Um ato político reuniu na noite desta segunda-feira (02.09), um
“amplo” espectro político e social burguês, do PT ao PSDB, para o lançamento do
manifesto Direito Já - Fórum pela Democracia. O evento, realizado no Teatro da
PUC-SP, teve representantes do PSDB, PT, PCdoB, PDT, DEM, PSB, PR, Rede,
Podemos, PSOL, PROS, Novo, PPS, PSD, Cidadania e PV. Contou com representantes de partidos de amplo espectro da política nacional, da
centro-esquerda à centro-direita. Também participam representantes da União
Nacional dos Estudantes (UNE), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e
centrais sindicais como Força Sindical, CUT e UGT. Ciro Gomes estava lá, Marta
Suplicy também e até FHC mandou uma saudação tamanha a inofensividade dessa
iniciativa de colaboração de classe que tem o aval da Frente Popular! O documento afirma que “o momento exige união e vigilância
constante. É preciso que as forças democráticas do país superem suas diferenças
programáticas e estejam conectadas e engajadas em torno de uma pauta comum: a
defesa irrevogável dos direitos conquistados pela população brasileira”. Para
tanto é que foi tomada “uma iniciativa suprapartidária, plural e aberta a todas
e todos, pessoas e instituições, que desejam se engajar na vigilância e defesa
da nossa democracia”. A Frente Ampla de traição das lutas lançada por Lula e
celebrada ontem começa a ganhar forma e com o aval político do PSOL. O caminho
apresentado por Lula e a Frente Popular é a senda da derrota, não serve para
derrotar na luta direta revolucionária o fascista Bolsonaro e sua corte de
reacionários! Os Tucanos e aos partidos do chamado “Centrão” que apoiam
fervorosamente a retirada de direitos históricos dos trabalhadores tiveram
assentos de honra no ato.
Está absolutamente claro para a vanguarda militante e
classista, que tal engodo político como este é o caminho mais curto para colher
estrondosas derrotas no combate contra a ofensiva neoliberal e fascista. O
movimento de massas deve sim organizar uma Frente Única Proletária e Popular,
na luta pela construção da Greve Geral política por tempo indeterminado, para
por abaixo o conjunto do regime bonapartista! O movimento de massas realmente
precisa de uma sólida unidade política para enfrentar os duros ataques
neoliberais e retrógados em curso, porém esta unidade deverá ser forjada no
calor da ação direta dos explorados e oprimidos, que deverão levantar uma
plataforma em defesa das liberdades democráticas e de organização da classe
operária. Alimentar ilusões em alianças inócuas e sem nenhuma base real de luta
com frações da burguesia é preparar o caminho para novas derrotas do
proletariado, à semelhança do que ocorreu nas últimas eleições onde a Frente
Popular participou e legitimou o processo mais fraudulento de toda nossa curta
história republicana. Nossa tarefa tática é a da recomposição de forças no
campo operário e popular, na perspectiva da revolução socialista como a única
vereda programática segura para conduzir a derrota da ofensiva neofascista. O
PT já revelou historicamente que seu “norte” de acordos e conciliação é
absolutamente suicida, desgraçadamente o PSOL e suas tendências internas não
conseguem abstrair esta ácida lição da luta de classes. Quanto ao PCdoB nem
precisa lembrar que seu papel recorrente é o mesmo do velho "Partidão",
capachos da burguesia e coveiros da revolução em nome do "etapismo"
stalinista. O momento crucial da história se impõe com o desafio: É urgente construir o Partido Operário Revolucionário!