quarta-feira, 8 de março de 2017

BALANÇO DO 8 DE MARÇO: PARA O MAIS/PSOL A "UNIDADE NA LUTA" É A UNIFICAÇÃO COM O FEMINISMO BURGUÊS DO PT QUE SUSTENTA O REGIME GOLPISTA NOS MOVIMENTOS SOCIAIS

O que marcou as manifestações de 8 de Março, dia internacional da mulher trabalhadora, foi o insistente chamado do MAIS e do PSOL pela unidade com o feminismo burguês do PT, que busca a colaboração das classes sociais, usando a chamada "questão de gênero" para amortecer a luta de classes. Esse arco reformista buscou encobrir que as gestões petistas foram responsáveis por duros ataques neoliberais aos direitos e conquistas dos trabalhadores, restringindo pensões e reduzindo benefícios dos INSS. Em nome do chamado conjunto do "Fora Temer", todas essas correntes políticas a exceção da LBI, buscaram ressaltar a necessidade da unificação para combater o governo golpista do PMDB, sem denunciar a Frente Popular e o programa de ajuste aplicado por Lula e Dilma. O MAIS em particular foi o artífice dessa aliança reformista, tanto que nacionalmente foi tratado pelo PT como um aliado, que atua na Frente Povo sem Medo para consolidar a aliança com a Frente Brasil Popular. De malas prontas para ingressar no PSOL esse grupo revisionista defendeu uma plataforma de colaboração de classes que reforça o feminismo burguês, a busca de limitadas conquistas dentro do Estado capitalista sem apontar uma ruptura com o regime democrático que escraviza homens e mulheres trabalhadoras.


A militância da LBI interveio nas manifestações do 8 de Março com um eixo completamente oposto, apontando a luta direta como caminho para derrotar as reformas neoliberais de Temer. Enquanto o MAIS, PSOL e PT patrocinavam as ilusões no circo eleitoral da democracia dos ricos, sustentando na prática o regime golpista no interior dos movimentos sociais, denunciamos a Frente Popular e seu papel de colaboração com o governo golpista, inclusive apoiando os aliados de Temer (Eunício Oliveira e Rodrigo Maia) para comandar o parlamento burguês, os mesmo que comandarão as votações para liquidar as conquistas dos trabalhadores.

Cida Albuquerque e Hyrlanda Moreira, 
dirigentes do feminismo revolucionário da LBI
Rompendo o cerco burocrático imposto pelo MAIS em colaboração com o PT, pontuamos que para derrotar das reformas neoliberais não se dará no terreno eleitoral e parlamentar, mas no combate direto da classe trabalhadora contra a reação burguesa e o reformismo. Reivindicamos o feminismo revolucionário, de classe contra classe, contra o feminismo burguês de visa unir falsamente burguesas e proletárias. Nessa senda, também nos delimitamos de todo o arco revisionista (PSOL, PSTU, MAIS) que não passa hoje de satélites do PT e da própria candidatura Lula. Este 8 de Março foi uma prova evidente que somente defendendo um programa comunista no interior do movimento de massas a vanguarda classista será capaz de construir uma alternativa revolucionária ao governo golpista de Temer e a política de paralisia da CUT e do PT, que jogam todas suas fichas na candidatura Lula.