terça-feira, 14 de março de 2017

15M - PARALISAR AS CATEGORIAS EM LUTA RUMO À GREVE GERAL CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA: NENHUMA ILUSÃO NA FALSA UNIDADE CELEBRADA PELA BUROCRACIA SINDICAL LIMITADA A PRESSIONAR O PARLAMENTO! SUPERAR A POLÍTICA EM DEFESA DO “FORA TEMER” PARA CATAPULTAR LULA E O PSOL NAS ELEIÇÕES DE 2018!


Muito se tem falado sobre a mobilização desse 15 de Março (15M) ser o primeiro passa para a construção da Greve Geral. Afora a paralisação nacional dos professores marcada já desde o começo do ano, o que se viu foi as centrais sindicais não jogarem muito peso para impedir o funcionamento das grandes fábricas, dos bancos e dos transportes. Ao que parece  o “Dia nacional de Paralisação e Mobilização” será marcado por atos de vanguarda em todo o país, sem organização nas bases, na medida que a maioria dos sindicatos não convocaram assembleias das suas categorias para organizar de fato a paralisação. Afora esse elemento, o mais importante é constatar que a ampla unidade construída em torno do 15M, que vai desde o PT até o PSTU, passando pela CUT, Conlutas, Força Sindical, UGT e Nova Central não é uma unidade para derrotar a reforma da previdência nas ruas e muito menos para colocar abaixo o governo golpista de Temer, mas sim uma frente político-sindical para pressionar o parlamento burguês a fazer modificações no projeto original enviado pelo Planalto ao Congresso Nacional. Essa falsa “unidade” por cima, celebrada pela Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo e burocracia sindical amarela se choca com a ausência de organização nas bases das categorias e encobre com a verdadeira divisão política que existe sobre a Reforma da Previdência, na medida em que PT e PCdoB são favoráveis a alguns pontos da reforma, tanto que os governos Lula e Dilma promoveram ataques neoliberais nesta mesma direção, não esquecer a reforma de 2003 (taxação dos inativos, aumento da idade mínima e do tempo de contribuição) e o ajuste promovido por Joaquim Levy de 2015, com corte de benefícios do INSS e redução de pensões. Por sua vez, a FS, UGT e Nova Central ligadas a partidos burgueses como o PDT, PSDB e PMDB apoiam o governo Temer e apenas desejam barganhar algumas mudanças no projeto original, que afetam mais duramente as categorias que representam. Nesse sentido, a política do PSOL, PSTU e MAIS (Conlutas e Intersindical) de apresentar essa “ampla unidade” por si só como uma grande vitória encobre esse frágil acordo costurado por cima, que até o momento não expressou nenhum compromisso de paralisação concreta nas principais categorias que podem parar a produção e o setor financeiro, como metalúrgicos, bancários e trabalhadores nos transporte. Frente a esta realidade, os sindicalistas revolucionários da TRS-LBI intervirão nas diversas frentes de luta que atuam neste 15M chamando a construção da Greve Geral e a luta direta para barrar a Reforma da Previdência, mas alertando a vanguarda classista dos limites da política de colaboração de classes do PT e do PSOL. Nosso papel é estimular a luta  nas bases dos sindicatos por uma verdadeira política de enfrentamento com o governo Temer e o conjunto do regime político golpista, delimitando-se da orientação de patrocinar ilusões no circo eleitoral da democracia dos ricos!