O capitão revolucionário Carlos Lamarca, dirigente da VPR
(Vanguarda Popular Revolucionária) e posteriormente militante do MR-8 foi morto
com cinco tiros em uma mega-operação do Exército na Bahia em 17 de setembro de 1971, há exatos 48 anos. Depois de
caminhar por mais de 300 quilômetros, Lamarca foi assassinado por agentes da ditadura militar no sertão baiano. No comando da caçada
reacionária estava o então major Nilton Cerqueira, que, anos mais tarde foi
eleito deputado federal e trabalhou como secretário de Segurança do Rio de
Janeiro. “Ousar lutar, ousar vencer”. Era assim que Lamarca terminava seus
escritos. Foi um dos símbolos da resistência ao regime militar que morreu antes
de completar 34 anos. Carlos Lamarca foi o terceiro entre os seis filhos de
Antônio e Gertrudes Lamarca, uma família modesta da zona norte carioca.
Formou-se, em 1960, pela Escola Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ),
obtendo a patente de Capitão em 1967. Mas foi em São Paulo, no quartel de
Quitaúna, para onde pediu transferência em 1965, que Lamarca, fez sua opção
revolucionária. Na época, Lamarca acompanhava com grande interesse o grupo de
ex-sargentos que, inicialmente vinculado ao Movimento Nacionalista
Revolucionário (MNR), uniu-se a um setor dissidente da Política Operária
(POLOP) e deu origem à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Já como membro
da VPR, Lamarca realizou uma ação de expropriação no quartel de Quitaúna em 24
de janeiro de 1969 em que levou 63 fuzis, metralhadoras e muita munição, o que
levou a sua expulsão do Exército. Sua ideia era seguir imediatamente para uma
região onde pudesse preparar a guerrilha, o que o obrigou, de imediato, a
separar-se da mulher e dos filhos, enviados para Cuba, via Itália, no mesmo dia
de sua deserção. Em abril de 1971, no processo de "diluição" da VPR,
ingressou no Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).
No mês de junho, Lamarca foi para o sertão da Bahia, no município de Brotas de Macaúbas, com a finalidade de estabelecer uma base da organização no interior para organizar a guerrilha camponesa. Com a prisão em Salvador, em agosto, de um militante que conhecia seu paradeiro e a localização de um aparelho onde encontrava-se sua companheira, a psicóloga paulista Iara Iavelberg, os órgãos de segurança iniciaram o cerco à região. A companheira de Lamarca, Iara, foi assassinada por agentes do governo em um apartamento no bairro da Pituba, em Salvador, no dia 20 de agosto de 1971. O regime militar sempre sustentou que ela cometeu suicídio após o cerco policial, o que foi desmentido pelas investigações posteriores. Hoje há provas suficientes de que foi mais uma mentira do governo da época. Dentre suas ações contra a ditadura, está o sequestro do embaixador suíço Giovanni Bucher, em 1970, que resultou na libertação de 70 presos políticos dos porões da ditadura, além de vários assaltos a bancos para financiar as ações do grupo armado. Viveu quase um ano clandestino em São Paulo, participando de ações de guerrilha urbana, até se instalar no Vale do Ribeira, com um reduzido grupo de militantes, para realizar treinamentos militares. O local foi descoberto pelos órgãos de segurança em abril de 1970 e cercado por tropas do Exército e da Polícia Militar. Uma gigantesca operação de cerco se prolongou por 41 dias, mas, após dois choques armados, o pequeno grupo guerrilheiro, sob a liderança do capitão rebelde, conseguiu escapar rumo a São Paulo. Em março de 1971, seis meses antes de sua morte, desligou-se da VPR para se integrar ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), que o deslocou para o sertão da Bahia, no município de Brotas de Macaúbas, com a finalidade de estabelecer uma base da organização naquela região. Em 17 de setembro de 1971, Lamarca foi fuzilado por integrantes da “Operação Pajuçara”, em Ipupiara, no interior da Bahia. Essa operação, iniciada em agosto de 1971, entrou para a história como uma das mais violentas, sobretudo em Buritis, que se tornou à época um verdadeiro campo de concentração, com torturas e assassinatos em praça pública, diante da população. Lamarca tinha 34 anos quando morreu. Apesar de todas as nossas diferenças com Lamarca, a VPR e o MR-8 o incontestável heroísmo na luta contra a ditadura militar, fazem dele um herói dos trabalhadores brasileiros e de sua vanguarda comunista. A LBI, que se mantém firme no combate por desmascarar a democracia dos ricos como uma face da ditadura do capital e dedica o melhor de suas forças à construção do Partido Revolucionário, espelha-se no exemplo inquebrantável de Lamarca que, apesar dos erros programáticos, não traiu a causa que defendia, morreu em combate e pagou com a sua própria vida na luta contra os gorilas genocidas. Esse combate continua na luta revolucionária contra o atual governo do nefascista Bolsonaro, repleto de generais cujas mãos estão manchadas de sangue dos nossos heróis que combateram a ditadura militar! Nossa melhor homenagem a esse herói da luta do proletariado contra a ditadura militar é manter o combate ao capitalismo enfrentando a farsa da democracia dos ricos!
No mês de junho, Lamarca foi para o sertão da Bahia, no município de Brotas de Macaúbas, com a finalidade de estabelecer uma base da organização no interior para organizar a guerrilha camponesa. Com a prisão em Salvador, em agosto, de um militante que conhecia seu paradeiro e a localização de um aparelho onde encontrava-se sua companheira, a psicóloga paulista Iara Iavelberg, os órgãos de segurança iniciaram o cerco à região. A companheira de Lamarca, Iara, foi assassinada por agentes do governo em um apartamento no bairro da Pituba, em Salvador, no dia 20 de agosto de 1971. O regime militar sempre sustentou que ela cometeu suicídio após o cerco policial, o que foi desmentido pelas investigações posteriores. Hoje há provas suficientes de que foi mais uma mentira do governo da época. Dentre suas ações contra a ditadura, está o sequestro do embaixador suíço Giovanni Bucher, em 1970, que resultou na libertação de 70 presos políticos dos porões da ditadura, além de vários assaltos a bancos para financiar as ações do grupo armado. Viveu quase um ano clandestino em São Paulo, participando de ações de guerrilha urbana, até se instalar no Vale do Ribeira, com um reduzido grupo de militantes, para realizar treinamentos militares. O local foi descoberto pelos órgãos de segurança em abril de 1970 e cercado por tropas do Exército e da Polícia Militar. Uma gigantesca operação de cerco se prolongou por 41 dias, mas, após dois choques armados, o pequeno grupo guerrilheiro, sob a liderança do capitão rebelde, conseguiu escapar rumo a São Paulo. Em março de 1971, seis meses antes de sua morte, desligou-se da VPR para se integrar ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), que o deslocou para o sertão da Bahia, no município de Brotas de Macaúbas, com a finalidade de estabelecer uma base da organização naquela região. Em 17 de setembro de 1971, Lamarca foi fuzilado por integrantes da “Operação Pajuçara”, em Ipupiara, no interior da Bahia. Essa operação, iniciada em agosto de 1971, entrou para a história como uma das mais violentas, sobretudo em Buritis, que se tornou à época um verdadeiro campo de concentração, com torturas e assassinatos em praça pública, diante da população. Lamarca tinha 34 anos quando morreu. Apesar de todas as nossas diferenças com Lamarca, a VPR e o MR-8 o incontestável heroísmo na luta contra a ditadura militar, fazem dele um herói dos trabalhadores brasileiros e de sua vanguarda comunista. A LBI, que se mantém firme no combate por desmascarar a democracia dos ricos como uma face da ditadura do capital e dedica o melhor de suas forças à construção do Partido Revolucionário, espelha-se no exemplo inquebrantável de Lamarca que, apesar dos erros programáticos, não traiu a causa que defendia, morreu em combate e pagou com a sua própria vida na luta contra os gorilas genocidas. Esse combate continua na luta revolucionária contra o atual governo do nefascista Bolsonaro, repleto de generais cujas mãos estão manchadas de sangue dos nossos heróis que combateram a ditadura militar! Nossa melhor homenagem a esse herói da luta do proletariado contra a ditadura militar é manter o combate ao capitalismo enfrentando a farsa da democracia dos ricos!