terça-feira, 7 de março de 2017

CAMARADA JESU JUNIOR, PRESENTE NA LUTA PELO SOCIALISMO, SEMPRE!


Hoje, em Fortaleza, o camarada Antônio Jesu Junior foi brutalmente assassinado pela barbárie capitalista, em uma tentativa de roubo de seu carro. Junior militou na Tendência Revolucionária Sindical (ligada a LBI) entre os anos de 2009 e 2010. Foi um dos signatários do manifesto de nossa corrente ao Congresso que fundou a CSP/Conlutas em 2010 (ver abaixo). Apesar de ter se afastado por diferenças políticas, aproximando-se da Frente Popular (PT), porém manteve o respeito fraterno a nossa defesa do Trotskismo e do internacionalismo proletário. Era um apoiador convicto do defensismo revolucionário, principalmente nas questões de Cuba e da Coréia do Norte. Junior foi mais uma das centenas de vítimas no Estado do Ceará, dominado por uma oligarquia reacionária (Ferreira Gomes), hoje travestida de "esquerda" petista e pedetista, que patrocina as pequenas e grandes máfias que controlam impunemente o crime organizado na região. Continuamos na luta pelo Socialismo e a Ditadura do Proletariado, lembrando os momentos que travamos juntos o bom combate pela Revolução!

DIREÇÃO NACIONAL DA LBI
07.03.2017
---------------------------------------------------------------------------

MANIFESTO AO CONCLAT: POR UMA CENTRAL OPERÁRIA, CAMPONESA, ESTUDANTIL E POPULAR
(31/05/2010)

Publicamos o Manifesto assinado por delegados revolucionários eleitos em assembleias de base em vários estados do país para o Conclat, chamando os ativistas classistas a travarem um combate neste congresso por um programa revolucionário em oposição ao governo Lula e à orientação de integração ao Estado burguês levada a cabo pela direção da Conlutas e da Intersindical.

MANIFESTO AO CONCLAT

ABAIXO A BUROCRATIZAÇÃO, A INTEGRAÇÃO AO ESTADO BURGUÊS E O ELEITORALISMO!

POR UM VERDADEIRO CONGRESSO NACIONAL DE BASE DO MOVIMENTO OPERÁRIO E CAMPONÊS PARA ORGANIZAR A LUTA DIRETA DOS TRABALHADORES!

CONSTRUIR UMA CENTRAL OPERÁRIA, CAMPONESA, ESTUDANTIL E POPULAR, UNINDO O CONJUNTO DO PROLETARIADO CONTRA OS PATRÕES, SEUS GOVERNOS E AGENTES!

Os trabalhadores do campo e da cidade estão diante de uma encruzilhada histórica. Durante os oito anos de governo Lula, os banqueiros, grandes empresários e latifundiários lucraram como nunca antes na história deste país. Isto só foi possível graças à cooptação de quase todas as direções sindicais, camponesas, estudantis e populares e ao desarmamento político geral da resistência das massas. Isto permitiu a liquidação de conquistas históricas através de reformas pró-imperialistas na previdência, educação, direitos trabalhistas, etc.

Um setor do movimento se desprendeu das organizações governistas como a CUT, o MST e a UNE, buscando construir uma organização de massas alternativa e se reagrupou na Conlutas e na Intersindical. Todavia, a política dos partidos hegemônicos destas centrais sindicais alternativas, PSTU e PSOL, foi de canalizar o imenso descontentamento proletário para uma oposição pequeno-burguesa de aconselhamento e de pressão parlamentar (a reboque da oposição burguesa DEM-PSDB) e sindical (a reboque da CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST...) ao governo burguês de Lula. A estratégia da tal "Frente de Esquerda" foi unicamente capitalizar tal descontentamento popular no plano sindical e eleitoral, opondo-se a construir um vigoroso instrumento da classe independente do governo e dos patrões para de fato coordenar as lutas e a ação direta das massas.

Esta política impede que construamos uma verdadeira oposição revolucionária ao governo do PT. Impediu-nos de capitalizar as principais crises do governo como a Reforma da Previdência, a crise do mensalão e a crise econômica mundial e levou a derrota ano após ano de lutas importantes como as greves bancárias, de trabalhadores de correios e de professores, como a última greve da Apeoesp. Resultado: o governo Lula se fortaleceu, incrivelmente está com sua popularidade maior do que no primeiro mandato, permitindo a burguesia dar continuidade as ofensivas (congelamento de salários do funcionalismo publico federal por uma década, privatização dos Correios, aumento do superávit primário, etc.) e, de forma não menos importante, auxilia o imperialismo em suas aventuras militares da América Latina (Honduras, Haiti) até o Oriente Médio (Irã), enquanto os trabalhadores se encontram mais desarmados do que nunca para enfrentar tudo isto.

Nos momentos cruciais da luta de classes a Conlutas não só foi incapaz de alçar-se como direção que conduzisse nossa classe a vitórias, como foi responsável direta por vergonhosas derrotas como no caso da demissão de quase cinco mil trabalhadores pela Embraer, onde a Conlutas era a própria direção política e se expressava por seu sindicato mais forte. Na Embraer, a Conlutas se opôs a qualquer resistência operária ao ataque (paralisações, greves, ocupação da fábrica), resistência que poderia ter dado um grande exemplo para toda luta de classes nacional e internacional de como enfrentar a tentativa dos patrões de obrigarem os trabalhadores a pagarem pela crise burguesa. O que ocorreu foi o contrário, a Conlutas se aliou a Força Sindical (a pelegada que dirige o Ministério do Trabalho) e chamou aos trabalhadores a confiarem na reversão das demissões pela mão da justiça burguesa e de Lula.

Agora, o PSTU realiza a liquidação final da Conlutas. Neste processo, esmaga a representação das oposições combativas e do movimento estudantil. Tudo isto para somar aparatos sindicais com um programa de respeito à ordem burguesa e de enquadramento na "Lei das Centrais" do Ministério do Trabalho a fim de participar do "bolão" milionário que compra as atuais centrais pelegas com o Imposto Sindical. Neste sentido, funde-se com a Intersindical, que está e continuará aliada da CUT e da CTB governistas na maioria dos sindicatos que participa contra a luta dos trabalhadores.

A unidade da classe é uma justa aspiração, uma necessidade dos trabalhadores e cara aos revolucionários. Mas a fusão superestrutural da Conlutas com a Intersindical, Pastoral Operária, etc. proposta, nos levará a derrota porque freia a organização sindical independente dos trabalhadores justamente quando mais precisamos desta organização para enfrentar a nova ofensiva patronal do governo do PT e seus sócios burgueses nos estados e municípios. Por tudo isto, esta unidade, ao invés de somar, diminui. Assim, queremos realizar um sincero chamado aos milhares de delegados presentes no II Congresso da Conlutas e no CONCLAT a empenharem-se junto conosco na construção de uma fração publica que tenha um programa revolucionário para o sindicalismo brasileiro. A unidade que precisamos impulsionar é a do movimento operário, camponês, estudantil e popular, para construir um verdadeiro Congresso Nacional de Base que reunifique a classe trabalhadora.

As atuais mobilizações e greves gerais na França, Espanha e, sobretudo, na Grécia apontam que sem um partido revolucionário que conduza a luta ao triunfo, é impossível derrotar a burguesia por mais heróicas, combativas e radicalizadas que sejam as manifestações dos trabalhadores. Para vencer é preciso construir um verdadeiro partido leninista, trotskista, revolucionário e internacionalista da classe trabalhadora.

Frente às eleições burguesas deste ano os revolucionários não podem também se abster de atuar ativamente, não permitindo que tentem enganar os trabalhadores com as distintas candidaturas burguesas do PT, PSDB ou PV e as pequeno-burguesas como a fracassada "Frente de Esquerda" (PSOL, PSTU e PCB) e PCO. Os revolucionários proclamam abertamente: Abaixo o circo eleitoral da democracia dos ricos! E convocam uma campanha nacional pelo Voto Nulo em defesa das reivindicações dos trabalhdores! Nossa estratégia é impulsionar um embrião de organismo de poder dos trabalhadores capaz de colocar abaixo o regime de exploração e abrir as vias para a construção da sociedade socialista.

Assinam os seguintes delegados eleitos ao CONCLAT:

Oposição Revolucionária dos Bancários (São Paulo) Wiliam Ferreira
Movimento de Oposição Bancária (Ceará)
Hyrlanda Moreira Sampaio, José Carlos de Oliveira e Augusto Albuquerque
Oposição Revolucionária da Apeoesp (São Paulo)
Irene de Carvalho e Sueli Motta
Oposição Classista no Sintest (Rio Grande do Norte)
José Fernandes de Lima e Ieda de Oliveira
Oposição Forte e de Luta no Jud.Federal (Ceará)
Antonio Jesu Junior e Anselmo Oliveira Silva
Oposição de Luta no Sindiute (Ceará)
Aparecida Maria Albuquerque, Simone Freitas de Moura e Antonio Sombra Neto