ESCÂNDALOS ENVOLVENDO GANG DO PMDB E AÉCIO NEVES GANHAM
ESPAÇO NA MÍDIA GOLPISTA (GLOBO, VEJA, FOLHA): ALA DA BURGUESIA EMBARCA A SEU
MODO NO “FORA TEMER” E ESCOLHE O “KAISER” ALCKMIN PARA DERROTAR LULA EM 2018...
O FASCISTA DA “OPUS DEI” SE ALÇA COMO CANDIDATO PREFERENCIAL A NEOBONAPARTE,
TOMANDO O LUGAR DO JUIZ MORO
Quando afirmamos que a “Famiglia Marinho” e seus satélites
(Veja, Folha) já trabalham a seu modo pelo “Fora Temer” e para minar a
candidatura de Aécio Neves no interior do PSDB, sinalizando que escolheu o
“Kaiser” Alckmin para levar a frente no Palácio do Planalto os pontos do ajuste
neoliberal que o canalha golpista do PMDB não conseguirá concluir alguns
círculos de “esquerda” (PT, PSOL, MAIS...) se espantaram com nossa
caracterização, acusando-a de prematura e pessimista. Esses impressionistas
vulgares são incapazes de traçar uma leitura mais fina (Marxista) da realidade
política porque fazem parte da grande aliança reformista que trabalha para
substituir Temer por uma alternativa eleitoral palatável dentro do arco da
Frente Popular (PT, PSOL ou mesmo uma alianças entre ambos), apostando que a
“esquerda” vai vencer o circo da democracia dos ricos em 2018. Na verdade,
apenas estamos destrinchando o que a movimentação no interior da burguesia está
demonstrando. O espaço cada vez maior na mídia aos escândalos envolvendo a gang
do PMDB e de Aécio Neves, desgastando imensamente seus membros mafiosos,
demonstra que após o Carnaval a classe dominante começa a aplicar os planos
estratégicos já traçados ao perceber que Temer terá muita dificuldade de
aprovar integralmente o conjunto das reformas neoliberais (Previdência e Trabalhista),
um pacote de maldades iniciado pelos governos do PT (redução do seguro
desemprego, restrição das pensões, flexibilização trabalhista, ataque ao
direito de greve, fim da “desaponsentação”, privatizações em forma de
concessões). Os motivos para essa análise
são evidentes: o desprestígio popular imenso, a fragilidade de seu gabinete, a
perda da capacidade de entregar a “encomenda” da Reforma da Previdência...
estão fazendo ruir a “pingela”, como diz FHC. Não por acaso Serra, um rato
astuto, já pulou fora do barco!!! Os quadros mais iluminados da burguesia, que
incluem obviamente os estrategistas dos Marinhos (umbilicalmente ligados a
setores do imperialismo ianque) avaliam que o “ajuste” exigido pelos rentistas
somente pode ser concluído por um “governo eleito”, legitimado pelas urnas. A Folha
dos Frias já propõe até “Diretas Já!”. Nesse cenário, vem despontando como
alternativa o mentor da “Opus Dei” Geraldo Alckmin, um gestor confiável e
experiente, com perfil duro e repressor a frente do importantíssimo governo de
São Paulo, um homem que se encaixa como uma luva para as tarefas do próximo
período. Vale destacar que ele vem sendo preservado de todos os escândalos de
corrupção, mas o grande obstáculo é que não tem o controle do PSDB e só
parcialmente do PSB. O resultado das urnas nas eleições municipais de 2016
fortaleceu enormemente suas aspirações presidenciais. Com o fracasso eleitoral
em BH, Aécio Neves praticamente deu adeus ao seu sonho de voltar a ser o tucano
escolhido para disputar o governo central, ainda mais agora que mídia (Globo,
Veja) dá amplo espaço as denúncias contra ele. O cenário da brutal ofensiva
reacionária mundial, que apontávamos já há alguns anos atrás, se faz presente
no Brasil com toda sua intensidade, e não se trata de um mero fator da
conjuntura eleitoral. Um embate político prévio nos bastidores do poder, entre
as próprias forças da direita, definirá a aposta das classes dominantes para
substituir o modelo de gerência estatal da Frente Popular, totalmente esgotado,
por essa razão o “Lula 2018” não passa de uma tentativa de reedição como
tragédia da farsa neoliberal vendida como neo desenvolvimentista dos governos
anteriores da Frente Popular. Por outro lado, a realidade vem indicando depois
da posse de Trump na Casa Branca a perda de força de Moro e dos procuradores da
Lava Jato, tanto que setores da PF de Curitiba vem sendo remanejados desde que
Temer assumiu. Aparentemente o objetivo de Moro fica temporariamente restrito a
prender e julgar os dirigentes do PT e queimar membros da gang do PMDB,
chegando no máximo a assustar Aécio Neves, com a burguesia ainda decidindo o
destino de Lula, se a cadeia ou a postulação presidencial em 2018, esta última
possibilidade ganhando força com a Frente Popular se comprometendo em não
atrapalhar a aprovação das reformas neoliberais no Congresso Nacional. Lula
seria uma espécie de “fiador” dessa transição eleitoral tranquila rumo às
próximas eleições presidenciais. Alertamos mais uma vez que PT e PCdoB desejam
demonstrar para as classes dominantes que mesmo depois do Golpe Parlamentar
desferido contra o governo Dilma, ainda são forças políticas palatáveis para o
capital, já se passaram há tempos para o campo da burguesia. Como Marxistas
Revolucionários que não patrocinam ilusões eleitorais na Frente Popular e na
candidatura Lula lutamos para a vanguarda romper com a política de colaboração
de classes do PT e chamamos a construção de uma alternativa revolucionária ao
conjunto do regime político burguês e suas apodrecidas instituições, combatendo
vigorosamente o governo golpista de Temer, a direita reacionária e fascistoide
mas sem capitular a política venal e covarde da Frente Popular, cujo objetivo é
amortecer a luta de classes para um terreno que a burguesia domina: o circo
eleitoral. Para a LBI não se trata de apenas “analisar” o quadro eleitoral
desfavorável da “esquerda” social-democrata, mas acima de tudo de identificar
porque os trabalhadores estão sendo derrotados, porque suas lutas estão na
defensiva e quais as razões de um futuro ainda mais sombrio até 2018.
Denunciamos que essa realidade é fruto dos nefastos efeitos do pacto de
colaboração de classes que o PT vem costurando com a burguesia, sendo o maior
sustentáculo do regime golpista no interior dos movimentos sociais. Nesse
sentido é preciso não só denunciar o “avanço da direita” mas alertar que Lula e
o PT são diretamente responsáveis por esse quadro catastrófico, com o PSOL
completamente integrado ao regime política democratizante não ser qualquer
caminho “alternativo” a Frente Popular tradicional. Estamos marchando para o
Bonapartismo com as ascensão futuro do “Kaiser” Alckmin, rumamos para um regime
de exceção, em que as parcas liberdades democráticas estão sendo eliminadas. A
LBI, dentro de suas modestas forças, vem pontuando solitariamente essa
tendência política mais geral, apostamos que somente a reação do movimento de
massas pode alternar os rumos que descrevemos, a luta direta contra os ataques
em curso, a radicalização dos métodos de resistência e a formação de uma frente
única de ação contra o nascente Bonapartismo. Nesse marco combatendo a reação
fascista (Alckmin, Moro) e a Frente Popular (Lula, PT, PSOL), buscamos agrupar
a vanguarda classista sobre um programa de luta direta que não tenha como
horizonte a disputa eleitoral em 2018, mas a luta direta imediata das massas por
fora do regime político burguês que tenha como estratégia a Revolução
Proletária e o Comunismo!