PT E PSOL “SOLTAM O VERBO” CONTRA AS ÚLTIMAS ASNEIRAS DE CIRO: FICAM MUDOS E CALADOS DIANTE DO COVARDE ASSASSINATO DE UM JOVEM PELA CRIMINOSA POLÍCIA MILITAR DO GOVERNADOR CAMILO SANTANA...
As recentes asneiras vomitadas pelo neocoronel Ciro Gomes na
mídia (BBC e Estadão) tiveram uma rápida resposta do PT e do PSOL. Após Ciro atacar
Lula, Gleisi Hoffman e Márcia Tiburi além de declarar que “unidade é o cacete”
referindo-se à possibilidade de uma “frente de centro-esquerda” com esses
partidos da oposição burguesa para as eleições municipais de 2020, vários
dirigentes do PT e PSOL “soltaram o verbo” contra o chefe da oligarquia Gomes. Jean Willys logo qualificou Ciro de “esquerdo-macho”.
Gleisi, acusada de ser “pau mandado de Lula”, declarou que ele era um “covarde
e fujão” por ter ido para a Europa em pleno segundo turno. Márcia Tiburi questionou
“o espírito de coronel mimado de Ciro que quer ser presidente”. Ao contrário
dos veementes repúdios do PT e PSOL contra as “diabrites” lançadas por Ciro
Gomes (voltadas a agradar o eleitorado de direita) vimos esses dois partidos
ficarem em absoluto silêncio, completamente mudos e calados, diante do covarde
assassinato no último dia 13.09 em Fortaleza de um jovem pela PM de Camilo
Santana, um verdadeiro “pau mandado” de Ciro dentro do PT do Ceará. O deputado
estadual Renato Roseno (PSOL), que mantém estreitas relações com a bancada
parlamentar petista na Assembleia Legislativa, balbuciou apenas um lacônico
comentário “A dor indizível” em seu Facebook... e só, ficou de “bico calado”
para preservar suas boas reações políticas e eleitorais com o PT e a direita no
parlamento cearense!!! Não vimos nenhuma veemente denúncia do PSOL na tribuna sobre
a ação assassina da PM que matou o adolescente de 14 anos, Juan Ferreira dos
Santos, com um tiro na cabeça quando estava acompanhado de amigos em uma
reunião na Praça do Mirante, ponto de encontro no bairro Vicente Pizon. Como
sempre a PM alegou “indivíduos em atitude suspeita na praça” para matar. A
conduta venal do PSOL frente as ações repressivas do governo Camilo não é uma
novidade. O capacho de Ciro no PT representa um fenômeno raro na política
nacional, conseguiu estabelecer um “consenso”, quase uma “unanimidade” entre os
mais variados grupos políticos, desde o arco da direita burguesa até a chamada “esquerda
socialista” como o PSOL. Formalmente filiado ao PT, Camilo é um disciplinado
membro da oligarquia dos Ferreira Gomes e conta também com a simpatia política
do PSOL no Ceará. Camilo é preservado politicamente de maiores enfrentamentos
seja no campo parlamentar ou social, não por acaso o tom “indizível” das “palavras”
de Renato Roseno frente a mais recente barbaridade cometida pela PM assassina
do governador cirista. Registramos também que até hoje o parlamentar do PSOL
não usou a tribuna parlamentar para denunciar o envolvimento direto do capanga cirista
Arialdo no esquema bilionário do tráfico de drogas que tem deixado um rastro de
sangue e morte no Estado, com várias chacinas. Frente a essa “blindagem”, cinicamente
Camilo afirma não ter responsabilidade alguma sobre a tragédia que matou o
jovem Juan, apesar de bancar pessoalmente um comando policial de terroristas na
cabeça dos órgãos de (in)segurança do Ceará. Como já denunciamos várias vezes,
a esquerda reformista vem “bajulando” Camilo há décadas, filho de uma
oligarquia do sul do estado (Cariri), o atual governador foi militante do
antigo PLP (Partido da Libertação Proletária), cujos dirigentes na atualidade
estão abrigados no PSOL (Mauro Gurgel, Soraya Tupinambá) ou no PT (Acrísio
Sena). Este “currículo” de passagem de Camilo pela esquerda explica o fato de
contar com uma “oposição construtiva” por parte do PSOL e de ser acolhido no PT
(antes de ser governador foi deputado estadual), apesar de sua posição de
destaque no clã dos Gomes, o mesmo que a presidente nacional do PT, Gleisi
Hoffman, chama de “fujão e covarde” ou mesmo neocoronel. Mais uma vez somente a
“pequena” LBI vem responsabilizar diretamente Camilo por mais esta ação
criminosa, além de denunciarmos o caráter de colaboração de classes da “frente ampla” que o PT deseja costurar com o PSOL para 2020 e 2022, ainda “sonhando”
em ter a seu lado... o neocoronel Ciro Gomes!