15M - PARALISAR AS CATEGORIAS EM LUTA RUMO À GREVE GERAL
CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA: NENHUMA ILUSÃO NA FALSA UNIDADE CELEBRADA PELA
BUROCRACIA SINDICAL LIMITADA A PRESSIONAR O PARLAMENTO! SUPERAR A POLÍTICA EM DEFESA DO “FORA TEMER”
PARA CATAPULTAR LULA E O PSOL NAS ELEIÇÕES DE 2018!
Muito se tem falado sobre a mobilização desse 15 de Março
(15M) ser o primeiro passa para a construção da Greve Geral. Afora a
paralisação nacional dos professores marcada já desde o começo do ano, o que se
viu foi as centrais sindicais não jogarem muito peso para impedir o
funcionamento das grandes fábricas, dos bancos e dos transportes. Ao que
parece o “Dia nacional de Paralisação e
Mobilização” será marcado por atos de vanguarda em todo o país, sem organização
nas bases, na medida que a maioria dos sindicatos não convocaram assembleias
das suas categorias para organizar de fato a paralisação. Afora esse elemento,
o mais importante é constatar que a ampla unidade construída em torno do 15M, que vai desde o PT até o PSTU, passando pela CUT, Conlutas, Força
Sindical, UGT e Nova Central não é uma unidade para derrotar a reforma da
previdência nas ruas e muito menos para colocar abaixo o governo golpista de
Temer, mas sim uma frente político-sindical para pressionar o parlamento burguês
a fazer modificações no projeto original enviado pelo Planalto ao Congresso
Nacional. Essa falsa “unidade” por cima, celebrada pela Frente Brasil Popular,
a Frente Povo Sem Medo e burocracia sindical amarela se choca com a ausência de
organização nas bases das categorias e encobre com a verdadeira divisão
política que existe sobre a Reforma da Previdência, na medida em que PT e PCdoB
são favoráveis a alguns pontos da reforma, tanto que os governos Lula e Dilma
promoveram ataques neoliberais nesta mesma direção, não esquecer a reforma de
2003 (taxação dos inativos, aumento da idade mínima e do tempo de contribuição)
e o ajuste promovido por Joaquim Levy de 2015, com corte de benefícios do INSS
e redução de pensões. Por sua vez, a FS, UGT e Nova Central ligadas a partidos
burgueses como o PDT, PSDB e PMDB apoiam o governo Temer e apenas desejam
barganhar algumas mudanças no projeto original, que afetam mais duramente as
categorias que representam. Nesse sentido, a política do PSOL, PSTU e MAIS
(Conlutas e Intersindical) de apresentar essa “ampla unidade” por si só como
uma grande vitória encobre esse frágil acordo costurado por cima, que até o
momento não expressou nenhum compromisso de paralisação concreta nas principais
categorias que podem parar a produção e o setor financeiro, como metalúrgicos,
bancários e trabalhadores nos transporte. Frente a esta realidade, os
sindicalistas revolucionários da TRS-LBI intervirão nas diversas frentes de
luta que atuam neste 15M chamando a construção da Greve Geral e a luta direta
para barrar a Reforma da Previdência, mas alertando a vanguarda classista dos
limites da política de colaboração de classes do PT e do PSOL. Nosso papel é
estimular a luta nas bases dos
sindicatos por uma verdadeira política de enfrentamento com o governo Temer e o
conjunto do regime político golpista, delimitando-se da orientação de
patrocinar ilusões no circo eleitoral da democracia dos ricos!