SOCIAL DEMOCRACIA COLOMBIANA FAZENDO O JOGO DO IMPERIALISMO: PETRO É MAIS UM “PEÃO” DA GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO
Em meio ao deslocamento militar operado no Mar do Caribe pelo Pentágono tendo como alvo a Venezuela, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em uma traição aberta a soberania nacional do país irmão, defendeu um “governo de transição” que convocasse novas eleições pela via de um “acordo compartilhado” moldado para atender os interesses do imperialismo ianque. Segundo ele “Um governo de transição compartilhado para reunir uma ampla vontade popular que decida sobre acordos e possa abrir caminhos para a democracia, sem pressão indevida.” (X, 21/10). Em resumo, Petro defende a saída de Maduro (acusando-o novamente de fraudar as eleições) para colocar em seu lugar um governo títere da Casa Branca sob a máscara de um “pacto de transição da sociedade civil”. Como vemos a social democracia colombiana está fazendo o jogo do imperialismo ianque, sendo Petro mais um “peão” da Governança Global do Capital Financeiro!
Petro faz essa proposta, que de fato serve os interesses da Casa Branca, alegando que é contra uma “saída militar”. Para ele “O desmantelamento violento do atual Estado venezuelano levará ao fortalecimento de grupos armados e gangues que buscam o controle territorial. O cenário da Líbia e do Oriente Médio contemporâneos se tornará cada vez mais iminente. Uma solução ‘cirúrgica’, ao estilo panamenho, está sendo considerada, mas os milhares de mortes no Panamá são esquecidas”. (Idem)
Nesse sentido, a declaração de Petro está em sintonia do que almeja o próprio Trump. Apesar do grande deslocamento das forças navais ianques até a costa Venezuelana, o ataque militar ainda não ocorreu por resistência do presidente dos EUA, que neste episódio reluta em seguir a ordem explícita do Deep State Global de atacar imediatamente o governo Maduro.
Trump sabe que se liberar o bombardeio dos caças F-35 a Venezuela, já que o contigente de soldados norte-americanos (cerca de 15 mil) é insuficiente para um desembarque terrestre, poderá estar decretando a própria sentença de morte de seu governo, pois o ato significaria a perda completa do controle do Pentágono pela Casa Branca.
Agora o Deep State queria deslocar cerca de 50 mil homens para um ataque por terra, mar e ar, porém Trump prevendo o desfecho só autorizou o Pentágono a liberar 15 mil soldados para a ação contra a Venezuela, o que restringiria a operação a um bombardeio aéreo a partir do maior porta aviões do planeta que está na região, o Gerald Ford.
Não esqueçamos que na ocupação do pequeno Panamá em 1989 (não por acaso lembrada por Petro) para prender o então presidente Noriega acusado de tráfico internacional, os EUA utilizaram 30 mil soldados para atacar um país quase que desprovido de Forças Armadas, só tinham forças policiais para repressão interna, já que a segurança militar do Panamá era fornecida pelos próprios EUA.
Os Marxistas Leninistas não igualam os regimes nacionalistas burgueses como o da Venezuela aos governos imperialistas das metrópoles do capital financeiro. E tampouco enxergam no processo eleitoral, “idôneo” ou não, o fulcro desta questão principista para os destinos da classe operária e da revolução socialista. Por isso rechaçamos a proposta de Petro em defensa de um “governo de transição rumo a eleições livres” que na verdade está a serviço de subordinar a Venezuela às vontades de seu “amo do norte”.
Nos colocamos incondicionalmente em unidade de ação com Maduro contra a ofensiva militar imperialista e desmascaramos a proposta da social-democracia colombiana que deve inclusive ser apoiada por Lula, tanto que Petro relembra que em 2023 “Propus que o acordo fosse submetido a um plebiscito ou a uma declaração unilateral de Estado perante as Nações Unidas, mas, no fim, nenhuma das opções foi implementada. Havíamos criado uma comissão internacional latino-americana — composta pelo México de López Obrador, o Brasil de Lula e o meu governo — para facilitar a mediação”.
Em uma reação claramente coordenada com seus gerentes títeres na região como Petro, o imperialismo ianque está usando a justificativa da suposta “fraude nas eleições” para escalar todos seus esforços para uma mudança de regime político na Venezuela.
Esta ação contrarrevolucionária da Casa Branca, “esculpida” em conjunto com o protofascismo local e seus parceiros como Petro, não pode passar secundada pelos genuínos Trotskystas, em nome da apologia vestal da democracia burguesa como um “valor universal” como defendem Petro, Lula e Boric, todos “peõs” da Governança Global do Capital Financeiro!
Por essa razão os Marxistas Leninistas desmascaram esses farsantes como lacaios da Nova Ordem Mundial que deseja eliminar até mesmo os regimes nacionalistas burgueses como o de Maduro mas que tem como alvo estratégico a derrota da classe operária internacional e a luta pela revolução proletária!
