terça-feira, 10 de setembro de 2019

POR UMA FORTE E COMBATIVA GREVE NACIONAL DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS! SUPERAR A POLÍTICA DE SABOTAGEM DA LUTA DIRETA IMPOSTA PELA FENTECT/CUT E FINDECT/CTB PARA DAR "FÔLEGO" AO PRIVATISTA BOLSONARO!


Ocorrem hoje, 10 de setembro, assembleias para os trabalhadores decidirem o início da greve nacional nos Correios. O adiamento da mobilização se deu pela política de contenção das lutas da categoria das direções sindicais (FENTECT/CUT e FINDECT/CTB) que aceitaram a chantagem do TST e acabaram por submeter a paralisação na ECT as negociações inócuas com o governo Bolsonaro. Os trabalhadores que participaram das assembleias do dia 04 foram “convencidos” pelas direções sindicais cutistas de que era preciso adiar novamente a greve marcada a fim esperar a assembleia marcada na base do Sindicato de São Paulo e Rio de Janeiro, controlada pelos pelegos da Federação controlada pelo PCdoB, para o dia 10 de setembro. Os trabalhadores que já estavam preparados para a greve, aprovaram que vão esperar com a deliberação que não vão aceitar mais um adiamento do movimento de greve, até por que a categoria já está sem acordo coletivo de trabalho e a direção da ECT já pode implementar o pagamento de salários, benefícios e direitos pela lei trabalhista ordinária, ou seja, aquilo que é estabelecido pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas. A melhor forma de unificar com SP e RJ seria uma forte greve dos sindicatos da Fentect, que são a maioria, o que colocaria pressão na base da Findect para forçar que essa encampasse a mobilização. Para que a greve aconteça e seja vitoriosa, é necessária da mobilização da base da categoria! O fascista deseja impedir a greve para fazer a entrega da ECT para o capital nacional e internacional de forma mais organizada, retirando direitos e demitindo trabalhadores. Esta política da burocracia sindical acaba por apoiar a política de desmonte do Planalto. A tarefa de fazer uma forte greve nacional vem sendo adiada, sendo tarefa dos setores classistas impulsionar a mobilização pela base para garantir que a categoria, nacionalmente, começa hoje a greve defesa de seus direitos, condições de trabalho e contra a privatização dos Correios. Os trabalhadores dos Correios protestam contra a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa, de 0,8%. A proposta é menor que os 3,1% da inflação acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC). A categoria protesta quanto a proposta de revogação do acordo coletivo. Entre as cláusulas, está a exclusão do vale cultura, redução do adicional de férias de 70% para 33% e aumento da mensalidade do convênio médico e da co-participação em tratamentos de saúde. A exclusão dos pais de planos de saúde também é um ponto sensível na negociação, além da luta contra a privatização anunciada por Bolsonaro. Ao contrário de apostar na pressão sobre o parlamento como defendem juntos CUT, CTB, FENTECT e FINDETC uma política de colaboração de classes e traição das lutas, é necessário engajar a vanguarda classista na preparação de uma verdadeira Greve Geral de todas as estatais e do setor privado, que paralise a produção industrial, os transportes e o comercio, ocupando fábricas e terras para impor através da luta direta revolucionária a derrota do governo Bolsonaro/Guedes e de suas contrarreformas neoliberais! Nesse sentido, uma forte greve nacional dos trabalhadores dos Correios pode ser o ponta pé inicial que aponte o caminho da luta direta para derrotar o ajuste neoliberal em curso!