Enquanto a direita convoca hordas fascistas para ocupar o
Congresso, justiça de Pezão e Dilma manda novamente prender ativistas do “Não
vai ter Copa”. Liberdade imediata para Igor, Sininho e Karlaine!
Faltando 14 dias para o julgamento de 23 militantes
processados criminalmente durante as manifestações contra a "Farra da
FIFA", a justiça do Rio de Janeiro (costumeiramente serviçal de Pezão e
Dilma) decretou a novamente a prisão os militantes, Sininho, Karlaine e Igor Mendes, este último já detido pela polícia e encaminhado ao presídio de Bangu. O ato
de gravíssima arbitrariedade política e restrição das liberdades democráticas
foi justificado pelo juiz Fábio Itabaiana pelo fato dos três ativistas terem
participado de uma manifestação no último mês de outubro em frente à Câmara
municipal do Rio, enquanto ainda aguardavam julgamento pelo processo anterior.
Por este "entendimento" da justiça carioca fica vedada a qualquer
cidadão que esteja sob judice (portanto inocente) o direito de expressão e
manifestação política. Na verdade esta reacionária determinação da justiça tem
por objetivo intimidar os movimentos sociais, particularmente no Rio, para que
não protagonizem mobilizações de rua contra as Olimpíadas de 2016. O irônico é
que enquanto Dilma e Pezão manipulam a justiça para levar a "ordem"
aos jogos olímpicos, que terão os "holofotes" da mídia internacional,
a direita tucana mobiliza hordas de fascistas para ocupar o Congresso Nacional
em nome das "Jornadas de Junho". É o puro cretinismo das frações
burguesas dominantes que hoje estão em "guerra" pelo controle do
botim estatal. Com muita dificuldade o governo Dilma conseguiu aprovar no
parlamento a "flexibilização" das metas fiscais de 2014, liberando
"generosidades" para os deputados e senadores, enquanto anuncia
para o próximo ano cortes profundos de gastos nas áreas sociais. Outra
"ironia" política dos neoliberais palacianos abrigados na Frente
Popular, para conseguir a aprovação do "ajuste" contra os trabalhadores
e o povo pobre libera o "caixa da viúva" para as oligarquias
corruptas. Todos estes elementos da conjuntura nacional são um prenúncio de que
a repressão e a criminalização do movimento de massas serão uma forte
"política de Estado" em 2015, a intensa polarização interburguesa em
torno do quarto mandato presidencial consecutivo do PT tem como contraponto o
avanço do terrorismo político da direita por um lado e na outra ponta o
recrudescimento estatal das garantias de organização e manifestação democrática
da classe operária. Várias entidades populares e organizações políticas, na
qual a LBI se soma, estão convocando para esta quinta-feira (04/12) um ato de
repúdio a prisão dos ativistas sociais (pejorativamente taxados de Black Blocs
pela mídia patronal corporativa) em frente ao Tribunal de justiça do Rio. Toda
a esquerda classista deve se colocar pela defesa incondicional dos três
militantes perseguidos pelo Estado burguês, engrossando as fileiras deste ato
político contra estas prisões ilegítimas!