EM DEFESA DO IRÃ E DA RESISTÊNCIA IEMITA: “GUERRA TOTAL” CONTRA AS PROVOCAÇÕES DO
IMPERIALISMO IANQUE E DA REACIONÁRIA PETROMONARQUIA SAUDITA!
Após os ataques militares de drones carregados de explosivos
a duas das principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita, maior
exportador de petróleo do mundo, houve uma escalda ainda maior das provocações
do imperialismo ianque e da reacionária petromonarquia saudita contra o Irã.
Ambos acusaram que foi o Regime dos Aiatólas e suas milícias xiitas que
combatem no Iêmen de atacaram as refinarias, anunciando represarias econômicas
e militares. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad
Javad Zarif, disse nesta quinta-feira (19) que haverá uma guerra se o seu país
for atacado pelos Estados Unidos ou pela Arábia Saudita. Ao ser perguntado
sobre qual seria a consequência de um ataque militar contra o Irã, Zarif
respondeu uma “Guerra Total” e, em seguida declarou, “Não queremos guerra, não
queremos entrar em um confronto militar. Pensamos que um conflito armado
baseado em uma farsa é terrível, mas não temos medo quando se trata de defender
nosso território”. O regime de Teerã nega todas as acusações da Casa Branca,
afirmando que os ataques não foram deferidos pelos seus aliados no Iêmen. A
Arábia Saudita insistiu que os ataques foram efetuados com 18 drones e 7
mísseis iranianos e que foram lançados do norte, e não do Iêmen, localizado ao
sul do reino. Em contrapartida Zarif afirmou “É fabricado. Eles querem jogar a
culpa no Irã, a fim de fazer algo, e é por isso que digo que é uma agitação
para uma guerra, porque é baseada em mentiras e uma farsa”. Por sua vez, a
Arábia Saudita iniciou nova operação militar ao norte da cidade portuária de
Hodeida, no Iêmen. A ofensiva é contra a resistência xiita (houthis) apoiada pelo Irã na Guerra do Iêmen. Como a LBI afirmou logo após as explosões,
o suposto “ataque terrorista” ao complexo industrial da petrolífera Aramco
(empresa estatal fundada em 1933) na Arábia Saudita foi organizado pela própria
petromonarquia para elevar ainda mais o preço do petróleo no mercado mundial.
Alertamos que a perspectiva de agressão, mesmo com todas as concessões feitas
pelo regime dos Aiatolás e o governo Rohani, embutem uma vingança contra a
humilhação sofrida pelos EUA na desastrosa tentativa de intervenção militar no
Irã, ainda sob o governo democrata de Jimmy Carter. Não temos nenhuma dúvida
que o império pretende somar para suas empresas transnacionais as reservas de
petróleo do Irã às da Líbia e do Iraque para, desta forma, deter a hegemonia
absoluta do controle energético do planeta. Os Marxistas Revolucionários
defendem integralmente o direito do Irã a declarar “Guerra Total” ao
imperialismo ianque e a petromonarquia saudita. Estamos tanto ao lado dos
guerrilheiros iemitas que combatem a tirana monarquia saudita, como no campo
militar da defesa incondicional da nação iraniana contra as agressões do
monstro imperialista ianque. Compreendemos que a tarefa de defender o Irã
inclusive contra sua burguesia nativa está, antes de tudo, nas mãos do
proletariado mundial e das massas árabes. Somente elas podem lutar
consequentemente pela derrota do imperialismo em todo o Oriente Médio, abrindo
caminho para sepultar a exploração capitalista interna que condena a miséria os
explorados da região.