quarta-feira, 30 de maio de 2018

HÁ 16 ANOS MORRIA MÁRIO LAGO: 
O ÚLTIMO “STALINISTA BOÊMIO”


Mario Lago, ator, compositor, radialista, poeta, autor teatral foi um militante comunista, na verdade um stalinista de vida boêmia, talhada pelas músicas, os cabarés, enfim foi produto do ambiente malandro da Lapa carioca onde nasceu e da influência política da vitoriosa Revolução de 1917, que iria marcar os debates políticos e culturais de sua adolescência. Também neste caso, a exceção confirma a regra e nem por esses ricos traços culturais Lago rompeu com a política de colaboração de classes do velho Partidão. Ao contrário, seguiu-a disciplinadamente apesar de toda a “heterodoxia” pessoal que acompanhou sua vida, quando morreu em 30 de maio de 2002, há 16 anos. Um tempo vivido em sua plenitude política, artística e boemia. Não foi casual esse pulsar de vida pelo simples fato de que nascera no centro do furacão político da luta de classes e cultural do país nas décadas de 20 a 50. Nasceu no Rio de Janeiro, capital federal, em 26 de novembro de 1911, na histórica Rua do Resende, bairro da Lapa, região à qual confluía toda a boemia carioca e a nata da “malandragem”. Carioca típico, absorveu profundamente a verve de sua época, a de um país que emergia para a industrialização capitalista, a economia que aos poucos suplantava a monocultura cafeeira. Por todos os poros emergiam os aspectos de uma nova cultura voltada para consumo de massa, tais como a música que desce da marginalidade dos morros para a cidade, ou seja, o samba outrora criminalizado rapidamente se populariza através de grandes menestréis como Chiquinha Gonzaga – a grande precursora desta nova “elite” intelectual que compôs já em 1899 a marchinha “Ô abre alas” – Noel Rosa, Mario Lago, Cartola, Pixinguinha, Lamartine Babo e muitos outros. Tratava-se da ascensão de uma nova classe média urbana gerada pelo crescente processo de industrialização que tinha como canal de expressão de suas ideias e novos costumes os cafés, os botequins e cabarés, nos quais eram “elaborados” (vividos) e discutidos entre a intelectualidade novos padrões estéticos e comportamentais.

terça-feira, 29 de maio de 2018

23 ANOS DA GREVE DOS PETROLEIROS CONTRA O GOVERNO FHC E O FIM NO MONOPÓLIO: TIRAR LIÇÕES DA PROFUNDA DERROTA DE 1995 PARA ORGANIZAR HOJE A LUTA EM DEFESA DE UMA PETROBRAS 100% ESTATAL SOB O CONTROLE DOS TRABALHADORES!



A greve dos petroleiros iniciada em maio de 1995 entrou para a história do movimento operário brasileiro pela sua radicalidade. Os petroleiros organizaram uma grande greve nacional que durou mais de 30 dias em diversas unidades, várias delas ocupadas por tanques do exército. Sua greve tinha dois eixos principais: o repúdio ao desconhecimento por FHC do acordo salarial firmado pelo ex-presidente Itamar Franco e a votação da lei que quebrava o monopólio estatal da Petrobras. A quebra do monopólio era, para o tucanato, a antessala de algo maior: privatizar a empresa inclusive usando outro nome (PetroBrax). Do ponto de vista dos trabalhadores petroleiros a greve foi uma profunda derrota. Dirigentes foram demitidos e o monopólio foi quebrado. Porém, a disposição de luta dos petroleiros provou que não seria possível vender a empresa. Não fosse a atuação das direções ligada a CUT e ao PT o resultado poderia ter sido mais favorável para a categoria questionando em luta a gestão neoliberal do PSDB. Houve a ocupação das refinarias, cujo símbolo foi a de a Presidente Bernardes (Cubatão, SP). O exército foi convocado por FHC para reprimir a paralisação depois de quase 1 mês de greve. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou a greve abusiva em seu sétimo dia e posteriormente deu multas milionárias aos sindicados. Os petroleiros, no entanto, não se intimidaram. Nem mesmo quando a direção da Petrobras anunciou em 11 de maio a primeira lista de demitidos. A repressão do governo FHC aumentou, o Justiça não foi suficiente, o exército foi acionado, ocuparam as refinarias no Paraná (REPAR), Paulínia (REPLAN), Mauá (RECAP) e São José dos Campos (REVAP). No dia seguinte, os petroleiros receberam seus contracheques zerados. Os trabalhadores resistiram no entanto foram derrotados pela burguesia devido também a política a política de colaboração de classes da CUT e do PT. No dia 02 de Junho, a FUP indicou a suspensão da greve, que foi aprovada pela categoria, exceto 300 operários que ocuparam a refinaria de Cubatão, que só sairão no dia 03 de junho em uma das cenas mais marcantes da greve. Hoje estamos às vésperas da greve dos petroleiros, já convocada com bastante atraso pela FUP e FNP. A paralisação dos caminhoneiros que questionou o aumento do diesel perde força e só agora os petroleiros anunciam a paralisação de suas atividades às vésperas de um feriado nacional, o que representa um quadro de objetiva atomização da luta. Alertamos que atualmente o proletariado organizado não atravessa uma etapa de ofensiva social ou política, se encontra atomizado e ainda à espera de um desfecho eleitoral para a conjuntura de crise política. É óbvio que esta situação tem um componente hegemônico ditado pela estratégia da esquerda reformista, que vem sedimentando derrota atrás de derrota. A greve petroleira, ainda que um sinal positivo neste momento é insuficiente para reverter o quadro atual de defensividade em favor do proletariado. Devemos exigir dos sindicatos que estendam o chamado da greve a todos os trabalhadores terceirizados da Petrobras, hoje conformam a maioria no interior das refinarias, e que sequer tem o direito a sindicalização, negado pelas burocracias cutistas e revisionistas da FUP e FNP. Esse caminho deve ser seguido de um chamado a Greve Geral por tempo indeterminado no país! Por outro lado, a bandeira de luta levantada pelas direções sindicais em defesa somente da Petrobras 100% estatal não resolve a crise, porque a empresa continua nas mãos do Estado capitalista e da canalha burguesa. Lutamos por uma Petrobras 100% estatal sob o controle dos trabalhadores! A militância LBI, que interveio há 23 anos atrás na greve petroleira de maio de 1995 e chama o apoio ativo a paralisação dos próximos dias, convoca os lutadores a abstrair as lições programáticas do passado para organizar de forma consequente e revolucionária a greve contra a privatização da estatal levada a cabo pela dupla de canalhas Temer-Parente a serviço do imperialismo!

segunda-feira, 28 de maio de 2018

ESTENDER A GREVE DOS PETROLEIROS A TODOS OS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS DA ESTATAL E CONVOCAR UMA GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO NO PAÍS!


domingo, 27 de maio de 2018

A CLASSE OPERÁRIA DEVE ENTRAR EM LUTA NO APOIO ATIVO A GREVE DOS CAMINHONEIROS!



Reproduzimos o panfleto da Oposição dos Químicos de São Paulo, filiada a Tendência Revolucionária Sindical -TRS, distribuído amplamente nos principais modais de cargas, transporte e fábricas da categoria do estado chamando a vanguarda classista e os lutadores a apoiarem ativamente a greve dos caminhoneiros

Os momentos que se seguem são cruciais acerca do futuro da greve dos caminhoneiros. Setores da esquerda, não tem compreendido a importância de tal movimento que já é histórico. O ceticismo contemplativo que tem colocado esse setor da militância em cima do muro, é na verdade, uma postura covarde que só tem beneficiado a ultra-direita, pois equivale a abstenção e renuncia a dar o combate político-programático no sentido de influir sobre o movimento levando-o à esquerda, com as palavras de ordem revolucionárias, minando dessa forma a influência patronal e pequeno burguesa muito forte nesse importante movimento. As contradições e heterogeinidades no interior desse movimento grevista, podem e devem ser aproveitadas revolucionariamente pelo movimento operário e sua vanguarda. Para além de setores patronais que apoiam este movimento, temos como sua base e grande potencial, ex operários que diante do avanço neoliberal que tem precarizado o mercado de trabalho, tornaram-se pequenos (e precários) proprietários de caminhões utilitários, trabalhando na prática sem os mínimos direitos laborais, arcando praticamente sozinhos com os custos operacionais do transporte de mercadorias, como manutenção do veículo, combustível e etc. Esse "precariado" de fato antecipou a famosa "uberização" do trabalho, além de serem vítimas de extorsões por parte de policiais rodoviários e outras covardias mais. Dessa forma, esse setor de trabalhadores pequeno burgueses, são na pratica, muito sensíveis a atual política privatista de Temer-Parente para a Petrobras, pois as seguidas altas galopantes do diesel tem tornado de fato inviável as condições mesmo de sobrevivência desse setor. Para além de seu atraso ideológico, reflexo (direto ou indireto) de sua situação material e da sua forma de ganhar a vida, sua situação econômica sem perspectivas e desesperadora tem empurrado esses trabalhadores a ação política progressista independente de tais trabalhadores ter consciência disso ou não. Dessa forma, o sentido da luta dos caminhoneiros é sim, contra a política entreguista de Temer-Parente. O resultado disso na pratica, é o enfrentamento mesmo que semi-consciente, contra os especuladores de Wall Street e do cartel das Sete Irmãs do petróleo. 

O dever da esquerda que tenha alguma coisa na cabeça é intervir nessa luta e leva-la à esquerda, dando o conteúdo anti-capitalista; aproveitar as contradições que existem no interior do movimento em benefício dos trabalhadores, visto que a pauta dos caminhoneiros em essência converge com os interesses imediatos da população pobre, deve ser obrigação de quem se reivindica de esquerda ou marxista. O simplismo alienado e insuportável de uma parcela da classe média "esquerdista" e de parte da burocracia sindical, taxando a greve de locaute se negando a dar o combate ideológico na mesma, não passa de justificativa para sua covardia política. Como em política não existe vácuo, a abstenção de parcela do movimento operário e sua suposta vanguarda em dar o combate para influir em tal movimento contraditório pode abrir uma verdadeira estrada para a direita o fazer. 

É mais do que necessário que as centrais sindicais, sobretudo a CUT saia de sua paralisia e convoque uma greve geral, apresente um conjunto de pautas nacionalistas e de estatização completa sobre direção dos trabalhadores em relação a Petrobras e exija o cancelamento de todas as medidas do governo golpista de Temer, sobretudo a reforma trabalhista. Existe condições objetivas para isso, os trabalhadores no país têm de entrar em ação, a burguesia está acuada e sua crise de direção pode tornar-se crise de dominação, se setores de peso do movimento operário entrar em ação já.

PELA DERRUBADA REVOLUCIONÁRIA DE TEMER-PARENTE!

PELA CONVOCAÇÃO DE UM CONGRESSO NACIONAL DA CLASSE TRABALHADORA, PARA DISCUTIRMOS UMA SAÍDA OPERÁRIA E REVOLUCIONÁRIA!

OPOSIÇÃO DOS QUÍMICOS DE SÃO PAULO

sábado, 26 de maio de 2018

A QUESTÃO DO CONTROLE ENERGÉTICO MINERAL: O CENTRO DO GOLPE PARLAMENTAR CONTRA O GOVERNO DA FRENTE POPULAR, FOI SEDIMENTADO QUANDO DILMA INICIOU O DESMONTE DA PETROBRAS ATENDENDO A ORDEM DA "LAVA ATO". A LBI ALERTOU A MARCHA GOLPISTA AINDA NO "CONTO DA CAROCHINHA" DO PRÉ SAL COMO SENDO A "SALVAÇÃO DO BRASIL"....


A LBI foi a única organização da esquerda Marxista que caracterizou a chamada "descoberta" do Pré Sal, ainda no governo Lula, como sendo um "conto de fadas" que poderia trazer resultados desastrosos para a Frente Popular e para o próprio país, caso fosse limitado a mais uma movimentação histórica de exportação de comodities, sem valor agregado, mesmo se tratando do "cobiçado" petróleo cru. Como uma repetição "valorizada" dos ciclos econômicos da cana de açúcar, café, borracha, soja etc.. o Pré Sal, por si só, não poderia conduzir o país ao tão sonhado "primeiro mundo", ao contrário aumentaria a dependência do Brasil ao rentismo financeiro internacional, ao sabor das petrolíferas imperialistas que controlam o processamento e refinamento do petróleo e a poderosa indústria da química fina mundial. Bastou o preço internacional do óleo cru  despencar no mercado bursátil de Wall Street para que o governo Dilma passasse a desativar o tímido projeto de construção de novas refinarias nacionais, iniciado na gestão Lula, leiloando os lotes do Pré Sal a "preço de banana" para o cartel imperialista que controla a energia mineral do planeta, tudo isso ao sabor das ordens da operação "Lava Jato", que sob o manto de combater a corrupção na maior empresa estatal do país preparava na verdade a destruição da Petrobras e o golpe de Estado. Com a assunção do governo golpista, a missão do interventor da Casa Branca (disfarçado de juiz federal) foi cumprida: com poucas refinarias no país e em sua maioria sem capacidade técnica de refinar o Pré Sal, óleo bem mais denso, a Petrobras passou a importar quase todos os derivados e não por coincidência em um momento em que o barril de petróleo retoma uma escalada de alta no mercado internacional. Com o "manager" Parente (dos gringos), a estatal passou a replicar o custo do combustível importado diretamente nas bombas dos postos, somado a valorização semanal do Dólar, o resultado foi a elevação do diesel em 60% em um ano, enquanto a inflação oficial não atingiu a marca dos 3%. Uma combinação econômica explosiva, que deu margem a movimentação dos caminhoneiros e a futuras manobras políticas orientadas diretamente pelo governo ianque. A alternativa estratégica que deve ser apontada pelo movimento de massas é o controle operário da Petrobras, fim de todas as importações e a estatização completa da prospeção de petróleo (monopólio estatal) e também da distribuição de combustíveis. Retomada da construção imediata de dez novas refinarias e implantação de polos petroquímicos nas principais regiões do país. Porém esta plataforma nacionalista não poderá ser levada a cabo por um governo reformista Social Democrata, seja na volta do PT ou pelo seu "clone" o PSOL, somente a deflagração da revolução socialista e a Ditadura do Proletariado terão a capacidade histórica de garantir a genuína soberania energética do Brasil.

REPUBLICAMOS A APRESENTAÇÃO DO LIVRO “OFENSIVA IMPERIAL PARA DESTRUIR A PETROBRAS” LANÇADO PELA LBI EM FEVEREIRO DE 2015

O verbo destruir utilizado no título do novo lançamento da Editora Publicações LBI não é uma mera figura de linguagem ou apenas um recurso de retórica jornalística para definir o objetivo central do imperialismo com relação a Petrobras. Nestes exatos dias estamos vendo os passos iniciais de uma brutal ofensiva política, econômica e midiática para de fato se esquartejar e desmantelar a Petrobras. O plano canalha é reduzir a maior empresa estatal da América Latina, quando muito, em uma mera extratora de óleo cru em alto mar (com altíssimo custo de operação) a fim de que os grandes grupos econômicos internacionais possam seguir controlando livremente os ramos mais lucrativos do mercado do petróleo nacional: a venda de derivados e sua distribuição pelo território brasileiro. A se manter a equação de vender óleo cru a “preço de banana” para depois comprar “na alta” o diesel e a nafta processada dos trustes industriais anglo-ianques, teremos inexoravelmente a futura quebra da Petrobras, ainda mais com o preço do barril em baixa sistemática por pressão dos EUA. Sintonizado com os ditames da Casa Branca e Obama, o decano tucano José Serra já defende abertamente o desmembramento da Petrobras, propondo que a estatal venda a área de refino, petroquímica, fabricação de plataformas, fertilizantes e abra mão da distribuição de combustíveis no varejo para permitir a privatização do que restar da empresa a baixíssimo custo. Desta forma tornamos o Brasil um país eternamente submisso política e economicamente as potências imperialistas e as "Sete Irmãs" (cartel das transnacionais do petróleo). O tucanato não está só nesta empreitada neoliberal facilitada pela política privatista de “gerentona” do PT. O “detonador” desta cruzada antinacional em curso foi a Operação policial "Lava Jato". A pretexto de revelar o esquema de pagamento de comissões (propinas) por parte de empreiteiras a diretores da estatal que negociavam em nome do governo Lula-Dilma e do PT as obras de construção das novas refinarias projetadas ainda na era Lula, a banda tucana da PF, da Justiça e do MPF conseguiu gerar um escândalo midiático - tendo à frente a Rede Globo - que agora obriga o Planalto completamente fragilizado a entregar a presidência da Petrobras a um "homem do mercado" imposto pelos rentistas internacionais e que, a pretexto de “moralizá-la”, irá levar adiante a sua destruição e esquartejamento, sabotando um tímido projeto de soberania nacional, formulado originalmente com a renovação parcial do nosso "arcaico" parque industrial de refino e petroquímica. O pagamento de "comissões" por parte da iniciativa privada a gestores estatais não é propriamente uma "novidade" na história republicana do país, tampouco é um "fenômeno" exclusivo da Petrobras. As "comissões" são parte inerente ao modo de produção capitalista moderno, onde o acúmulo patrimonialista dos políticos e técnicos da burguesia ocorre sob esta dinâmica. Longe de levar a falência da Petrobras as "comissões" são apenas parte integrante de uma engrenagem capitalista que foi estabelecida há muito tempo atrás, mais precisamente desde a sua fundação em 1953. O atual "desmanche" da Petrobras ocorre sob outra lógica, a da subordinação de uma semi-colônia aos interesses comerciais da matriz imperial, seria um "pecado capital" inaceitável ao Amo do Norte que nossa maior empresa nacional rompesse a dependência do refino de combustíveis e passasse a dominar áreas estratégicas, como a da química fina por exemplo. Por isso a "ordem imperial" veio de Washington, as refinarias não podem ser concluídas e o polo petroquímico de Campos deve ser abortado! O pretexto do "mar de lama da corrupção" na Petrobras, repercutido à exaustão pela mídia corporativa, veio para selar o destino da estatal firmado pelo imperialismo: ou se mantém como um "fazendão" do óleo ou simplesmente a destruímos.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

UMA POSIÇÃO REVOLUCIONÁRIA DIANTE DO MOVIMENTO DOS CAMINHONEIROS: APESAR DE NÃO SER UMA GREVE DOS TRABALHADORES, A MOBILIZAÇÃO NÃO TEM UMA PAUTA COMPLETAMENTE REACIONÁRIA. APOIO CRÍTICO E PARCIAL À PARALISAÇÃO NO EMBATE OBJETIVO COM O CARTEL DOS COMBUSTÍVEIS (USA). PELO CONTROLE OPERÁRIO DA PETROBRAS! DERROTAR A REPRESSÃO DAS FORÇAS ARMADAS E DA POLÍCIA DO GOVERNO TEMER! FIM DAS IMPORTAÇÕES DE DERIVADOS, O PETRÓLEO BRASILEIRO DEVE SER TOTALMENTE PROCESSADO NAS REFINARIAS NACIONAIS! EXTINÇÃO DO IMPOSTOS SOBRE OS COMBUSTÍVEIS PAGOS PELA POPULAÇÃO!


A greve dos caminhoneiros, uma categoria heterogênea que engloba motoristas autônomos e empregados de grandes empresas de transporte de cargas, além de paralisar parcialmente o país, ameaçando o fornecimento de combustíveis e alimentos, abriu um importante debate no interior da esquerda: devemos apoiar ou não a paralisação dessa categoria? Há uma justa desconfiança entre a vanguarda classista em apoiar a greve dos caminhoneiros, tanto porque o grosso da categoria apoiou o golpe parlamentar em 2016, como por seu histórico no Brasil e no mundo em ser uma marionete da reação burguesa. Devemos ter claro que essa categoria é tradicionalmente manipulada pela direita e também controlada por empresas do setor de transporte, ainda que nesse momento seja porta-voz da justa denúncia do aumento dos combustíveis. Possui um peso social e econômico enorme, sobretudo num país continental como o Brasil, ultra dependente do transporte rodoviário para circular as mercadorias. Nestas condições, podem tornar-se um fator de desestabilização política agora e até mesmo nas vésperas das eleições presidenciais de outubro, ainda mais que o movimento é controlado por uma burocracia mafiosa dirigida por setores direitistas. Nesse sentido é necessário que os trabalhadores com tradição de luta entrem em cena, para protestar contra o aumento do custo de vida para colocar nas mãos dos lutadores sociais o combate direto contra a carestia, acaudilhando atrás de si os setores mais atrasados e desorganizados do povo trabalhador. Entretanto é preciso reconhecer que o protesto contra o aumento dos combustíveis ganhou rapidamente a simpatia popular, na medida em que o povo trabalhador sente na pele e no bolso que a elevação dos preços da gasolina, álcool, Diesel e do Gás de cozinha geram o aumento do custo de vida das massas, capitalizando o ódio popular contra o governo Temer. Os caminhoneiros lutam pela redução do preço do Diesel, não encamparam a bandeira popular de baixar os preços dos demais derivados do petróleo, justamente porque são uma categoria cortada pelos interesses patronais. Limitam-se a reivindicar o corte de impostos para que o Tesouro Nacional absorva a redução do Diesel na bomba. Apesar disso, sua pauta não é reacionária, mas limitada porque não aponta a necessidade da redução e congelamento do preço de todos os combustíveis, do Gás de cozinha e muito menos se colocam contra a privatização da Petrobras, em resumo, não chamam a unidade popular para derrotar o governo golpista neoliberal. Nesse sentido, suas reivindicações devem ter o apoio crítico e parcial dos trabalhadores no embate com o cartel dos combustíveis controlado pelo imperialismo ianque e europeu. A esmagadora maioria das direções dos caminhoneiros são direitistas e devem ser combatidas vigorosamente pelos lutadores de esquerda. Para que esse movimento não caia completamente nas mãos da direita reacionária é preciso que os trabalhadores organizados entrem em cena, particularmente os petroleiros e os sem-terra, com bloqueios das estradas e a ocupação das refinarias, o que coloca concretamente a questão da unidade com os caminhoneiros, que terão que se unir aos operários e explorados ou se voltar unicamente a sua limitada pauta corporativa. O movimento operário não pode ficar alheio e vendo “de camarote” a conjuntura nacional se polarizando. Tem de entrar neste movimento com suas pautas e seus métodos de luta. Os sindicatos operários tem de mobilizar sua base agora, sobretudo CUT, apesar do grau de burocratismo, para levantar a luta pela derrubada do governo Temer e a demissão imediata de Pedro Parente, para que a Petrobras seja controlada pelos trabalhadores. Como o PT somente aposta no circo eleitoral apesar da prisão de Lula, vem tendo um papel completamente nulo diante dessa conjuntura, com grande parte de seus apoiares acusando a greve de ser um “Lockout” reacionário, o que não é verdade. A entrada do movimento operário pode levar essa greve dos caminhoneiros a dar um giro a esquerda, inclusive com potencial para uma Greve Geral. As pautas principais tem de estar relacionadas a estatização completa da Petrobras, fim da emissão de seus papéis nas bolsas, ligando a outras pautas como cancelamento da reforma trabalhista etc. A direção pelega defende uma pauta pró-patronal em muitos pontos mas em parte deles há concordância com vários anseios populares, no entanto, se o movimento operário entrar em luta, pode levá-la para um curso progressivo, com as pautas operárias, ligando a questão da estatização completa e de fato da Petrobras a demandas proletárias. Os trabalhadores não podem ficar alheios: tem de disputar a direção, ou pelo menos buscar influenciar este movimento, tirando-o da influência patronal e pequeno-burguesa. Existem claramente contradições no movimento dos caminhoneiros. Mas o efeito mais importante dela é certamente, ter colocado em crise a política de Temer-Parente de completa entrega da Petrobrás. Para a LBI, esse é uma posição justa e revolucionária diante da greve dos caminhoneiros, nem virar as costas para o movimento (como defendem setores do PT) nem apoiá-lo acriticamente (como faz o PSTU), manter uma linha principista “no fio da navalha” nesta complexa conjuntura, o que passa pela denúncia vigorosa da Lava Jato patrocinada pela Casa Branca e apoiada por grande parte dos caminhoneiros, uma operação político-judicial que contribuiu em muito nos últimos anos por manter o Brasil um país eternamente submisso a política e economicamente as potências imperialistas e as “Sete Irmãs” (cartel das transnacionais do petróleo). Ao mesmo tempo é preciso se colocar frontalmente contra a repressão das FFAA e das “forças federais” (PF, PRF) anunciada hoje contra os caminhoneiros em greve, porque uma investida repressiva contra o movimento reforça o ataque da burguesia e seu Estado policial contra o conjunto do movimento operário e camponês, pavimentando as condições para no futuro ser desatado um golpe militar no país.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

RATOEIRA HUMANA OU CRECHE MUNICIPAL?: CRIANÇA MORRE EM FOSSA ABERTA DE CENTRO INFANTIL DA PREFEITURA DE FORTALEZA... MAIS UM VÍTIMA DA POLÍTICA DE CORTE DE VERBAS E SUCATEAMENTO DO PREFEITO ROBERTO CLÁUDIO, FILHOTE DA OLIGARQUIA GOMES!



Por Antonio Sombra -  Dirigente da Oposição de Luta dos Professores do Ceará

Uma aluna de 4 anos morreu hoje após a tampa da fossa de uma creche municipal de Fortaleza ceder em pleno pátio escolar. Há pelo menos 3 feridos, entre eles um funcionário da escola que socorreu as crianças. Hannah Evelyn de Andrade Laranjeira estava brincando quanto o piso sobre uma fossa, instalada em pleno pátio da escola afundou, abrindo um buraco enorme que engoliu a criança e mais dois colegas. O Centro de Educação Infantil Professora Laís de Sousa Vieira Nobre localiza-se na periferia de Fortaleza, no bairro do Ancuri, em mais uma escola sucateada pela política de corte de verbas e sucateamento do prefeito Roberto Cláudio (PDT), filhote da Oligarquia Gomes. “Era hora do recreio. Elas estavam brincando quando, de repente, o chão da fossa afundou”, relatou a mãe de uma criança ferida. Duas conseguiram ser socorridas por funcionários da creche municipal. Hannah esperava socorro do Corpo de Bombeiros Militar, mas não resistiu. A mãe de um outra menina de 5 anos, amiga da aluna morta, que também se feriu, desabafou “(Hannah) era minha vizinha. A mãe dela é muito minha amiga. Nossas filhas estavam brincando juntas. A gente traz os filhos da gente pra receberem educação e infelizmente acontece um negócio desses”. Hannah é mais uma vítima do ataque a educação pública por parte da Prefeitura de Fortaleza. Além de Roberto Cláudio cortar verbas que deixam as escolas e creches sem condições de uso, arrocha os salários dos professores. Com a proximidade das elições presidências, Ciro Gomes vai desejar mostrar Fortaleza e o Estado do Ceará como “modelos de administração” mas esse fato trágico comprova que essa propaganda é uma farsa completa”. Desde a Oposição de Luta dos Professores do Ceará impulsionado pela TRS-LBI nos solidarizamos com família da pequena Hannah e dos demais feridos, entre eles um trabalhador de educação, denunciamos que o principal responsável pela morte dessa aluna da educação infantil é do Prefeito Roberto Cláudio e da Secretaria de Educação de Fortaleza.
AUMENTO GALOPANTE DOS COMBUSTÍVEIS E GREVE DOS CAMINHONEIROS: EFEITOS DA POLÍTICA DE LIQUIDAÇÃO DA PETROBRAS (IMPORTAÇÃO DE DERIVADOS E DESATIVAÇÃO DAS REFINARIAS NACIONAIS) PELA OPERAÇÃO LAVA JATO MONTADA PELO IMPERIALISMO 


A greve dos caminhoneiros contra o aumento do Diesel, uma categoria agrupando autônomos e empresas de transporte de cargas, que apoiou o golpe parlamentar e cruzou o país em carreatas saudando a “Operação Lava Jato” é um “efeito colateral” da liquidação da Petrobras e a entrega da empresa ao comando direto dos prepostos das multinacionais do petróleo. O tucano Pedro Parente, que rapina a empresa vendendo grande parte dos ativos, refinarias e bacias de extração, implementou um sistema de aumento galopante dos preços dos combustíveis devido a importação de derivados e desativação das refinarias nacionais. Essa situação é produto do plano canalha de reduzir a maior empresa estatal da América Latina, quando muito, em uma mera extratora de óleo cru em alto mar (com altíssimo custo de operação) a fim de que os grandes grupos econômicos internacionais possam seguir controlando livremente os ramos mais lucrativos do mercado do petróleo nacional: a venda de derivados e sua distribuição pelo território brasileiro. A se manter a equação de vender óleo cru a “preço de banana” para depois comprar “na alta” o diesel e a nafta processada dos trustes industriais anglo-ianques, teremos inexoravelmente a futura quebra da Petrobras. Desta forma tornamos o Brasil um país eternamente submisso a política e economicamente as potências imperialistas e as “Sete Irmãs” (cartel das transnacionais do petróleo). O “detonador” desta cruzada antinacional em curso foi a Operação policial “Lava Jato”. A pretexto de revelar o esquema de pagamento de comissões (propinas) por parte de empreiteiras a diretores da estatal que negociavam em nome do governo Lula-Dilma e do PT as obras de construção das novas refinarias projetadas ainda na era Lula, a banda tucana da PF, da Justiça e do MPF conseguiu gerar um escândalo midiático - tendo à frente a Rede Globo - que acabou por entregar a presidência da Petrobras a um "homem do mercado" imposto pelos rentistas internacionais e que, a pretexto de “moralizá-la”, tem levar adiante a sua destruição e esquartejamento, sabotando um tímido projeto de soberania nacional, formulado originalmente com a renovação parcial do nosso “arcaico” parque industrial de refino e petroquímica. O atual “desmanche” da Petrobras ocorre sob outra lógica, a da subordinação de uma semicolônia aos interesses comerciais da matriz imperial, seria um “pecado capital” inaceitável ao Amo do Norte que nossa maior empresa nacional rompesse a dependência do refino de combustíveis e passasse a dominar áreas estratégicas, como a da química fina por exemplo. Por isso a “ordem imperial” veio de Washington, as refinarias não podem ser concluídas e o polo petroquímico de Campos foi abortado! O pretexto do “mar de lama da corrupção” na Petrobras, repercutido à exaustão pela mídia corporativa, veio para selar o destino da estatal firmado pelo imperialismo: ou se mantém como um "fazendão" do óleo ou simplesmente a destruímos. O “mar de lama” de hoje centrado na enxurrada de denúncias surgida contra os dirigentes da Petrobras, todas bem reais produto da cobrança das comissões praticadas em todas as esferas desta república capitalista, atingiu em cheio a área da construção de novas refinarias, um setor onde as empreiteiras estão diretamente relacionadas. Estamos falando da capacidade do Brasil em processar industrialmente seu próprio petróleo, produzindo os combustíveis refinados que movimentam a economia do país, perspectiva abortada pelas decisões do governo Dilma nos anos de 2015-16 que quase chegou ao ponto de quebrar a empresa. Hoje o Brasil importa pelo menos 80% dos combustíveis refinados consumidos por nosso mercado, gerando um imenso rombo na balança comercial. A situação de nossas parcas refinarias (menos de dez em todo nosso imenso território) é precária, operando no limite de sua capacidade e com equipamentos sucateados. A construção de pelo menos cinco grandes novas refinarias é uma exigência não só para a economia capitalista do país, mas envolve a própria soberania política e militar do Brasil, já que um país que depende das multinacionais anglo-ianques do petróleo para abastecer inclusive sua frota militar de aviões e navios não pode ser considerado minimamente “independente”. De nada adianta a Petrobras bater recordes de extração do “Pré-sal” apresentado falsamente como um conto de fadas para tirar o país do atraso para vendê-lo “in natura” como óleo cru para os trustes internacionais do setor controlados pelo capital financeiro. É óbvio que a função de “fazendão” do petróleo que cumpre hoje a Petrobras só interessa ao imperialismo. Se o Brasil vende óleo cru e depois compra combustíveis refinados com alto valor agregado jamais poderá superar o déficit estrutural que paralisa o crescimento de nossa economia. O imperialismo ianque e a direita tucana, com aval passivo da Frente Popular que cancelou a construção das refinarias no Nordeste no governo Dilma, desejam mesmo destruir a empresa, desmembrando-a para facilitar a sua privatização futura. No compasso vigente da operação desmonte a Petrobras está com os “dias contados”, sangrando até a falência ou sua privatização esquartejada (como medida “salvadora”). Nesse sentido, é urgente a vanguarda classicista e a militância revolucionária compreender a “jogada” rapineira do imperialismo, travestida de Operação Lava Jato. Com relação aos caminhoneiros, devemos ter claro que essa categoria é tradicionalmente manipulada pela direita e também controlada por empresas do setor de transporte, ainda que nesse momento seja porta-voz da denúncia do aumento dos combustíveis. Possui um peso social e econômico enorme, sobretudo num país continental como o Brasil, ultra dependente do transporte rodoviário para circular as mercadorias. Nestas condições, podem tornar-se um fator de desestabilização política agora e até mesmo nas vésperas das eleições presidenciais de outubro, ainda mais que o movimento é controlado por uma burocracia mafiosa dirigida por setores direitistas. Nesse sentido é necessário que os trabalhadores com tradição de luta entrem em cena, para protestar contra o aumento do custo de vida para colocar nas mãos dos lutadores sociais o combate direto contra a caristia, acaudilhando atrás de si os setores mais atrasados e desorganizados do povo trabalhador. Desde a LBI, defendemos que a estatização da Petrobras sob controle dos trabalhadores e a deflagração de uma greve nacional dos petroleiros. Essa é uma justa bandeira para iniciar a “caminhada” revolucionária pelo próprio poder proletário, erigindo um Estado de novo tipo onde o mercado capitalista sucumba as exigências e necessidades da maioria população trabalhadora.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

SOB CERCO PESADO DO IMPERIALISMO: MADURO VENCE AS ELEIÇÕES REAFIRMANDO A VIA DA COLABORAÇÃO DE CLASSES COM UM SETOR DA BURGUESIA NACIONAL


Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais na Venezuela realizadas neste domingo, dia 20 de maio. O anúncio foi feito hoje pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral). O atual presidente e representante do Chavismo (PSUV) alcançou 67,7% dos votos (5.823.728 do total) derrotando os candidatos da oposição, Henri Falcón que somou 21,1% (1.820.552 votos) e Javier Bertucci, 10,75% (925.042). O comparecimento foi de 48%, um índice que legitima o processo eleitoral apesar do boicote de grande parte dos partidos da direita e da extrema-direita agrupados no MUD e apoiados pelo imperialismo ianque. Na Venezuela o voto não é obrigatório, portanto a cifra de 48% é uma marca de consistente comparecimento popular livre visto que, em outras nações com sistemas facultativos a participação média gira em torno disso, é o caso da última eleição presidencial dos EUA, que teve 46,6% de eleitores. Na França, o índice é abaixo de 50%. Apesar disso, a Casa Branca e seus capachos semicoloniais que integram o “Grupo de Lima”, formado por 14 países das Américas, incluindo o Brasil do golpista Temer, não reconhecem o resultado, em mais uma tentativa de isolar o governo nacionalista-burguês. O comunicado do grupo informa ainda que vão submeter uma resolução sobre a Venezuela à assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA), o ministério das colônias dos EUA. Combatendo a política reacionária do imperialismo e longe de ser um braço da direita como são os revisionistas do Trotskismo (LIT, UIT e o PTS argentino) é preciso pontuar que há um claro desgaste da via eleitoral para manter o chamado “Socialismo do Século XXI” que vem limitando o ascenso de massas e a luta direta pela ampliação das pequenas conquistas sociais, porque teme justamente que os trabalhadores avancem para além de seu programa nacionalista burguês, colocando na ordem do dia a expropriação das transnacionais, a nacionalização da terra e a destruição revolucionária do Estado burguês, o que significaria um choque aberto com as FFAA, pilar de sustentação do regime capitalista, ainda que vendida tragicamente pelos quatro ventos como “fiel à revolução bolivariana”. Apesar do pesado cerco do imperialismo, Maduro venceu as eleições justamente porque reafirmou na campanha e nos atos de seu governo a via de colaboração de classes com um setor da burguesia nacional, a chamada “Boliburguesia”.  Esse ala da classe dominante apesar da crise política e econômica sustenta o Chavismo porque se beneficia diretamente de seu governo. O esgotamento dos investimentos sociais do regime “bolivariano” possui, além das razões óbvias decorrentes queda na receita das exportações do petróleo, fatores internos graves. Além da sabotagem de setores empresariais que fomentam o desabastecimento e consequentemente a espiral inflacionária, temos os “Boliburgueses” que contribuem para a falência do Estado. Os capitalistas “amigos da revolução” são na verdade parasitas das verbas públicas que em nome de transações comerciais autorizadas pelo regime, se locupletam de milhões de dólares hoje escassos na economia venezuelana. Um destes mecanismos dos “Boliburgueses” achacarem o regime Chavista consiste no privilégio de obterem dólares do tesouro a uma cotação muito “especial” (lembrando que o valor do câmbio é controlado pelo governo) em nome de importarem produtos estrangeiros para o mercado nacional. Muitas destas importações subsidiadas pelo caixa central do governo não servem para nada, são produtos sucateados ou vencidos, úteis somente para o lixo, ou melhor dizendo, para engordar os bolsos corruptos da “Boliburguesia”. Com esta parceria comercial inútil, o regime acaba jogando a população no mercado negro de consumo, aí controlado de fato por burgueses “esquálidos” da oposição fascista que busca desestabilizar o governo Maduro. Frente essa realidade é preciso preparar o terreno entre os trabalhadores para construir uma alternativa própria de poder contra as duas alas da classe dominante: a Boliburguesia chavista e a oligarquia golpista. No curso dessa luta, reafirmamos que é preciso derrotar com os métodos de luta da classe operária a direita golpista sem capitular ao “chavismo” e seu projeto nacionalista burguês!  Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo ultrapassar suas limitações históricas de um movimento radicalizado da burguesia nacionalista, combatemos na mesma trincheira antiimperialista porém somos conscientes de sua incapacidade programática de romper seus vínculos materiais com o capitalismo. Devemos acompanhar a própria experiência das massas e da vanguarda classista com o Chavismo, sem a cooptação das benesses estatais do regime e apontando sempre o caminho do enfrentamento revolucionário com a burguesia nativa e subordinada aos interesses do “grande Amo do Norte”. O fundamental é que o proletariado venezuelano possa construir sua própria independência de classe, erguendo no curso da luta política sua genuína bandeira da Revolução Proletária.

sábado, 19 de maio de 2018

CINCO ANOS DA MORTE DO GRANDE MÚSICO RAY MANZAREK: O FUNDADOR DO "THE DOORS", AO LADO DO LENDÁRIO JIM MORRISON  


No dia 20 de maio de 2013 morria um dos maiores arranjadores (maestro) do rock em nível mundial, o idealizador da banda The Doors, Ray Manzarek, responsável pelo “clima mórbido-fluído” extraído de seu teclado Fender Rhodes que enriqueceria as canções de seu parceiro Jim Morrison. Incorporou logo em seguida os músicos Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria). O grupo, como não poderia deixar de ser, reflete todas as contradições imanentes da década de 60, formado a partir de um núcleo de estudantes da escola cinematográfica da Califórnia (UCLA) em 1965. Seus primeiros passos aconteceram no clube The Long Fog, uma pequena sala de shows de onde saíram acordes permeados pelo blues e jazz, onde foram “descobertos” por uma grande gravadora que não demorou muito para incluí-los no mundo da fama. Manzarek era o “cérebro” musical da banda, enquanto Morrison o “coração” poético e de atitudes mais “selvagens”. No entanto, a banda nunca foi totalmente absorvida pelas exigências mercadológicas da época, ao contrário, tal qual a época em que vivia, estava recheada de músicas polêmicas e condutas “impróprias” para a moral da sociedade de consumo, contribuindo para se transformar em um dos maiores ícones da contracultura norte-americana nos anos 60. Produto de uma época de profundas mudanças comportamentais e de costumes, advindas de uma década dominada por conflitos políticos-culturais no intricado cenário internacional. Em pleno desenvolvimento da Guerra Fria, da Revolução Cubana, da entrada dos EUA na Guerra do Vietnã, da Revolução Cultural na China, da saída para as ruas dos negros oprimidos dirigidos por Malcoln-X defendendo a necessidade de se organizarem em comitês de autodefesa para enfrentar a polícia fascista nova-iorquina, o surgimento do movimento hippie e sua filosofia em defesa do “amor livre”, da Guerra dos Seis Dias contra o Egito, Síria e Jordânia por parte do Estado nazi-sionista de Israel e tantos outros eventos que marcaram a luta de classes, moldando toda uma geração pós-guerra, a qual saía às ruas já não mais compactuando com o chamado “sonho americano” de prosperidade, do otimismo ilusório do “american way life”. As camadas médias e baixas que não conseguiam se inserir neste mundo de consumo passam a se revoltar contra os costumes arraigados, revolta que terá expressão nos movimentos culturais e na música, onde o rock’in’roll é a forma de expressar sua contestação. Movimentos estes, contudo, são profundamente limitados, marcados pelos traços do niilismo destrutivo pequeno-burguês (muitos artistas morreram jovens) e por não estar vinculados ao programa estratégico da revolução socialista, acabou se transformando em um pacifismo distante da classe operária e suas reivindicações mais sentidas, apesar da conjuntura bastante favorável às grandes mobilizações de massas. Sem um partido revolucionário que desse consequência política às reivindicações da época, abriu um período de reação onde as drogas foram introduzidas pelos órgãos de inteligência do imperialismo para minar a vontade da juventude e alienar grande parte dos jovens com a produção de psicotrópicos em escala industrial.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

OPERÁRIOS DA MERCEDES-BENZ PRECISAM DE TODA SOLIDARIEDADE POLÍTICA EM APOIO A SUA GREVE: UNIFICAR TODA A CATEGORIA RUMO A GREVE GERAL METALÚRGICA!


Nesta quinta-feira, 17 de Maio, militantes da LBI e da Oposição dos Químicos de São Paulo foram prestar apoio ativo a greve dos operários da Mercedes Benz. Mais de 3000 trabalhadores metalúrgicos aprovaram na assembleia na manhã de hoje a continuidade da paralisação da produção, que entrou em seu quarto dia. Grande parte dos operários defenderam a continuidade da greve. A direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligada a Articulação (PT), tenta um acordo com a patronal e manobra para pôr fim a mesma. A burocracia sindical não mobilizou e nem tem esclarecido os operários das outras montadoras para não ser obrigada a convocar uma greve geral da categoria metalúrgica. O setor de auto-peças já tem sentido os efeitos da greve da Mercedes, seus estoques de carros parados estão elevados e a produção foi diminuída, o que tem gerado uma enorme pressão da direção da multinacional alemã sobre os trabalhadores. Desde a LBI nos solidarizamos com a luta em curso na Mercedes, nossos militantes distribuíram centenas de panfletos, que reproduzimos abaixo, defendendo a radicalização da luta, proposta que teve a ampla simpatia dos operários. Para vencer é necessário ocupar a fábrica e convocar a greve em todo a cadeia produtiva metalúrgica, rompendo com a política de colaboração de classes da Articulação (PT) que deseja apenas negociar pequenas compensações com a direção da empresa!  


TODO APOIO A GREVE DOS COMPANHEIROS DA MERCEDES!

É com muito entusiasmo classista, que recebemos a notícia da greve dos companheiros da Mercedes. Neste momento de ataques brutais da patronal em todas as frentes contra os trabalhadores, a greve dos companheiros significa um alento e animo ao movimento operário combativo. Contra a intransigência da empresa nas negociações salariais, é preciso radicalizar a Greve Por Tempo Indeterminado!  Essa luta dos companheiros tem potencial para despertar os demais trabalhadores nos setores de parte da cadeia produtiva que envolve as montadoras, como por exemplo, o de autopeças, podendo desencadear um forte movimento grevista em toda a categoria fazendo os patrões recuarem. Em momentos como o que estamos vivendo, marcado pela defensiva operária, uma forte greve numa categoria de ponta da classe trabalhadora, abre possibilidades reais para que o conjunto da classe entre em ação como protagonistas; assim tem sido a história da luta de classes no capitalismo. É preciso lutar e é possível vencer!  Para garantir a vitória, é necessário a participação ativa, combativa e forte pressão da base do conjunto dos trabalhadores de forma intransigente. Radicalizar a luta com os métodos de nossa classe; solidificar a mais estreita união e organização entre a base, para o combate operário e não confiar um minuto sequer nas promessas patronais devem ser o norte da resistência dos companheiros até a vitória. Toda solidariedade a luta dos companheiros da Mercedes!

OPOSIÇÃO DOS QUÍMICOS DE SP
TENDÊNCIA REVOLUCIONÁRIA SINDICAL
LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA - LBI

terça-feira, 15 de maio de 2018

HÁ TRÊS ANOS ATRÁS, DILMA APROVAVA SUA "REFORMA" NEOLIBERAL DA PREVIDÊNCIA: RETIRANDO DIREITOS SOCIAIS DOS TRABALHADORES O GOVERNO DO PT PREPAROU SUA PRÓPRIA SEPULTURA POLÍTICA!


APROVADA MP 664 QUE RESTRINGE PENSÕES E BENEFÍCIOS DO INSS: PT E PC DO B SEGUEM FIRME NO AJUSTE NEOLIBERAL COM O APOIO DA DIREITA E DA REDE GLOBO NO ATAQUE AOS TRABALHADORES!
(ARTIGO DO BLOG DA LBI PUBLICADO EM 14/05/2015)

Festa anti-povo na Câmara dos Deputados, com direito aos “sorrisos das hienas” do líder do governo Dilma, José Guimarães (PT-CE) e do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com uma margem bastante folgada de quase 100 votos, o parlamento aprovou nesta quarta-feira (13), com 277 a favor, 178 contra e uma abstenção, o texto principal da medida provisória 664, que restringe o acesso ao pagamento da pensão por morte e ao auxílio-doença. O grosso dos deputados da “base aliada” do governo Dilma com o apoio de setores de direita como o DEM, aprovaram o texto do relator da MP, Carlos Zarattini (PT-SP) que manteve os ataques aos benefícios do INSS, com pequenas alterações cosméticas. O empenho do PT e PCdoB na imposição de cortes aos benefícios sociais dos trabalhadores foi reforçado não somente com os votos da direita no plenário mas por um Editorial de O Globo na própria manhã da votação no plenário da Câmara dos Deputados, tendo o simbólico título “Desemprego não justifica recuos em ajuste”. Nele a famiglia Marinho conclamou Dilma a não recuar do ajuste neoliberal e exortou os parlamentares a darem seu apoio as medidas: “Não faltará quem dê à presidente o mau conselho de recuar. São os mesmos que sussurram a Dilma para afrouxar o compulsório bancário, a fim de ajudar a construção civil. Seria trágico se, por remorso ideológico, Dilma retrocedesse: a parcela de confiança já recuperada junto aos agentes econômicos se esfumaçaria, em meio a uma disparada do dólar, sensível termômetro da credibilidade do governo junto a investidores e a sociedade como um todo. Logo, haveria outro choque na inflação. Portanto, mais elevação dos juros e, em decorrência, aprofundamento da recessão. Ao contrário, quanto mais rapidamente o reequilíbrio nas contas públicas for alcançado, mais cedo surgirão os sinais da retomada nos investimentos, a perda de fôlego da inflação, reativação do consumo, crescimento. Este processo é conhecido. Mas significará um mergulho no escuro não ser firme neste momento”. Como se observa, a burguesia está unida no apoio ao governo Dilma para que a “gerentona” petista leva a frente integralmente o ajuste neoliberal, inclusive alertando que ela não retroceda pela pressão dos trabalhadores e pela crise social (desemprego) que as medidas draconianas estão gerando! Longe do “golpe da direita” (ainda alardeado por idiotas a soldo da frente popular no interior da “esquerda”) assistimos nos últimos dias a mais um capítulo do duro golpe do PT contra os direitos e conquistas dos trabalhadores, tendo apoio de setores da reação burguesa como o DEM e das Organizações Globo!

segunda-feira, 14 de maio de 2018

CONFRONTOS ENTRE PALESTINOS E FORÇAS MILITARES SIONISTAS DEIXAM UM SALDO DE QUATRO DEZENAS DE MORTOS E 500 FERIDOS: DESTRUIR O ENCLAVE TERRORISTA DE ISRAEL, COM A MOBILIZAÇÃO DO POVO PALESTINO E A SOLIDARIEDADE ATIVA DA SÍRIA, IRÃ E LÍBANO, PAÍSES TAMBÉM ATACADOS PELOS COVARDES GENOCIDAS DE TEL AVIV!


O presidente dos EUA, Donald Trump, celebrou nesta segunda-feira, 14 de Maio, a mudança da embaixada do país para Jerusalém e disse que ela marca “um grande dia para Israel”. Milhares de palestinos se reuniram em diversos pontos próximos à fronteira e se aproximaram da cerca de segurança do enclave sionista vigiada por soldados israelenses. Os palestinos lançaram pedras na direção dos soldados da Ocupação, que responderam com tiros, deixando um saldo de mais de 40 palestinos mortos. Hoje a Ocupação Sinionsta completa 70 anos. A mudança da Embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém foi aprovada em 1995 pelo Congresso ianque. Em sua campanha eleitoral, Trump prometeu levar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Há 70 anos a resolução 181 da ONU criou o encalve sionista em terras palestinas situava provisoriamente a cidade sob administração internacional. Mas logo a parte ocidental foi ocupada por Israel, e depois da Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, também o lado oriental tudo com o aval do imperialismo ianque. A recém-fundada Organizações das Nações Unidas, substituta da antiga Liga da Nações, através da iniciativa dos Estados Unidos, e com o apoio entusiástico da URSS, decreta em 1947 a divisão definitiva da Palestina entre um Estado judeu e outro árabe palestino. O stalinismo, após os acordos de Yalta, deixará o Oriente como uma área de influência do imperialismo ianque, além da consideração do sionismo, em sua versão trabalhista como um aliado político, com o qual desenvolverá uma frente popular em Israel. O velho Partido Comunista palestino logo mudará seu nome para israelense por considerar as massas árabes e palestinas como atrasadas e feudais. Antes mesmo da oficialização do Estado de Israel, as tropas do Irgun retomam os massacres aos palestinos, como a chacina da aldeia de “Deir Yassin”. Era o prenúncio do terrorismo sionista que irá assolar o povo palestino até hoje. Desde então os sionistas têm incrementado o número de ameaças em locais religiosos não-judaicos e intensificado o plano de “judaização” da Jerusalém Oriental, aumentando a construção de colonatos e expulsando os palestinos de suas casas, que são muitas vezes demolidas. O chacal sionista, Benjamin Netanyahu, disse que o reconhecimento marca “um dia histórico e um importante passo para a paz”, obviamente referia-se a paz dos cemitérios, fruto da ofensiva militar que a ocupação vem desencadeando contra o povo palestino com a decisão de Trump. O fim dos constantes massacres do povo palestino, assim como a realização da sua justa aspiração nacional para a constituição de uma verdadeira pátria, não passa, como já dissemos, pelos reacionários “acordos de paz” e a criação de um protetorado palestino sob as botas do Estado terrorista de Israel. Para os Marxistas Revolucionários, a caracterização de Israel como um enclave do imperialismo estabelecido contra a luta das massas árabes do Oriente Médio é fundamental para defendermos a sua destruição, como parte de um programa revolucionário para os trabalhadores palestinos. A essência de todos os conflitos militares travados na região reside na própria arena da luta de classes internacional, sendo a existência de Israel, um enclave militar artificialmente implantado no coração do Oriente, fundamental na repressão dos interesses do imperialismo mundial em uma região estratégica, pelas reservas petrolíferas, para o funcionamento da economia capitalista no planeta. É uma tarefa do conjunto do proletariado de todo mundo, inclusive o judeu, a destruição deste gerdame imperialista, no sentido de impulsionar enormemente a luta dos povos contra a exploração capitalista. As ilusões que poderiam ser despertadas com a farsa dos acordos de paz, sobre os setores da população mais castigados e céticos por longos anos de sofrimento, se desfizeram antes mesmo de alcançarem alguma envergadura. A humilhação permanente dos sionistas sobre a malfadada “Autoridade Nacional Palestina” tem contribuído em muito para isso. A tensão revolucionária que permeia a Palestina ocupada não conseguiu ser quebrada nem pela violenta reação militar, tampouco pelo pacto OLP-sionismo. Está aberta toda uma etapa, marcada pela resistência e grandes lutas que rapidamente porão abaixo o acordo traidor, colocando como centro a conquista de um verdadeiro Estado nacional. A única alternativa que poderá dar uma resolução cabal à legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como livrar as massas e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos ao longo de vários séculos, é a defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e judeus. A expropriação do grande capital sionista, alimentado em décadas pelo imperialismo ianque, impossível de ser conquistada sem a destruição do Estado de Israel, garantirá a reconstrução da Palestina sob novas bases, trazendo para seu povo o progresso e a paz tão almejada durante 70 anos de guerra de rapinagem imperialista na região.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

LANÇAMENTO DA EDITORA NOVA ANTÍDOTO E “PUBLICAÇÕES LBI”: 
UM LIVRO PARA A NOVA GERAÇÃO RESGATAR O “VELHO” MARX DAS GROSSEIRAS FALSIFICAÇÕES REVISIONISTAS ACERCA DO “GRUNDRISSE”


ÍNDICE

PREFÁCIO
HÁ 200 ANOS NASCIA KARL MARX: UMA VIDA DEDICADA A ELABORAR O PROGRAMA COMUNISTA DO PROLETARIADO MUNDIAL

CAPÍTULO 1 
A GÊNESE DA ELABORAÇÃO DE MARX

CAPÍTULO 2
O MANIFESTO COMUNISTA COM ENGELS

CAPÍTULO 3
DESAFIOS PRÁTICOS E TEÓRICOS DA FORMULAÇÃO DO PROGRAMA ECONÔMICO

CAPÍTULO 4
O REAL SIGNIFICADO DOS “GRUNDRISSE”

CAPÍTULO 5
EM DEFESA DA PRÁXIS REVOLUCIONÁRIA

POSFÁCIO
“O CAPITAL” COMPLETA 150 ANOS: VIDA LONGA A TEORIA REVOLUCIONÁRIA DO MARXISMO LENINISMO!

APÊNDICE
DISCURSO DIANTE DO TÚMULO DE KARL MARX
Frederich Engels (17 de Março de 1883)

quinta-feira, 10 de maio de 2018

HÁ QUATRO ANOS ATRÁS TEVE INÍCIO A CAMPANHA POLÍTICA CONTRA A “COPA DA ELITE RACISTA”: AGORA NA RÚSSIA ESSA ELITE VAI TORCER PELOS “GAROTOS DO GOLPE” DA CBF E DO MONOPÓLIO DA COMUNICAÇÃO GLOBAL


Estamos às vésperas do Copa do Mundo na Rússia. Há quatro anos atrás, em meados de 2014, o mundial de futebol da mafiosa FIFA ocorreu no Brasil, país então sobre a gerência de um governo petista. Na ocasião a LBI desenvolveu junto com outras organizações políticas uma vigorosa campanha de denúncia contra a “Copa da Elite racista”, um megaevento capitalista que sangrou os recursos do tesouro nacional em benefício das grandes empreiteiras e das multinacionais do entretenimento, com o apoio da Frente Popular. Hoje, essa mesma elite burguesa reacionária vai para a Rússia torcer pelos “garotos do Golpe” da CBF, atletas da seleção brasileira, como o mercenário Neymar, que em sua esmagadora maioria apoiaram o impeachment da então presidente Dilma Rousseff em 2016. Por trás da operação política e midiática de apoio tanto ao Golpe Parlamentar como de patrocínio da Copa do Mundo encontra-se a Rede Globo da Família Marinho, um verdadeiro monopólio de comunicação que manipula e aliena o povo brasileiro, lucrando bilhões com as negociatas que envolve o esporte de maior paixão nacional. A Rússia de Putin, que é alvo de sanções do imperialismo ianque, bancou o evento milionário da FIFA como mais um esforço absurdo do governo nacionalista burguês de manter relações amistosas e de coexistência com o imperialismo Europeu, que mantém relações econômicas privilegiadas com a Rússia principalmente no ramo de gás e petróleo, como é o caso da Alemanha. Para os trabalhadores russos e do de todo o mundo, esse evento capitalista, assim como foi no Brasil, não representa a verdadeira paixão pelo futebol como esporte admirado pelas massas exploradas, ao contrário, é um show restrito e excludente, para ser apreciado ao vivo unicamente pela classe dominante e a pequena burguesia abastada que paga ingressos caríssimos e hotéis de luxo. A Copa do Mundo da FIFA na Rússia merece nosso repúdio e protesto em todo o planeta, como fizemos em 2014 no Brasil. Passada a Copa, que foi amplamente sabotada pela Casa Branca por interesses que não são os nossos (não estando descarta algum atentado durante o próprio evento orquestrado secretamente pela CIA e operado por “rebeldes” chechenos ou muçulmanos patrocinado pelos EUA-Israel), Trump, pressionado pelos falcões do Pentágono, deve incrementar sua ofensiva contra as “Repúblicas Populares” que romperam com a Ucrânia através de sua marionete fascista instalada em Kiev e ao mesmo tempo retomar as incursões militares contra a Síria de Assad. Como no Brasil sendo o “start” do ocaso do governo de Frente Popular do PT, o espetáculo da Copa do Mundo de 2018 parece ser a anta-sala de um período de recrudescimento da ofensiva imperial contra os povos e as nações que não estão alinhados diretamente aos interesses do complexo industrial-militar ianque do qual o patético Trump é agora completamente refém. Por essa razão devemos reforçar a campanha internacional contra o megaevento da mafiosa e corrupta FIFA!

quarta-feira, 9 de maio de 2018

73 ANOS DA VITÓRIA DO EXÉRCITO VERMELHO SOBRE O NAZISMO: MANTER FIRME A BANDEIRA DO COMUNISMO CONTRA A REAÇÃO FASCISTA ATUAL


Neste dia 9 de maio completam-se os 73 anos da tomada de Berlim pelas tropas soviéticas, data que entrou para a história simbolizada com a bandeira da URSS sendo erguida no alto do Reichstag depois da vitória do Exército Vermelho na épica “Batalha de Berlim”. Era o ano de 1945 e se aproximava o fim a Segunda Guerra Mundial em um contexto de rendição incondicional da Alemanha nazista. Em quase seis anos de conflito, mais de 50 milhões de vidas foram exterminadas como consequência direta das sangrentas batalhas, dos bárbaros assassinatos nos campos de concentração nazistas e dos hediondos massacres contra a população civil, como as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasaki. As comemorações dos 73 anos da derrota do nazismo hoje, celebrada particularmente com um grande desfile militar na Rússia do restaurocionista Putin com forte simbologia comunista (tanques com estrelas vermelhas e bandeiras com a foice e martelo), são crivadas pelo retorno do fascismo na Ucrânia patrocinado pelo “democrático” imperialismo ianque e a resistência das repúblicas populares no Leste ucraniano. Apesar dos “historiadores” a soldo do capital buscarem falsificar a história, a derrota do nazismo foi efetivamente uma vitória militar do Exército Vermelho fundado por Trotsky. A campanha militar de Hitler não havia sofrido um só revés até dezembro de 1941, quando fracassou a tentativa de conquistar Moscou. Porém, a batalha decisiva da Segunda Guerra só ocorreu no ano seguinte, na famosa Stalingrado. Em agosto os alemães fizeram a primeira investida contra a cidade com pesados bombardeios. Mas os combates que determinaram a derrota nazista ocorreram a partir de novembro. Em 30 de janeiro de 1943, no décimo aniversário de sua ascensão ao poder, Hitler, fazendo um solene pronunciamento pelo rádio, declarou: “Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória da Alemanha foi ali decidida”. Três dias depois o marechal Von Paulus assinava a rendição do 6º Exército alemão diante do General Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado. A vitória soviética, como era de se esperar fortaleceu enormemente o stalinismo como principal direção política para o proletariado mundial, reduzindo a influência da IV Internacional a um pequeno círculo de propaganda. A orientação do Kremlin, em nome dos acordos com as potências imperialistas celebrados em Yalta e Potsdam, conduziu a derrota de vários processos revolucionários ocorridos no pós-guerra. Na Itália e na França, os PCs, que haviam alcançado um enorme prestígio na organização da resistência partisans, foram orientados a conformar governos de unidade nacional com os partidos burgueses. Na Grécia, a traição do stalinismo, permitiu a derrota da insurreição operária em Atenas, sufocada pelos pesados bombardeios da aviação britânica. Porém, na Iugoslávia e na China, onde as orientações de Stálin não foram seguidas, a luta de libertação nacional resultou na expropriação da burguesia, independente da presença militar do Exército Vermelho. Apesar das traições stalinistas, a onda revolucionária que se abriu no pós-guerra era uma evidência de que a heroica resistência do Estado operário soviético, ainda que burocratizado, foi um colossal estímulo para a luta de classes do proletariado mundial. Nos dias atuais, é fundamental resgatar o legado da vitória da resistência soviética sobre o nazismo, ainda que sob o comando de Stálin, para combater a atual ofensiva imperialista, postando-se no campo político e militar das “repúblicas populares” do Leste da Ucrânia para derrotar o governo nazifascista imposta em Kiev (como fizeram os trabalhadores do país na Segunda Guerra Mundial) a fim de avançar para a construção de um nova União das Repúblicas Socialistas Soviéticas!

terça-feira, 8 de maio de 2018

TRUMP, MARIONETE DOS FALCÕES DO PENTÁGONO, ROMPE ACORDO NUCLEAR COM O IRÃ: IMPERIALISMO IANQUE PREPARA NOVA ESCALADA BÉLICA PLANETÁRIA


Trump acaba de anunciar o rompimento unilateral do acordo nuclear com o Irã. Trata-se de uma medida tomada como produto direto da decisão de seu novo gabinete governamental formando pelos falcões do Mike Pompeu do Departamento de Estado, John R. Bolton da NSA e Gina Haspel na CIA, representantes do complexo industrial-militar que agia em chantagem aberta sobre o patético presidente ianque. Lembremos que Trump é a farsa republicana que tomou o lugar do Tea Party na eleição que derrotou a senhora da guerra “madame Clinton”. Sua permanência na Casa Branca é frágil por mais que tente agradar os Falcões do Pentágono rosnando contra a Síria e agora o Irã. No discurso que anunciou tal decisão, Trump declarou que “O Irã é o principal Estado patrocinador do terrorismo”. Fica evidente que o imperialismo ianque se prepara para uma etapa de aberta ofensiva bélica mundial que tem como alvo inicialmente a Síria e o Irã e estrategicamente a Rússia (começando pelo fustigamento das repúblicas populares que romperam com a Ucrânia) e a China. Em 2015, quando a dupla Obama-Kerry anunciou o acordo nuclear com o Irã, a LBI analisou o acontecimento como um “recuo do imperialismo ianque para desarmar o regime do Aitatolás”. Naqueles dias pontuamos que “Com o ‘acordo’ com o Irã, que retardará por vários anos o programa nuclear persa, os EUA podem ganhar tempo para conseguir se fortalecer para uma saída militar futura”. Esse momento parece ter seu início agora também por pressão direta de Israel. Não por acaso, antes do anúncio da Casa Branca, o carniceiro Netanyahu fez publicamente supostas “revelações” sobe o “desrespeito” iraniano do “Acordo Nuclear” de 2015. Esse cenário se insere no patrocínio de golpes parlamentares em continentes como a América Latina e África ou de intervenções militares diretas no Oriente Médio. Não esqueçamos que a histeria social anti-Putin no interior dos EUA, contra a própria vontade de Trump, é apenas uma cortina de fumaça para deixar os falcões do imperialismo ianque de “mãos livres” (sem competidor bélico global) em sua escalada de ataques a povos e nações oprimidas. O império financeiro que derrotou a URSS não busca simplesmente a figura de um “showman” de extrema direita, necessita de uma liderança reacionária sólida com capacidade de refundar o regime político dos EUA. A ofensiva neoliberal imperialista contra os povos e nações do planeta passará em breve por cima de Trump como um trator desgovernado, deixando o terreno ianque preparado para um governo fascista que tenha pleno apoio político dos dois braços fundamentais da burguesia: a casta dominante financeira e os industriais da guerra. O rompimento do acordo nuclear com o Irã era uma condição básica para avanço dessa perspectiva funesta. Não esqueçamos que o objetivo central do Pentágono continua a ser desestabilizar a Síria para neutralizar o regime da oligarquia Assad, debilitar o Hezbollah e seguir sem maiores obstáculos em seu plano de atacar Irã. Tanto antes com Obama como agora com Trump sempre declaramos que os revolucionários não são partidários do Regime dos Aitolás no Irã, embora reconheçamos os avanços anti-imperialistas conquistados pelas massas em 1979. Sempre alertamos que a burguesia iraniana, diante de seu isolamento internacional e das sanções impostas pela ONU, estava buscando um acordo estratégico com o imperialismo ianque e europeu. Agora essa etapa se rompe. O imperialismo ianque e Israel exigem a rendição completa do Irã, perspectiva que sofre grande resistência interna, particularmente pelas massas iranianas que viram a barbárie imposta à Líbia e a destruição em curso na Síria. Frente a esta situação, defendemos integralmente o direito deste país oprimido a possuir todo arsenal militar atômico ao seu alcance. É absolutamente sórdido e cretino que o imperialismo ianque e seus satélites pretendam proibir o acesso à tecnologia atômica aos países que não se alinham com a Casa Branca, quando esta arma “até os dentes” Estados gendarmes como Israel com farta munição atômica. Como Marxistas Revolucionários não dissimulamos em um só momento o caráter burguês e obscurantista do regime nacionalista do Irã. Mas estes fatos em nada mudam a posição comunista diante de uma possível agressão imperialista contra uma nação oprimida. Não nos omitiremos de estabelecer uma unidade de ação com o Regime dos Aiatolás, diante de uma agressão imperialista. Por esta mesma razão, chamamos o proletariado persa a construir uma alternativa revolucionária dos trabalhadores que possa combater consequentemente o imperialismo e derrotar todas as alas do regime, denunciando desde já o papel servil do governo Rohani. É bom lembrar que os Marxistas já estabeleceram uma frente única com os aiatolás na derrubada do Xá Reza Pahlevi e seu regime pró-imperialista, apesar de conhecermos o caráter de classe da direção religiosa muçulmana. A perspectiva de agressão, mesmo com todas as concessões feitas pelo regime dos Aiatolás e o governo Rohani, embutem uma vingança contra a humilhação sofrida pelos EUA na desastrosa tentativa de intervenção militar no Irã, ainda sob o governo democrata de Jimmy Carter. Não temos nenhuma dúvida que o império pretende somar para suas empresas transnacionais as reservas de petróleo do Irã às da Líbia e do Iraque para, desta forma, deter a hegemonia absoluta do controle energético do planeta. Somente idiotas úteis à Casa Branca podem ignorar estes fatos e declarar “solidariedade” às ações militares da OTAN contra os “bárbaros ditadores” que se recusam a aceitar a “democracia made in USA”. Os marxistas revolucionários defendem integralmente o direito do Irã a possuir todo arsenal militar atômico ao seu alcance para se defender do imperialismo e do sionismo. Porém, compreendem que a tarefa de defender o Irã inclusive contra sua burguesia nativa está, antes de tudo, nas mãos do proletariado mundial e das massas árabes. Somente elas podem lutar consequentemente pela derrota do imperialismo em todo o Oriente Médio, abrindo caminho para sepultar a exploração capitalista interna que condena a miséria os explorados da região.