quinta-feira, 26 de setembro de 2019

NÃO À REPRESSÃO DA PM CONTRA A GREVE NA EMBRAER! RETOMAR A PARALISAÇÃO COM A OCUPAÇÃO DA EMPRESA ATÉ ARRANCAR A VITÓRIA! POR COMITÊS OPERÁRIOS DE AUTO-DEFESA DOS TRABALHADORES!


Os trabalhadores da Embraer em São José dos Campos (SP) entraram em greve nesta terça-feira, dia 24. Entre as reivindicações da categoria está o aumento real dos salários, manutenção de direitos do acordo coletivo e estabilidade no emprego. Polícia Militar espancou sindicalista imobilizado durante a greve na Embraer, contra a venda para a Boeing e pela garantia de emprego. De forma absurda, a paralisação foi suspensa pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos (PSTU e Resistência-PSOL) alegando a repressão. Até o exército estava nas ruas desde as primeiras horas do dia, em uma grande operação contra a greve. Faz-se necessário tomar o caminho inverso, ocupar a fábrica e radicalizar a luta, convocando a paralisação geral de toda a categoria. A empresa vem tentando acabar com a cláusula que garante estabilidade no emprego para os lesionados e para novos contratados, além de pressionar para que no acordo coletivo conste a possibilidade de “terceirização em situações extraordinárias”. A medida não passa de uma armadilha para precarização do trabalho e rebaixamento de salários. Além disso ameaça o próprio direito de greve e de negociação dos trabalhadores dando margem para contratação de terceirizados para furarem a greve. Para garantir seus direitos os trabalhadores devem lutar pela reestatização da Empresa. É hora de unificar as lutas com outras categorias em luta, como os petroleiros ou Correios, em campanha contra as privatizações. Os trabalhadores de São José dos Campos estão, desde o ano passado, em campanha contra a entrega da empresa nacional para a Boeing, dos Estados Unidos. Bolsonaro-Mourão-Guedes querem impor completa submissão do país aos interesses do imperialismo, fazendo-nos regredir a simples colônia. Desgraçadamente, as plantas da Embraer de Araraquara e Botucatu dirigidas pela CUT e Força Sindical não aderiram à greve. O Sindicato dos Metalúrgico de São José dos Campos, a Conlutas, o PSTU e a Resistência precisam desde já convocar uma nova assembleia para deliberar pela ocupação da empresa até a vitória!