Na madrugada de 21 de setembro, a menina Ágatha Félix, de
apenas 8 anos, morreu após ser baleada na favela Fazendinha, no Complexo do
Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo denúncias de moradores, a Polícia
Militar (PM) sob o controle do governador fascista Wilson Witzel, é responsável
pelo covarde assassinato. Testemunhas afirmam que Agatha estava numa Kombi indo
para sua casa quando foi atingida por um tiro que foi disparado por um policial
da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), as mesmas UPP’s defendidas
ardentemente por Marcelo Freixo do PSOL. O PM teria desconfiado de um homem
numa moto e disparou irresponsavelmente acertando a criança, que chegou a ser
levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu. É
preciso registrar que dias antes, no Ceará, também houve uma ação assassina da
PM do governador petista Camilo Santana (PT) que matou o adolescente de 14
anos, Juan Ferreira dos Santos, com um tiro na cabeça quando estava acompanhado
de amigos em uma reunião na Praça do Mirante, ponto de encontro no bairro
Vicente Pizon de Fortaleza. Como sempre a PM alegou “indivíduos em atitude
suspeita na praça” para matar assim como ocorreu no Rio de Janeiro. O capacho
de Ciro no PT representa um fenômeno raro na política nacional, conseguiu
estabelecer um “consenso”, quase uma “unanimidade” entre os mais variados
grupos políticos, desde o arco da direita burguesa até a chamada “esquerda
socialista” como o PSOL. Formalmente filiado ao PT, Camilo é um disciplinado
membro da oligarquia dos Ferreira Gomes e conta também com a simpatia política
do PSOL no Ceará. Frente a essa “blindagem”, cinicamente Camilo afirma não ter
responsabilidade alguma sobre a tragédia que matou o jovem Juan, apesar de
bancar pessoalmente um comando policial de terroristas na cabeça dos órgãos de
(in)segurança do Ceará. Os dois assassinatos, praticados respectivamente pela
PM no Rio de Janeiro e no Ceará, mostram o que une o fascista Witzel e o
petista Camilo Santana: o extermínio de jovens, pobres e negros por uma PM talhada
para executar o povo oprimido... Os Marxistas Leninistas não concebem o
aparelho estatal de repressão da burguesia, que detém o monopólio da violência
armada contra o proletariado, como uma questão de “política de segurança
pública”. Não defendemos uma “reforma” ou “aperfeiçoamento democrático” no
braço armado do capital como fazem o PT e o PSOL, lutamos para seu fim pela via
da revolução socialista, substituindo a tal “segurança pública” (que de pública
não tem nada, é absolutamente privada na defesa da propriedade da burguesia)
pelo armamento das massas através de seus organismos de poder. Fascistas de
plantão na gerência do estado, como Witzel no Rio de Janeiro ou mesmo “petistas”
como Camilo Santana, marionete de Ciro Gomes, são apenas expressões das
políticas diversas do capital mas que atuam com o mesmo método repressor contra
as massas proletárias. Nossa alternativa à barbárie policial seja no Rio de
Janeiro ou no Ceará não é a de apresentar outra “política de segurança
pública”, como sugerem o PT e o PSOL. Os Trotskistas combatemos pela destruição
completa do aparelho de repressão do Estado Burguês e combatem todos os
governos burgueses de plantão que levam adiante um plano de guerra contra os
trabalhadores!