Ocorre hoje, 20.09, o Dia Nacional de Mobilização e Protesto
do Setor Público. A atividade foi deliberada na Plenária Sindical contra as
Privatizações de Bolsonaro. A militância da LBI se fez presente na manifestação
que aconteceu em todo o país. Essa luta teve início quando no último dia 21 de
agosto, o entregista Bolsonaro anunciou uma lista de 17 empresas estatais que
serão privatizadas. Entre elas, Correios, Sepro, Datapreve, Eletrobras e a
Lotex. Além das anunciadas, o processo
de privatização acontece de forma gradativa em outros setores, como nos bancos
públicos, por exemplo, onde os ativos vêm sendo vendidos, inviabilizando a
sustentação financeira dessas instituições. O governo Bolsonaro anunciou que
pretende privatizar várias estatais. O pacote inclui a ECT (Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos), a Casa da Moeda, Porto de Santos, Telebras, Serpro,
Dataprev e outras empresas. Cinicamente, o Ministério da Economia elaborou um
estudo com justificativas para privatizar os Correios e menciona casos de
corrupção, interferências políticas na gestão e greves constantes, ou seja, uso
a rapina das gestões burguesas e a resistência dos trabalhadores para
justificar a entrega. Ele também cita exemplos de ineficiência, como o “elevado
índice de extravio” e a demora em ressarcir produtos extraviados. A
transnacionais Amazon e Alibaba já anunciaram que estão interessadas em comprar
os Correios para expandirem suas operações de logística, um filão milionário.
As estatais a serem privatizadas vão entrar no PPI (Programa de Parceria de
Investimentos) para decidir qual modelo de privatização adotar. O famigerado
PPI atua como órgão gestor de parcerias público-privadas federais, além de
participar do Conselho Nacional de Desestatização. Como o imperialismo ianque
exige o máximo de celeridade no desmonte da economia nacional, não há espaço
para o governo neofascista "engessar" o processo de privatizações das
empresas estatais consideradas economicamente "estratégicas". Existe
um pré acordo entre as camarilhas reacionárias das classes dominantes para
atacar as conquistas sociais e democráticas dos trabalhadores e do povo
brasileiro. O novo regime Bonapartista, vinculado ao cassino financeiro
internacional, vem se encarregando de orientar a liquidação do que ainda resta
da economia nacional, descarregando sobre a massa trabalhadora um “ajuste”
letal. É necessário desde já organizar nossa resistência calcada nos métodos da
ação direta na luta concreta do proletariado! Faz-se urgente organizar desde já
a resistência através da luta direta dos explorados, sem depositar nenhuma
ilusão na farsa da democracia burguesa e muito menos na “Frente Ampla
Democrática” que o PT busca costurar com a centro-direita. A política de
colaboração de classes do PT pavimentou o caminho para a ascensão da extrema-direita,
patrocinando alianças com as oligarquias reacionárias, criminalizando os
movimentos sociais, criando a Lei Antiterrorista para perseguir as organizações
de esquerda, apoiando as ações da Justiça burguesa contra a luta dos
trabalhadores. Ao contrário de apostar na pressão sobre o parlamento como
defende a CUT, uma política de colaboração de classes, é necessário engajar a
vanguarda classista na preparação de uma verdadeira Greve Geral que paralise a
produção industrial, os transportes e o comercio, ocupando fábricas e terras
para impor através da luta direta revolucionária a derrota do governo
Bolsonaro/Guedes e de suas contrarreformas neoliberais!