BALANÇO DO 8 DE MARÇO: PARA O MAIS/PSOL A "UNIDADE
NA LUTA" É A UNIFICAÇÃO COM O FEMINISMO BURGUÊS DO PT QUE SUSTENTA O
REGIME GOLPISTA NOS MOVIMENTOS SOCIAIS
O que marcou as manifestações de 8 de Março, dia
internacional da mulher trabalhadora, foi o insistente chamado do MAIS e do
PSOL pela unidade com o feminismo burguês do PT, que busca a colaboração das classes sociais, usando a chamada "questão de gênero" para amortecer a luta de classes. Esse arco reformista buscou encobrir que
as gestões petistas foram responsáveis por duros ataques neoliberais aos direitos e
conquistas dos trabalhadores, restringindo pensões e reduzindo benefícios dos
INSS. Em nome do chamado conjunto do "Fora Temer", todas essas correntes políticas a exceção da LBI, buscaram ressaltar a necessidade da unificação para combater o
governo golpista do PMDB, sem denunciar a Frente Popular e o programa de ajuste aplicado por Lula e Dilma. O MAIS em particular
foi o artífice dessa aliança reformista, tanto que nacionalmente foi tratado
pelo PT como um aliado, que atua na Frente Povo sem Medo para consolidar a aliança com a Frente Brasil Popular. De malas prontas para ingressar no PSOL esse grupo revisionista
defendeu uma plataforma de colaboração de classes que reforça o feminismo
burguês, a busca de limitadas conquistas dentro do Estado capitalista sem apontar uma
ruptura com o regime democrático que escraviza homens e mulheres trabalhadoras.
A militância da LBI interveio nas manifestações do 8 de Março com um eixo
completamente oposto, apontando a luta direta como caminho para derrotar as
reformas neoliberais de Temer. Enquanto o MAIS, PSOL e PT patrocinavam as ilusões no circo eleitoral
da democracia dos ricos, sustentando na prática o regime golpista no interior dos movimentos sociais, denunciamos
a Frente Popular e seu papel de colaboração com o governo golpista, inclusive
apoiando os aliados de Temer (Eunício Oliveira e Rodrigo Maia) para comandar o parlamento burguês, os mesmo que comandarão as votações para liquidar as conquistas dos trabalhadores.
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Cida Albuquerque e Hyrlanda Moreira,
dirigentes do feminismo revolucionário da LBI |
Rompendo o cerco burocrático imposto pelo MAIS em colaboração com o PT, pontuamos que para derrotar das reformas neoliberais não se dará
no terreno eleitoral e parlamentar, mas no combate direto da classe
trabalhadora contra a reação burguesa e o reformismo. Reivindicamos o feminismo revolucionário, de classe contra classe, contra o feminismo burguês de visa unir falsamente burguesas e proletárias. Nessa senda, também nos
delimitamos de todo o arco revisionista (PSOL, PSTU, MAIS) que não passa hoje
de satélites do PT e da própria candidatura Lula. Este 8 de Março foi uma prova
evidente que somente defendendo um programa comunista no interior do movimento
de massas a vanguarda classista será capaz de construir uma alternativa revolucionária
ao governo golpista de Temer e a política de paralisia da CUT e do PT, que jogam todas suas
fichas na candidatura Lula.