CAMARADA JESU JUNIOR, PRESENTE NA LUTA PELO SOCIALISMO,
SEMPRE!
Hoje, em Fortaleza, o camarada Antônio Jesu Junior foi brutalmente
assassinado pela barbárie capitalista, em uma tentativa de roubo de seu carro.
Junior militou na Tendência Revolucionária Sindical (ligada a LBI) entre os anos
de 2009 e 2010. Foi um dos signatários do manifesto de nossa corrente ao
Congresso que fundou a CSP/Conlutas em 2010 (ver abaixo). Apesar de ter se
afastado por diferenças políticas, aproximando-se da Frente Popular (PT), porém
manteve o respeito fraterno a nossa defesa do Trotskismo e do internacionalismo
proletário. Era um apoiador convicto do defensismo revolucionário,
principalmente nas questões de Cuba e da Coréia do Norte. Junior foi mais uma
das centenas de vítimas no Estado do Ceará, dominado por uma oligarquia
reacionária (Ferreira Gomes), hoje travestida de "esquerda" petista e
pedetista, que patrocina as pequenas e grandes máfias que controlam impunemente
o crime organizado na região. Continuamos na luta pelo Socialismo e a Ditadura
do Proletariado, lembrando os momentos que travamos juntos o bom combate pela
Revolução!
DIREÇÃO NACIONAL DA LBI
07.03.2017
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MANIFESTO AO CONCLAT: POR UMA CENTRAL OPERÁRIA, CAMPONESA,
ESTUDANTIL E POPULAR
(31/05/2010)
Publicamos o Manifesto assinado por delegados
revolucionários eleitos em assembleias de base em vários estados do país para o
Conclat, chamando os ativistas classistas a travarem um combate neste congresso
por um programa revolucionário em oposição ao governo Lula e à orientação de
integração ao Estado burguês levada a cabo pela direção da Conlutas e da
Intersindical.
MANIFESTO AO CONCLAT
ABAIXO A BUROCRATIZAÇÃO, A INTEGRAÇÃO AO ESTADO BURGUÊS E O
ELEITORALISMO!
POR UM VERDADEIRO CONGRESSO NACIONAL DE BASE DO MOVIMENTO
OPERÁRIO E CAMPONÊS PARA ORGANIZAR A LUTA DIRETA DOS TRABALHADORES!
CONSTRUIR UMA CENTRAL OPERÁRIA, CAMPONESA, ESTUDANTIL E
POPULAR, UNINDO O CONJUNTO DO PROLETARIADO CONTRA OS PATRÕES, SEUS GOVERNOS E
AGENTES!
Os trabalhadores do campo e da cidade estão diante de uma
encruzilhada histórica. Durante os oito anos de governo Lula, os banqueiros,
grandes empresários e latifundiários lucraram como nunca antes na história
deste país. Isto só foi possível graças à cooptação de quase todas as direções
sindicais, camponesas, estudantis e populares e ao desarmamento político geral
da resistência das massas. Isto permitiu a liquidação de conquistas históricas
através de reformas pró-imperialistas na previdência, educação, direitos
trabalhistas, etc.
Um setor do movimento se desprendeu das organizações
governistas como a CUT, o MST e a UNE, buscando construir uma organização de
massas alternativa e se reagrupou na Conlutas e na Intersindical. Todavia, a
política dos partidos hegemônicos destas centrais sindicais alternativas, PSTU
e PSOL, foi de canalizar o imenso descontentamento proletário para uma oposição
pequeno-burguesa de aconselhamento e de pressão parlamentar (a reboque da
oposição burguesa DEM-PSDB) e sindical (a reboque da CUT, Força Sindical, CTB,
UGT, NCST...) ao governo burguês de Lula. A estratégia da tal "Frente de
Esquerda" foi unicamente capitalizar tal descontentamento popular no plano
sindical e eleitoral, opondo-se a construir um vigoroso instrumento da classe
independente do governo e dos patrões para de fato coordenar as lutas e a ação
direta das massas.
Esta política impede que construamos uma verdadeira oposição
revolucionária ao governo do PT. Impediu-nos de capitalizar as principais
crises do governo como a Reforma da Previdência, a crise do mensalão e a crise
econômica mundial e levou a derrota ano após ano de lutas importantes como as
greves bancárias, de trabalhadores de correios e de professores, como a última
greve da Apeoesp. Resultado: o governo Lula se fortaleceu, incrivelmente está
com sua popularidade maior do que no primeiro mandato, permitindo a burguesia
dar continuidade as ofensivas (congelamento de salários do funcionalismo
publico federal por uma década, privatização dos Correios, aumento do superávit
primário, etc.) e, de forma não menos importante, auxilia o imperialismo em
suas aventuras militares da América Latina (Honduras, Haiti) até o Oriente
Médio (Irã), enquanto os trabalhadores se encontram mais desarmados do que
nunca para enfrentar tudo isto.
Nos momentos cruciais da luta de classes a Conlutas não só
foi incapaz de alçar-se como direção que conduzisse nossa classe a vitórias,
como foi responsável direta por vergonhosas derrotas como no caso da demissão
de quase cinco mil trabalhadores pela Embraer, onde a Conlutas era a própria
direção política e se expressava por seu sindicato mais forte. Na Embraer, a
Conlutas se opôs a qualquer resistência operária ao ataque (paralisações,
greves, ocupação da fábrica), resistência que poderia ter dado um grande
exemplo para toda luta de classes nacional e internacional de como enfrentar a
tentativa dos patrões de obrigarem os trabalhadores a pagarem pela crise
burguesa. O que ocorreu foi o contrário, a Conlutas se aliou a Força Sindical
(a pelegada que dirige o Ministério do Trabalho) e chamou aos trabalhadores a
confiarem na reversão das demissões pela mão da justiça burguesa e de Lula.
Agora, o PSTU realiza a liquidação final da Conlutas. Neste
processo, esmaga a representação das oposições combativas e do movimento
estudantil. Tudo isto para somar aparatos sindicais com um programa de respeito
à ordem burguesa e de enquadramento na "Lei das Centrais" do
Ministério do Trabalho a fim de participar do "bolão" milionário que
compra as atuais centrais pelegas com o Imposto Sindical. Neste sentido,
funde-se com a Intersindical, que está e continuará aliada da CUT e da CTB
governistas na maioria dos sindicatos que participa contra a luta dos
trabalhadores.
A unidade da classe é uma justa aspiração, uma necessidade
dos trabalhadores e cara aos revolucionários. Mas a fusão superestrutural da
Conlutas com a Intersindical, Pastoral Operária, etc. proposta, nos levará a
derrota porque freia a organização sindical independente dos trabalhadores
justamente quando mais precisamos desta organização para enfrentar a nova
ofensiva patronal do governo do PT e seus sócios burgueses nos estados e
municípios. Por tudo isto, esta unidade, ao invés de somar, diminui. Assim,
queremos realizar um sincero chamado aos milhares de delegados presentes no II
Congresso da Conlutas e no CONCLAT a empenharem-se junto conosco na construção
de uma fração publica que tenha um programa revolucionário para o sindicalismo
brasileiro. A unidade que precisamos impulsionar é a do movimento operário,
camponês, estudantil e popular, para construir um verdadeiro Congresso Nacional
de Base que reunifique a classe trabalhadora.
As atuais mobilizações e greves gerais na França, Espanha e,
sobretudo, na Grécia apontam que sem um partido revolucionário que conduza a
luta ao triunfo, é impossível derrotar a burguesia por mais heróicas,
combativas e radicalizadas que sejam as manifestações dos trabalhadores. Para
vencer é preciso construir um verdadeiro partido leninista, trotskista,
revolucionário e internacionalista da classe trabalhadora.
Frente às eleições burguesas deste ano os revolucionários
não podem também se abster de atuar ativamente, não permitindo que tentem
enganar os trabalhadores com as distintas candidaturas burguesas do PT, PSDB ou
PV e as pequeno-burguesas como a fracassada "Frente de Esquerda"
(PSOL, PSTU e PCB) e PCO. Os revolucionários proclamam abertamente: Abaixo o
circo eleitoral da democracia dos ricos! E convocam uma campanha nacional pelo
Voto Nulo em defesa das reivindicações dos trabalhdores! Nossa estratégia é
impulsionar um embrião de organismo de poder dos trabalhadores capaz de colocar
abaixo o regime de exploração e abrir as vias para a construção da sociedade
socialista.
Assinam os seguintes delegados eleitos ao CONCLAT:
Oposição Revolucionária dos Bancários (São Paulo) Wiliam
Ferreira
Movimento de Oposição Bancária (Ceará)
Hyrlanda Moreira Sampaio, José Carlos de Oliveira e Augusto
Albuquerque
Oposição Revolucionária da Apeoesp (São Paulo)
Irene de Carvalho e Sueli Motta
Oposição Classista no Sintest (Rio Grande do Norte)
José Fernandes de Lima e Ieda de Oliveira
Oposição Forte e de Luta no Jud.Federal (Ceará)
Antonio Jesu Junior e Anselmo Oliveira Silva
Oposição de Luta no Sindiute (Ceará)
Aparecida Maria Albuquerque, Simone Freitas de Moura e
Antonio Sombra Neto