A QUESTÃO DO CONTROLE ENERGÉTICO MINERAL: O CENTRO DO GOLPE PARLAMENTAR CONTRA O GOVERNO DA FRENTE POPULAR, FOI SEDIMENTADO QUANDO DILMA INICIOU O DESMONTE DA PETROBRAS ATENDENDO A ORDEM DA "LAVA ATO". A LBI ALERTOU A MARCHA GOLPISTA AINDA NO "CONTO DA CAROCHINHA" DO PRÉ SAL COMO SENDO A "SALVAÇÃO DO BRASIL"....
A LBI foi a única organização da esquerda Marxista que caracterizou a chamada "descoberta" do Pré Sal, ainda no governo Lula, como sendo um "conto de fadas" que poderia trazer resultados desastrosos para a Frente Popular e para o próprio país, caso fosse limitado a mais uma movimentação histórica de exportação de comodities, sem valor agregado, mesmo se tratando do "cobiçado" petróleo cru. Como uma repetição "valorizada" dos ciclos econômicos da cana de açúcar, café, borracha, soja etc.. o Pré Sal, por si só, não poderia conduzir o país ao tão sonhado "primeiro mundo", ao contrário aumentaria a dependência do Brasil ao rentismo financeiro internacional, ao sabor das petrolíferas imperialistas que controlam o processamento e refinamento do petróleo e a poderosa indústria da química fina mundial. Bastou o preço internacional do óleo cru despencar no mercado bursátil de Wall Street para que o governo Dilma passasse a desativar o tímido projeto de construção de novas refinarias nacionais, iniciado na gestão Lula, leiloando os lotes do Pré Sal a "preço de banana" para o cartel imperialista que controla a energia mineral do planeta, tudo isso ao sabor das ordens da operação "Lava Jato", que sob o manto de combater a corrupção na maior empresa estatal do país preparava na verdade a destruição da Petrobras e o golpe de Estado. Com a assunção do governo golpista, a missão do interventor da Casa Branca (disfarçado de juiz federal) foi cumprida: com poucas refinarias no país e em sua maioria sem capacidade técnica de refinar o Pré Sal, óleo bem mais denso, a Petrobras passou a importar quase todos os derivados e não por coincidência em um momento em que o barril de petróleo retoma uma escalada de alta no mercado internacional. Com o "manager" Parente (dos gringos), a estatal passou a replicar o custo do combustível importado diretamente nas bombas dos postos, somado a valorização semanal do Dólar, o resultado foi a elevação do diesel em 60% em um ano, enquanto a inflação oficial não atingiu a marca dos 3%. Uma combinação econômica explosiva, que deu margem a movimentação dos caminhoneiros e a futuras manobras políticas orientadas diretamente pelo governo ianque. A alternativa estratégica que deve ser apontada pelo movimento de massas é o controle operário da Petrobras, fim de todas as importações e a estatização completa da prospeção de petróleo (monopólio estatal) e também da distribuição de combustíveis. Retomada da construção imediata de dez novas refinarias e implantação de polos petroquímicos nas principais regiões do país. Porém esta plataforma nacionalista não poderá ser levada a cabo por um governo reformista Social Democrata, seja na volta do PT ou pelo seu "clone" o PSOL, somente a deflagração da revolução socialista e a Ditadura do Proletariado terão a capacidade histórica de garantir a genuína soberania energética do Brasil.
REPUBLICAMOS A APRESENTAÇÃO DO LIVRO “OFENSIVA IMPERIAL PARA DESTRUIR A PETROBRAS” LANÇADO PELA LBI EM FEVEREIRO DE 2015
O verbo destruir utilizado no título do novo lançamento da Editora Publicações LBI não é uma mera figura de linguagem ou apenas um recurso de retórica jornalística para definir o objetivo central do imperialismo com relação a Petrobras. Nestes exatos dias estamos vendo os passos iniciais de uma brutal ofensiva política, econômica e midiática para de fato se esquartejar e desmantelar a Petrobras. O plano canalha é reduzir a maior empresa estatal da América Latina, quando muito, em uma mera extratora de óleo cru em alto mar (com altíssimo custo de operação) a fim de que os grandes grupos econômicos internacionais possam seguir controlando livremente os ramos mais lucrativos do mercado do petróleo nacional: a venda de derivados e sua distribuição pelo território brasileiro. A se manter a equação de vender óleo cru a “preço de banana” para depois comprar “na alta” o diesel e a nafta processada dos trustes industriais anglo-ianques, teremos inexoravelmente a futura quebra da Petrobras, ainda mais com o preço do barril em baixa sistemática por pressão dos EUA. Sintonizado com os ditames da Casa Branca e Obama, o decano tucano José Serra já defende abertamente o desmembramento da Petrobras, propondo que a estatal venda a área de refino, petroquímica, fabricação de plataformas, fertilizantes e abra mão da distribuição de combustíveis no varejo para permitir a privatização do que restar da empresa a baixíssimo custo. Desta forma tornamos o Brasil um país eternamente submisso política e economicamente as potências imperialistas e as "Sete Irmãs" (cartel das transnacionais do petróleo). O tucanato não está só nesta empreitada neoliberal facilitada pela política privatista de “gerentona” do PT. O “detonador” desta cruzada antinacional em curso foi a Operação policial "Lava Jato". A pretexto de revelar o esquema de pagamento de comissões (propinas) por parte de empreiteiras a diretores da estatal que negociavam em nome do governo Lula-Dilma e do PT as obras de construção das novas refinarias projetadas ainda na era Lula, a banda tucana da PF, da Justiça e do MPF conseguiu gerar um escândalo midiático - tendo à frente a Rede Globo - que agora obriga o Planalto completamente fragilizado a entregar a presidência da Petrobras a um "homem do mercado" imposto pelos rentistas internacionais e que, a pretexto de “moralizá-la”, irá levar adiante a sua destruição e esquartejamento, sabotando um tímido projeto de soberania nacional, formulado originalmente com a renovação parcial do nosso "arcaico" parque industrial de refino e petroquímica. O pagamento de "comissões" por parte da iniciativa privada a gestores estatais não é propriamente uma "novidade" na história republicana do país, tampouco é um "fenômeno" exclusivo da Petrobras. As "comissões" são parte inerente ao modo de produção capitalista moderno, onde o acúmulo patrimonialista dos políticos e técnicos da burguesia ocorre sob esta dinâmica. Longe de levar a falência da Petrobras as "comissões" são apenas parte integrante de uma engrenagem capitalista que foi estabelecida há muito tempo atrás, mais precisamente desde a sua fundação em 1953. O atual "desmanche" da Petrobras ocorre sob outra lógica, a da subordinação de uma semi-colônia aos interesses comerciais da matriz imperial, seria um "pecado capital" inaceitável ao Amo do Norte que nossa maior empresa nacional rompesse a dependência do refino de combustíveis e passasse a dominar áreas estratégicas, como a da química fina por exemplo. Por isso a "ordem imperial" veio de Washington, as refinarias não podem ser concluídas e o polo petroquímico de Campos deve ser abortado! O pretexto do "mar de lama da corrupção" na Petrobras, repercutido à exaustão pela mídia corporativa, veio para selar o destino da estatal firmado pelo imperialismo: ou se mantém como um "fazendão" do óleo ou simplesmente a destruímos.