sexta-feira, 10 de março de 2017

PSOL SIMULA CANDIDATURA PRESIDENCIAL DE CHICO ALENCAR EM REGABOFE COM TEMER, AÉCIO, JUCÁ, GILMAR MENDES E TODA A GANG GOLPISTA! SUA TAREFA: TIRAR VOTOS DE LULA E ABRIR CAMINHO PARA A DIREITA NA DISPUTA ELEITORAL DE 2018


Um dos maiores vestais do PSOL, o deputado “santo” Chico Alencar, foi ao regabofe do escriba das Organizações Globo, Ricardo Noblat, seu “amigo de anos”. O deputado carioca é um dos “colunistas” do blog desse ardoroso defensor do impeachment de Dilma (PT), que vomita diariamente bajulações a Temer, defende as reformas neoliberais e ataca duramente os movimentos sociais nas páginas do pastelão da “Famiglia Marinho”. Os convivas refestelaram-se em um restaurante de luxo (Piantella) de Brasília, em tese comemorando os 50 anos de serviços prestados a elite dominante por esse canalha travestido de jornalista. Na verdade congratulavam-se pelo avanço dos ataques neoliberais covardes que a burguesia vem deferindo contra o povo trabalhador desde que Temer assumiu a presidência via o Golpe Institucional, com o apoio do parlamento burguês. Entrosado com a turma, o “puro” Chico Alencar beijou a mão de Aécio Neves, elogiou rasgadamente Temer e circulou lépido entre a “nata” dos políticos burgueses que orquestraram o afastamento do PT do Planalto, gente do quilate de Jucá, Serra, Cristóvão Buarque, Miro Teixeira, Raul Julgmann... além do togado mafioso Gilmar Mendes. Quando o fato veio à tona, muitos perguntaram o que Chico Alencar, um “homem de esquerda”, estava fazendo ali em meio a “suruba” neoliberal. A pergunta está totalmente incorreta, mais importante seria saber o que ele foi fazer no regabofe de Noblat, um entrosado membro da mídia venal do PIG com estreitos vínculos com a burguesia e em particular com a gang palaciana do PMDB. O deputado do PSOL, que não é bobo e apenas posa de ingênuo, sabia perfeitamente que sua presença em tal ambiente insólito ganharia grandes holofotes na mídia. Chico foi “formalizar” junto aos figurões da burguesia e aos representantes dos demais partidos da ordem, todos presentes no jantar (a exceção aparente do PT), que estava lançando ali extraoficialmente sua candidatura presidencial pelo PSOL, buscava abrir caminhos e estreitar laços na qualidade do representante do mais importante partido de esquerda no Brasil, depois do desgastado e tripudiado PT, tão achincalhado pelos presentes do refinado banquete. Tanto que Aécio Neves, canalha bajulado servilmente por Chico, percebendo a oportunidade ímpar lançou a proposta de um “grande pacto pela política e contra o salvador da pátria”, em um claro chamado ao PSOL para ajudar o PSDB a derrotar uma candidatura Bonapartista que venha do judiciário, tipo Moro ou Carmen Lúcia: “Haverá espaço para uma saída política? Ou vamos considerar que todo mundo é bandido e abrir espaço para um aventureiro salvador da pátria? A solução é na política. Tudo que foi construído para salvar a política vamos deixar que se perca numa briga insana? Botando todo mundo junto no mesmo barco?”, alertou Aécio. No que respondeu Chico “Sem sentar e conversar não tem solução. Enquanto isso, a população está achando que somos o cocô do cavalo do bandido. Temos que fazer um novo pacto nacional”. Nesse “pacto nacional” a grande função reservada pelos estrategistas das Organizações Globo ao PSOL na disputa presidencial em 2018 é outra: tirar votos de Lula (PT) para facilitar a ascensão de um candidato da direita, preferencialmente um NeoBonarpartista “salvador da pátria”, como teme Aécio. Tanto que Chico Alencar, em “angelical arrependimento”, usou o farto espaço que lhe deu o jornal O Globo (com direito a vídeo) para se defender das críticas por ter participado do valhacouto golpista, “nego qualquer participação minha e do PSOL em qualquer tipo de pacto para salvar os políticos envolvidos na Lava-Jato. O PSOL quer uma Lava-Jato sem seletividade”. Diferente de 2002 e 2006, Lula não contará com o apoio dos setores mais importantes do capital em sua tentativa de voltar ao Planalto. Quando a burguesia e o imperialismo resolveram rifar Dilma do governo central desejavam impor um programa mais duro de ajuste neoliberal, tarefa que a gerentona do PT não estava conseguindo aplicar. Temer é apenas um frágil arremedo dentro desse plano estratégico. Nas próximas eleições presidenciais a classe dominante deseja empossar (legitimado pelo voto) um candidato com mão dura para levar a fundo as reformas neoliberais e as privatizações, não cabendo mais na atual conjuntura de crise econômica aguda um nome do PT para essa tarefa, ainda mais quando a base política e social da Frente Popular exige um “giro à esquerda” de Lula. O grande capital já fechou questão: não há margem para demagogias sociais e pacto de colaboração de classes como ainda sonha o PT com seu “Lula 2018” na Presidência da República. Se Lula e Dilma foram eleitos e gerenciaram os negócios da burguesia por 13 anos como produto de um acordo com a classe dominante, esta resolveu trocar de gerente, cabendo a Lula agora apenas o papel coadjuvante de ser derrotado nas urnas, legitimando a disputa. Por essa razão a política da Frente Popular de paralisia do movimento de massas para esperar o circo eleitoral e deixar aprovar o ajuste no parlamento é tão criminosa. Nesse cenário, entra Chico Alencar e seu PSOL, que na qualidade de novo “queridinho” da burguesia (com o foi Heloísa Helena em 2006) irá tirar votos da Frente Popular, apresentando-se como a “nova esquerda”, ética, não corrupta e responsável, como foi a candidatura de Marcelo Freixo a prefeitura do Rio de Janeiro, que recebeu o apoio da Globo e Veja no segundo turno. Atacando Lula, inflando o PSOL e apostando de fato suas fichas em um “salvador da pátria” bonapartista, a grande mídia e o PIG comandado pela “Famiglia Marinho” irá garantir uma disputa legítima no circo eleitoral da democracia burguesa, ao final entronando um homem forte (ou mulher), com mão dura, para levar a frente o ajuste neoliberal que Dilma e Temer apenas iniciaram. Vale ressaltar que o MAIS (de malas prontas para ingressar no PSOL) e as demais correntes de “esquerda” deste partido, além de ficarem calados diante da escandalosa presença de Chico Alencar no convescote golpista, vão avalizar essa operação vergonhosa em nome de construir uma “Frente de Esquerda”, um suposto “terceiro campo” que não passa de um braço auxiliar da burguesia, patrocinando uma “nova esquerda” socialdemocrata que aos poucos vá ocupando o lugar do debilitado PT. Os Marxistas Revolucionários que não patrocinam nenhuma ilusão no circo eleitoral da democracia burguesa e chamam o combate ao governo golpista de Temer e suas reformas nas ruas, como os métodos de luta da classe operária (Greve Geral), alertam que tanto o PT como o PSOL estão completamente integrados ao regime da democracia dos ricos. Se a burguesia hoje descarta o PT e infla o PSOL é justamente porque sabe que ambos partidos não passam de peças úteis e ao mesmo tempo descartáveis do jogo político burguês, fundamentais para minar o avanço da consciência de classe dos trabalhadores para romper com esse regime corrupto e construir uma alternativa de poder de novo tipo, proletário e comunista, que sepulte todas as variantes burguesas postas à mesa no regabofe da classe dominante!