quarta-feira, 25 de setembro de 2019

ÚLTIMA PESQUISA IBOPE: SEGUE A FRITURA “LENTA, GRADUAL E SEGURA” DE BOLSONARO. TUDO DENTRO DO PACTO ESTABELECIDO ENTRE O PT E O CENTRÃO, DEFINIÇÃO POLÍTICA SÓ NAS ELEIÇÕES DE 2020...



Pesquisa do Ibope realizada entre 19 e 22 de setembro, revela que o neofascista Bolsonaro cai em todos os indicadores na compreensão do povo brasileiro em relação às pesquisas anteriores. A avaliação positiva do governo está em 31%; 50% desaprovam-no e 55% disseram "não confiar" no governo golpista. A avaliação positiva (ótimo e bom) do capitão era de 35% em abril, caiu para 32% em junho e agora está em 31%. A avaliação negativa (ruim e péssimo), por sua vez, subiu de 27% em abril para 32% em junho e em setembro chegou a 34%. Os que consideram o governo Bolsonaro "regular" são 32% (eram 31% em abril e os mesmos 32% em junho). Os que não sabem ou não quiserem responder somaram 3%. Como já afirmamos por diversas vezes no Blog da LBI, estas pesquisas sejam dos pseudos “institutos” IBOPE ou DataFolha, expressam muito mais a vontade política da burguesia do que propriamente uma aferição confiável e científica das demandas populares. De qualquer forma a regularidade dos índices apresentados nas pesquisas de avaliação do atual governo, indicam uma tendência “lenta, gradual e segura” (como o processo de abertura política engendrado pelo general Golbery) do desgaste popular sofrido por Bolsonaro. Obviamente que em função do freio as mobilizações de massa contra o governo neofascista, imposto pela política de colaboração de classes da Frente Popular, poucos reformistas ainda deliram prognosticando a queda iminente de Bolsonaro. Nem mesmo a destituição do Ministro justiceiro Moro, considerada “líquida e certa” pela blogosfera petista após as revelações da Vaza Jato, é mais aventada nos círculos da esquerda burguesa. 


O certo é que apesar do desgaste constante, Bolsonaro mantém firme seu quisto eleitoral ultra reacionário. Nesse cenário, estamos assistindo o cume da ofensiva neoliberal, com a aprovação sem resistência das reformas da previdência, trabalhista e a privatizações das estatais, além do sucateamento da saúde e educação públicas, com a solene inércia da oposição parlamentar que só acredita em disputas institucionais nos estreitos marcos do Estado Burguês. É verdade que nesta marcha de liquidação voraz das conquistas sociais, Bolsonaro vem acumulando desgaste e impopularidade cada vez maior, porém “sob o controle” da oposição burguesa para que a crise de governabilidade não ultrapasse o calendário eleitoral, em especial a corrida pelo Planalto em 2022. Os “barulhentos” protestos virtuais contra o energúmeno fascista, estimulados nas redes sociais pelas lideranças da Frente Popular não tem correspondência alguma com o movimento real das massas (sufocado pelo cretinismo parlamentar). Sequer é desenvolvida uma mobilização democrática séria contra as arbitrariedades do regime bonapartista, que mantém em seus cárceres presos políticos. Como no projeto “golberiano” do passado, quando se previu passar o regime militar para as mãos de uma esquerda Social Democrata, nos moldes do Labour Party inglês, a burguesia nacional em um acordo político com a Frente Popular, pretende que somente após a “terra arrasada” do neofascista Bolsonaro, ascenda um governo da Centro-Esquerda para costurar um novo pacto social de colaboração de classes.