terça-feira, 17 de setembro de 2019

PT E PSOL “SOLTAM O VERBO” CONTRA AS ÚLTIMAS ASNEIRAS DE CIRO: FICAM MUDOS E CALADOS DIANTE DO COVARDE ASSASSINATO DE UM JOVEM PELA CRIMINOSA POLÍCIA MILITAR DO GOVERNADOR CAMILO SANTANA...


As recentes asneiras vomitadas pelo neocoronel Ciro Gomes na mídia (BBC e Estadão) tiveram uma rápida resposta do PT e do PSOL. Após Ciro atacar Lula, Gleisi Hoffman e Márcia Tiburi além de declarar que “unidade é o cacete” referindo-se à possibilidade de uma “frente de centro-esquerda” com esses partidos da oposição burguesa para as eleições municipais de 2020, vários dirigentes do PT e PSOL “soltaram o verbo” contra o chefe da oligarquia Gomes. Jean Willys logo qualificou Ciro de “esquerdo-macho”. Gleisi, acusada de ser “pau mandado de Lula”, declarou que ele era um “covarde e fujão” por ter ido para a Europa em pleno segundo turno. Márcia Tiburi questionou “o espírito de coronel mimado de Ciro que quer ser presidente”. Ao contrário dos veementes repúdios do PT e PSOL contra as “diabrites” lançadas por Ciro Gomes (voltadas a agradar o eleitorado de direita) vimos esses dois partidos ficarem em absoluto silêncio, completamente mudos e calados, diante do covarde assassinato no último dia 13.09 em Fortaleza de um jovem pela PM de Camilo Santana, um verdadeiro “pau mandado” de Ciro dentro do PT do Ceará. O deputado estadual Renato Roseno (PSOL), que mantém estreitas relações com a bancada parlamentar petista na Assembleia Legislativa, balbuciou apenas um lacônico comentário “A dor indizível” em seu Facebook... e só, ficou de “bico calado” para preservar suas boas reações políticas e eleitorais com o PT e a direita no parlamento cearense!!! Não vimos nenhuma veemente denúncia do PSOL na tribuna sobre a ação assassina da PM que matou o adolescente de 14 anos, Juan Ferreira dos Santos, com um tiro na cabeça quando estava acompanhado de amigos em uma reunião na Praça do Mirante, ponto de encontro no bairro Vicente Pizon. Como sempre a PM alegou “indivíduos em atitude suspeita na praça” para matar. A conduta venal do PSOL frente as ações repressivas do governo Camilo não é uma novidade. O capacho de Ciro no PT representa um fenômeno raro na política nacional, conseguiu estabelecer um “consenso”, quase uma “unanimidade” entre os mais variados grupos políticos, desde o arco da direita burguesa até a chamada “esquerda socialista” como o PSOL. Formalmente filiado ao PT, Camilo é um disciplinado membro da oligarquia dos Ferreira Gomes e conta também com a simpatia política do PSOL no Ceará. Camilo é preservado politicamente de maiores enfrentamentos seja no campo parlamentar ou social, não por acaso o tom “indizível” das “palavras” de Renato Roseno frente a mais recente barbaridade cometida pela PM assassina do governador cirista. Registramos também que até hoje o parlamentar do PSOL não usou a tribuna parlamentar para denunciar o envolvimento direto do capanga cirista Arialdo no esquema bilionário do tráfico de drogas que tem deixado um rastro de sangue e morte no Estado, com várias chacinas. Frente a essa “blindagem”, cinicamente Camilo afirma não ter responsabilidade alguma sobre a tragédia que matou o jovem Juan, apesar de bancar pessoalmente um comando policial de terroristas na cabeça dos órgãos de (in)segurança do Ceará. Como já denunciamos várias vezes, a esquerda reformista vem “bajulando” Camilo há décadas, filho de uma oligarquia do sul do estado (Cariri), o atual governador foi militante do antigo PLP (Partido da Libertação Proletária), cujos dirigentes na atualidade estão abrigados no PSOL (Mauro Gurgel, Soraya Tupinambá) ou no PT (Acrísio Sena). Este “currículo” de passagem de Camilo pela esquerda explica o fato de contar com uma “oposição construtiva” por parte do PSOL e de ser acolhido no PT (antes de ser governador foi deputado estadual), apesar de sua posição de destaque no clã dos Gomes, o mesmo que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, chama de “fujão e covarde” ou mesmo neocoronel. Mais uma vez somente a “pequena” LBI vem responsabilizar diretamente Camilo por mais esta ação criminosa, além de denunciarmos o caráter de colaboração de classes da “frente ampla” que o PT deseja costurar com o PSOL para 2020 e 2022, ainda “sonhando” em ter a seu lado... o neocoronel Ciro Gomes!