Henrique Canary (em português “Canário”), dirigente do MAIS, publicou um texto no sítio do grupo atacando violentamente nossa corrente política, ainda que por covardia e conveniência não cite textualmente a LBI, tentando se proclamar demagogicamente contra as “calúnias e ataques pessoais”. A principal acusação é a de que seríamos uma “seita marginal” que difama seus adversários. Segundo o artigo de Henrique: “Muitas vezes, estabelece-se nessas organizações um regime profundamente autoritário, de direção unipessoal, onde cada ‘grande dirigente’ torna-se o ‘guia genial e infalível’ de um minúsculo grupo, dentro do qual sua liderança jamais é questionada. E cada minúsculo grupo se dedica a uma luta fratricida contra o grupo ‘inimigo’, quase sempre tão minúsculo quanto ele próprio, com o objetivo de ‘destruí-lo’, ‘desmascará-lo perante as massas’ ou de arrancar-lhe, pelo menos, alguns militantes. E como ‘vale tudo’ contra os inimigos, resulta que os métodos stalinistas ou proto-stalinistas de luta política penetram com força na própria esquerda socialista, que é frequentemente inundada de campanhas de calúnias, de ataques pessoais, de mentiras e de falsificações”. (Somos todos melhores que isso: marginalidade e degeneração na esquerda socialista, Esquerda On Line, 10.02). Todos esses velhos bordões cantados pelo “Canário” do MAIS soam como boa música nos ouvidos da militância pequeno-burguesa que prima pela diplomacia reformista e recorre à cortina de fumaça da “moral” para rejeitar as duras polêmicas, tradição no Marxismo Revolucionário. Essa surrada cantilena não passa de um enredo cujo eixo é demonstrar para uma militância “quebrada” a “tese” do fim do “sectarismo” inerente as correntes “ortodoxas”, obviamente sob o ângulo da intelectualidade acadêmica da “pós-modernidade”, deformada com uma “ética” pequeno-burguesa, amplamente hegemônica no interior do PSOL. Com seu texto supostamente bem “moderno” para um “novo mundo”, Canary deseja reafirmar a opção pública do MAIS em romper com o suposto “sectarismo” que impregnaria a própria história da corrente Morenista. Não por acaso, o principal dirigente do MAIS, Valério Arcary, reproduziu recentemente um texto de uma militante do PSOL (Ana Cristina Machado) que foi militante da CS e que depois teria aderido ao SU atacando duramente Moreno e seus “métodos violentos de discussão” (“esmagava aos gritos aos que tinham diferenças com ele”), apresentado o fundador da LIT como um bárbaro stalinista. É nesse contexto de revisão do Leninismo e da rejeição da vigência do regime centralizado, hierarquizado e profissional de partido que o “Canário” ataca o suposto “sectarismo” da LBI e por tabela do próprio PSTU, com o objetivo de preparar ideologicamente a militância de seu agrupamento para um ingresso oportunista do MAIS em um partido burguês socialdemocrata, no caso o PSOL, renegando inclusive os traços progressivos que ainda existem tenuemente nas organizações Morenistas, que reivindicam o regime de partido centralizado, “fardo” que o MAIS não está mais disposto a carregar. Não nos surpreende que as calúnias hidrofóbicas de “Canário” a LBI sirva como uma espécie de “carta de intenções” para o futuro ingresso de seu agrupamento revisionista no PSOL, para se tornarem assessores parlamentares dos Chicos, Freixos e Erundinas da vida..., como se transformou o MES. Representamos com muita honra todo o vértice político oposto do reformismo burguês do PSOL, um partido “tão amplo” que tem um domesticado programa de conciliação de classes, controlado por parlamentares profissionais e que se propõe a gerenciar o “capitalismo sustentável”, não por acaso abjuram a Ditadura do Proletariado e rechaçam a violência revolucionária do proletariado, assim como o bloco MAIS-NOS. O justo ódio de classe que Valério, Canary e seu grupo de Morenistas arrependidos têm contra a “seita” LBI na verdade é uma prova de que estamos no caminho justo da defesa do legado do Leninismo e do Programa de Transição, enquanto o “MAIS” reformista vai se dissolver completamente no PSOL, como mais uma tendência interna de “pressão” no amplo espectro socialdemocrata sem centralismo e disciplina bolchevique, um partido completamente degenerado moral e politicamente, onde nos bastidores reina todo tipo de calúnias, disputa de camarilha e acusações mútuas permanentes, se impõe o peso do aparato que ironicamente acaba muitas vezes em ameaças e violência física como vimos no último congresso do PSOL. Como não somos “sectários” desejamos mais uma vez “boa sorte” ao MAIS em sua completa insolvência programática no PSOL, em breve nada restará senão a marginalidade de seus dirigentes na estrutura parlamentar e eleitoralista na legenda controlada com mão de ferro por políticos burgueses como Valente, Freixo, Erundina, Edmilson... Com esta grande “contribuição” do “MAIS” ao Marxismo, ou seja, a decantação da Esquerda Revolucionária, os Trotskistas não precisarão perder tanto tempo para demarcar o campo de classe com os funcionários da socialdemocracia, que com certeza estarão muito ocupados com as campanhas eleitorais do PSOL para quem sabe no máximo tentar eleger o próximo prefeito do Rio de Janeiro...