ESVAZIADO ATO DE PRIMEIRO DE MAIO NA PRAÇA DA SÉ (SP) E
FESTA ELEITORAL DO "LULA LIVRE" NA REPÚBLICA: A AUSÊNCIA DA
MILITÂNCIA NESTA IMPORTANTE ATIVIDADE É PRODUTO DIRETO DA POLÍTICA DE
COLABORAÇÃO DE CLASSES DO REFORMISMO PETISTA E DO PSOL
A LBI participou o ato de 1º de Maio na Praça da Sé. Foi o
mais esvaziado dos últimos anos, em função da política de colaboração de
classes da Frente Popular e da orientação direitista do PSTU, que sequer compareceu
a atividade, tamanha sua desmoralização política. Por sua vez, o PSOL e a
Intersindical jogaram peso na festa da CUT na Praça da República, ficando completamente
a reboque da linha do PT e de seu eleitoralista “Lula Livre”, carente que
qualquer medida concreta de luta direta. A LBI colocou sua banca de publicações
e distribui centenas de panfletos e jornais Luta Operária. Estavam presentes a
TPOR e o PCB.
A militância da Juventude Bolchevique também chegou cedo na
Praça da Sé, fazendo honrar a máxima de Trostky de que “a IV Internacional
caminha com sapatos de criança, sua força não está no tamanho e sim no programa
revolucionário”. São jovens revolucionários que no último período enfrentaram os
governos Tucanos de Alckmin e Dória, seus ataques a educação e os direitos dos
trabalhadores.
Por sua vez, uma delegação de militantes da LBI, que
participava do ato de Primeiro de Maio na região central da capital,
deslocou-se até o Largo do Paissandu para prestar solidariedade com as famílias
desalojadas pela prefeitura tucana devido ao incêndio criminoso que levou ao
chão a moradia dos sem-teto. A palavra de ordem é permanecer no local, acampados,
até que o Estado burguês atenda todas as reivindicações sociais, que somente
serão conquistadas com luta e a solidariedade incondicional de todo o movimento
de massas! A enorme tragédia anunciada não atingiu somente as famílias que
ocupavam o antigo prédio da PF, que desabou depois do criminoso incêndio. A
prefeitura da capital paulista, com total apoio de órgãos estatais, aproveitou
a grave situação para promover o despejo de pelo menos cinco prédios, também
ocupados por famílias carentes, no entorno do Largo do Paissandu. A revolta da
população com a calamidade criada pela especulação imobiliária urbana, quase
provoca o linchamento do golpista Temer que pretendia fazer demagogia com a
tragédia das famílias atingidas, "visitando" a região no feriado de
1º de Maio.
Durante o período da tarde, a militância da LBI se dirigiu a Praça da República
para distribuir a declaração do 1º de Maio, intitulada “Brasil, Venezuela e Síria:
derrotar a ofensiva reacionária e neoliberal do imperialismo! Não a política de
conciliação de classes do reformismo e da socialdemocracia! Construir o Partido
da Revolução Mundial!" A banca de Publicações da LBI recebeu a visita de uma
delegação de militantes em defesa da Causa Palestina. Como Marxistas Revolucionários
lutamos para que o proletariado mundial atue com seus métodos e com total
independência política em frente única com esses governos nacionalistas,
reformistas ou frente populistas para derrotar as investidas do imperialismo.
Na mesma trincheira das forças operárias, democráticas e populares que apoiam
essas direções burguesas contra o inimigo maior dos povos, como nos ensinou
Lênin, forjamos as condições pela construção entre as massas de uma genuína
direção comunista, operária e revolucionária, o Partido da Revolução Mundial, a
IV Internacional. Como Trotskystas e Internacionalistas sabemos combater a
Frente Popular sem nos tornarmos um braço auxiliar do fascismo ou da direita.
Nosso chefe revolucionário, Leon Trotsky, combateu o Stalinismo e o
Nacionalismo burguês sem capitular a reação burguesa, tanto na URSS como no
México, nos seus últimos dias de vida, legou-nos essa lição fundamental que
mantemos vivas nesse 1º de Maio, dia internacional de luta dos trabalhadores!
Desgraçadamente, muitas das correntes que se reivindicam Trotskystas viram as
constas para os ensinamentos de nosso mestre Bolchevique. Estamos nos referindo
diretamente ao PSTU, MAIS e MRT. Estes agrupamentos se proclamam formalmente
pela construção de uma alternativa revolucionária contra a Frente Popular, o
reformismo ou nacionalismo burguês mas tem uma conduta errática, adotando no
Brasil, Venezuela e Síria posições conflitivas ou mesmo opostas. Essa completa
desorientação política fez com que esses grupos sequer intervissem no 1º de
Maio desse ano em São Paulo. Enquanto os dirigentes do MAIS foram para Curitiba
avalizar o eleitoreiro “Lula Livre”, PSTU e MRT, ambos em crise profunda, sequer tiveram força para intervir no Dia Internacional de Luta dos
trabalhadores!