terça-feira, 3 de setembro de 2019

FRENTE AMPLA BURGUESA PELOS “DIREITOS JÁ”: PT, PCDOB E PSOL JUNTOS COM OS TUCANOS E O CENTRO LIBERAL PARA BLOQUEAR A LUTA DIRETA DOS TRABALHADORES CONTRA BOLSONARO EM NOME DA POLÍTICA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES


Um ato político reuniu na noite desta segunda-feira (02.09), um “amplo” espectro político e social burguês, do PT ao PSDB, para o lançamento do manifesto Direito Já - Fórum pela Democracia. O evento, realizado no Teatro da PUC-SP, teve representantes do PSDB, PT, PCdoB, PDT, DEM, PSB, PR, Rede, Podemos, PSOL, PROS, Novo, PPS, PSD, Cidadania e PV. Contou com representantes de partidos de amplo espectro da política nacional, da centro-esquerda à centro-direita. Também participam representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e centrais sindicais como Força Sindical, CUT e UGT. Ciro Gomes estava lá, Marta Suplicy também e até FHC mandou uma saudação tamanha a inofensividade dessa iniciativa de colaboração de classe que tem o aval da Frente Popular! O documento afirma que “o momento exige união e vigilância constante. É preciso que as forças democráticas do país superem suas diferenças programáticas e estejam conectadas e engajadas em torno de uma pauta comum: a defesa irrevogável dos direitos conquistados pela população brasileira”. Para tanto é que foi tomada “uma iniciativa suprapartidária, plural e aberta a todas e todos, pessoas e instituições, que desejam se engajar na vigilância e defesa da nossa democracia”. A Frente Ampla de traição das lutas lançada por Lula e celebrada ontem começa a ganhar forma e com o aval político do PSOL. O caminho apresentado por Lula e a Frente Popular é a senda da derrota, não serve para derrotar na luta direta revolucionária o fascista Bolsonaro e sua corte de reacionários! Os Tucanos e aos partidos do chamado “Centrão” que apoiam fervorosamente a retirada de direitos históricos dos trabalhadores tiveram assentos de honra no ato.



Está absolutamente claro para a vanguarda militante e classista, que tal engodo político como este é o caminho mais curto para colher estrondosas derrotas no combate contra a ofensiva neoliberal e fascista. O movimento de massas deve sim organizar uma Frente Única Proletária e Popular, na luta pela construção da Greve Geral política por tempo indeterminado, para por abaixo o conjunto do regime bonapartista! O movimento de massas realmente precisa de uma sólida unidade política para enfrentar os duros ataques neoliberais e retrógados em curso, porém esta unidade deverá ser forjada no calor da ação direta dos explorados e oprimidos, que deverão levantar uma plataforma em defesa das liberdades democráticas e de organização da classe operária. Alimentar ilusões em alianças inócuas e sem nenhuma base real de luta com frações da burguesia é preparar o caminho para novas derrotas do proletariado, à semelhança do que ocorreu nas últimas eleições onde a Frente Popular participou e legitimou o processo mais fraudulento de toda nossa curta história republicana. Nossa tarefa tática é a da recomposição de forças no campo operário e popular, na perspectiva da revolução socialista como a única vereda programática segura para conduzir a derrota da ofensiva neofascista. O PT já revelou historicamente que seu “norte” de acordos e conciliação é absolutamente suicida, desgraçadamente o PSOL e suas tendências internas não conseguem abstrair esta ácida lição da luta de classes. Quanto ao PCdoB nem precisa lembrar que seu papel recorrente é o mesmo do velho "Partidão", capachos da burguesia e coveiros da revolução em nome do "etapismo" stalinista. O momento crucial da história se impõe com o desafio: É urgente construir o Partido Operário Revolucionário!