sexta-feira, 20 de setembro de 2019

EM DEFESA DO IRÃ E DA RESISTÊNCIA IEMITA: “GUERRA TOTAL” CONTRA AS PROVOCAÇÕES DO IMPERIALISMO IANQUE E DA REACIONÁRIA PETROMONARQUIA SAUDITA!


Após os ataques militares de drones carregados de explosivos a duas das principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, houve uma escalda ainda maior das provocações do imperialismo ianque e da reacionária petromonarquia saudita contra o Irã. Ambos acusaram que foi o Regime dos Aiatólas e suas milícias xiitas que combatem no Iêmen de atacaram as refinarias, anunciando represarias econômicas e militares. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse nesta quinta-feira (19) que haverá uma guerra se o seu país for atacado pelos Estados Unidos ou pela Arábia Saudita. Ao ser perguntado sobre qual seria a consequência de um ataque militar contra o Irã, Zarif respondeu uma “Guerra Total” e, em seguida declarou, “Não queremos guerra, não queremos entrar em um confronto militar. Pensamos que um conflito armado baseado em uma farsa é terrível, mas não temos medo quando se trata de defender nosso território”. O regime de Teerã nega todas as acusações da Casa Branca, afirmando que os ataques não foram deferidos pelos seus aliados no Iêmen. A Arábia Saudita insistiu que os ataques foram efetuados com 18 drones e 7 mísseis iranianos e que foram lançados do norte, e não do Iêmen, localizado ao sul do reino. Em contrapartida Zarif afirmou “É fabricado. Eles querem jogar a culpa no Irã, a fim de fazer algo, e é por isso que digo que é uma agitação para uma guerra, porque é baseada em mentiras e uma farsa”. Por sua vez, a Arábia Saudita iniciou nova operação militar ao norte da cidade portuária de Hodeida, no Iêmen. A ofensiva é contra a resistência xiita (houthis) apoiada pelo Irã na Guerra do Iêmen. Como a LBI afirmou logo após as explosões, o suposto “ataque terrorista” ao complexo industrial da petrolífera Aramco (empresa estatal fundada em 1933) na Arábia Saudita foi organizado pela própria petromonarquia para elevar ainda mais o preço do petróleo no mercado mundial. Alertamos que a perspectiva de agressão, mesmo com todas as concessões feitas pelo regime dos Aiatolás e o governo Rohani, embutem uma vingança contra a humilhação sofrida pelos EUA na desastrosa tentativa de intervenção militar no Irã, ainda sob o governo democrata de Jimmy Carter. Não temos nenhuma dúvida que o império pretende somar para suas empresas transnacionais as reservas de petróleo do Irã às da Líbia e do Iraque para, desta forma, deter a hegemonia absoluta do controle energético do planeta. Os Marxistas Revolucionários defendem integralmente o direito do Irã a declarar “Guerra Total” ao imperialismo ianque e a petromonarquia saudita. Estamos tanto ao lado dos guerrilheiros iemitas que combatem a tirana monarquia saudita, como no campo militar da defesa incondicional da nação iraniana contra as agressões do monstro imperialista ianque. Compreendemos que a tarefa de defender o Irã inclusive contra sua burguesia nativa está, antes de tudo, nas mãos do proletariado mundial e das massas árabes. Somente elas podem lutar consequentemente pela derrota do imperialismo em todo o Oriente Médio, abrindo caminho para sepultar a exploração capitalista interna que condena a miséria os explorados da região.