LBI intervém
no “Grito dos Excluídos” denunciando a ofensiva imperialista contra os povos
árabes e o circo eleitoral
Ocorreu
em São Paulo, nesta sexta-feira, 07 de setembro, o Grito dos Excluídos. Cerca
de 500 ativistas sindicais e populares participaram da manifestação que marchou
da Praça da Sé até o Ipiranga, onde houve o ato político de encerramento do
protesto. A LBI interveio no percurso da manifestação pelas ruas da capital
paulista, com o companheiro Marco Queiroz (assista vídeo) denunciando a ofensiva
imperialista contra os povos árabes e o circo eleitoral da democracia burguesa.
Além da LBI estiveram presentes na atividade o PSTU, PSOL, PCB, CSP-Conlutas,
Intersindical, Pastoral Operária, diversos sindicatos e movimentos populares
como o MTST. O MST, atrelado ao governo Dilma, boicotou a atividade, porque é refém da política de colaboração de classes.
Logo
no início de sua fala no caminhão de som, o representante da LBI saudou os
participantes do Grito dos Excluídos alertando que o sistema capitalista é o
responsável pela miséria social que assola os explorados, gerando fome,
desemprego e falta de moradia. No Brasil, a gerentona Dilma e seu governo de
frente popular atacam direitos e conquistas assim como reprime as greves em
curso para manter a estabilidade do regime político burguês. A política de
colaboração de classes levada a cabo pelo PT e CUT entorpece a consciência dos
trabalhadores, estabelecendo um verdadeiro pacto social que protege a classe
dominante e mantêm a riqueza sob o controle de um punhado de parasitas. Aproveitando
a proximidade das eleições burguesas, que ocorrem exatamente dentro de um mês,
o companheiro Marco Queiroz fez uma caracterização do circo eleitoral como uma
verdadeira farsa a serviço de dar legitimidade aos governos burgueses.
Denunciando o conjunto dos partidos do regime (PT, PSDB...) como sustentáculos
políticos da ordem capitalista, o companheiro convocou os presentes a
impulsionar junto com a LBI a campanha pelo boicote ativo ao circo eleitoral.
Abordando
a questão internacional, a intervenção da LBI denunciou a ofensiva do imperialismo
no Oriente Médio e no Norte da África, que hoje tem como alvo imediato a Síria.
Este país enfrenta neste exato momento provocações terroristas financiadas
pelas grandes potências capitalistas através de “rebeldes” mercenários para
desestabilizar o regime da oligarquia Assad. Como pontuou o dirigente da LBI,
recentemente a OTAN atacou a Líbia para impor um governo títere no lugar no
regime nacionalista burguês de Kadaffi. Agora investe contra a Síria, mas o
objetivo final é o Irã e seu programa nuclear. A Casa Branca, se utilizando da
farsa em torno das “revoluções árabes” está avançando no controle da região ao
conseguir promover transições conservadoras sob seu controle (Egito e Turquia)
ao mesmo que investe militarmente contra governos que representam algum
obstáculo a seus planos de dominação. Frente a essa realidade, foi defendida a
necessidade de se estabelecer uma frente única anti-imperialista em defesa da Síria
contra as investidas neocolonialistas do imperialismo ianque através da ONU e
da OTAN.
Na
parte final de sua fala, o companheiro Marco Queiroz defendeu a necessidade da
ação direta e revolucionária dos explorados por um fim a barbárie capitalista.
Deu como exemplo as demissões na GM de São José dos Campos, onde tragicamente o
Sindicato dos Metalúrgicos filiado a CSP-Conlutas e controlado pelo PSTU não
chamou a greve com ocupação para barrar o facão do desemprego. A LBI defendeu
no Grito dos Excluídos a unidade operária, camponesa, estudantil que tenha como
eixo político a ação direta no campo e na cidade, inclusive conclamando a
formação de comitês de autodefesa para expropriar o latifúndio e acabar com o
domínio da terra pelo agronegócio. O companheiro encerrou sua intervenção
política fazendo um chamado para que, através dos métodos de luta próprios dos
trabalhadores, se construa uma alternativa de poder dos explorados que tenha a
revolução proletária e socialismo como estratégia de classe.