segunda-feira, 6 de março de 2017

DIA INTERNACIONAL DA MULHER TRABALHADORA: FAZER DO 8 DE MARÇO UM MARCO NA LUTA CONTRA A DESTRUIÇÃO DA PREVIDÊNCIA PELO GOVERNO GOLPISTA DE TEMER E DA DENÚNCIA DA POLÍTICA DE PARALISIA DA CUT E DO PT!


Existe um forte sentimento de indignação popular e revolta contra o governo golpista de Temer e sua reforma neoliberal da previdência que ataca os trabalhadores e em particular os direitos e conquistas das mulheres operárias, aumentando o tempo de contribuição e idade, em um claro “Deus lhe pague!”. Esses ataques tiveram um incremento no governo Dilma (PT), quando houve a restrição das pensões para as viúvas e reduções nos benefícios do INSS. Agora com Temer esse golpe aprofundou-se ainda mais. Desgraçadamente a CUT e a CTB sabotaram a possibilidade de fazer no Brasil do 8 de Março um dia internacional de paralisação como ocorrerá em outros países. Por sua vez, o PT joga todas suas fichas nas eleições de 2018, avaliando que a aprovação das reformas irá desgastar eleitoralmente o canalha do PMDB e abrir espaço para a candidatura Lula. Tentaram até fazer desta data um dia em homenagem a Dilma Roussef, que prepara sua candidatura ao Senado pelo Rio Grande do Sul, “esquecendo-se” que a então presidente atacou violentamente as conquistas e direitos dos trabalhadores! Nossa tarefa é opor-se a essa política de paralisia e fazer do dia internacional da mulher trabalhadora uma data que marque a luta contra a destruição da previdência pela gang do PMDB-PSDB e de denúncia da política de colaboração de classes da CUT e do PT. Em função desta dura realidade devemos apontar nas manifestações deste 8 de Março a necessidade de organizar um plano de lutas das principais categorias rumo a uma Greve Geral desde as bases que contemple como eixo a derrubada das medidas palacianas e por uma política de reposição salarial diante da crise inflacionária que se avizinha, porque o verdadeiro “golpe” está sendo executado nos cortes dos programas sociais do governo, no conluio para destruir a Petrobras e na subtração das conquistas históricas dos trabalhadores. Para combater o governo golpista de Temer, a Frente Popular e a direita reacionária é necessário colocar abaixo o modo de produção capitalista e construir um movimento operário feminino classista que coloque a mulher trabalhadora como vanguarda da luta sem quartel contra o regime opressor dos homens e mulheres burguesas. Trata-se da unidade do conjunto da classe trabalhadora sob um programa revolucionário para derrotar a barbárie capitalista. Portanto, neste 8 de Março devemos lutar pela superação do machismo que nasceu com a propriedade privada, do feminismo policlassista e da mercantilização das relações pessoais, que só será plenamente realizada com a abolição do modo de produção capitalista, por meio da revolução socialista, destruindo qualquer forma de opressão contra as mulheres trabalhadoras e a exploração de classe. A abolição da propriedade privada é o elemento sine qua non para a libertação da mulher e o combate de classe pelo comunismo! 

Especificamente sobre os direitos democráticos da mulher, a “esquerda” revisionista como PSOL e PSTU e seus satélites como a LER-QI, além obviamente da própria frente popular (PT, PCdoB), sempre defende as “mulheres” (independente do caráter de classe) em geral via rígida aplicação da “Lei Maria da Penha” e as delegacias especializadas, tudo isso sem nenhum critério de análise marxista. Quando uma mulher é assassinada ou agredida, ainda que seja burguesa ou faça parte de seu submundo, esta esquerda “feminista” sem os menores princípios de classe, reivindica que o Estado capitalista intervenha como resolução policial para estes casos, configurando um campo completamente distante da luta de classes e do marxismo revolucionário. O mais escandaloso é que os que ontem defenderam a criação das delegacias da mulher para encarcerar os “operários machistas” hoje são devotos da reacionária “Lei Maria da Penha”, revelando assim a ausência de qualquer independência de classe na questão feminista. O que estes vestais defensores das “mulheres em geral” não dizem é que a mulher é encarada pelo sistema capitalista como uma mercadoria de consumo e quanto mais se adequar aos padrões de beleza capitalista mais se incorpora valor “agregado” a esta “mercadoria”, isto é, quanto mais bela pelos padrões ocidentais, mais alto o valor do “produto” no leilão de seres humanos. Não à toa, disseminam-se em todo o mundo academias e clínicas estéticas, onde o culto ao corpo é a tônica e entendido como mais uma “necessidade” criada para o consumo de um produto. O proletariado deve denunciar esta questão como parte das barbaridades próprias do capitalismo senil a ser liquidado pela ação consciente da classe trabalhadora, com independência diante da burguesia e seus agentes, sejam de que sexo e cor forem.

A ruptura com esta concepção de mundo burguesa só será possível através da violenta ação da classe operária contra seus algozes capitalistas, sejam eles homens ou mulheres, através da revolução socialista, a partir da qual pela necessidade de todo um coletivo, os interesses mesquinhos e podres oriundos da velha sociedade de classes serão extintos. Os revolucionários defendem consignas democráticas pela igualdade de direitos entre os sexos, mas não mentem para as trabalhadoras dizendo que terão seus sofrimentos derivados da opressão e da exploração de classe solucionados dentro do capitalismo e menos ainda disseminam ilusões de que o aprimoramento do aparato repressivo capitalista trará melhor sorte para elas.  A luta pela libertação da mulher da opressão do machismo capitalista pressupõe um combate sem tréguas a todas as ilusões no movimento das mulheres trabalhadoras no Estado burguês, suas leis e seu aparato repressivo, guardião da ordem social justificada pela ideologia burguesa e o machismo que dela faz parte. Toda saída para o problema da opressão feminina por dentro da democracia burguesa, como defendem o reformismo e o revisionismo do trotskismo, conduz à divisão do proletariado entre gêneros distintos, ao recrudescimento e ampliação do aparato repressivo estatal contra os trabalhadores. Em outras palavras, o feminismo burguês é contrarrevolucionário porque divide o proletariado, enfraquece sua luta e fortalece a repressão de seus inimigos de classe!

Neste 8 de Março lutemos por construir uma alternativa de poder operário e popular baseado na democracia operária dos trabalhadores em luta contra a direita e a Frente Popular! Convocamos o combate de classe ao governo golpista de Temer, a direita reacionária e fascistoide sem capitular a política venal e covarde da Frente Popular, cujo objetivo é amortecer a luta de classes para um terreno que a burguesia domina: o circo eleitoral de 2018! Nesse sentido, nas manifestações indicadas para o mês de Março (8 e 15), nossa tarefa deve ter como eixo: Abaixo Temer! Construir a Greve Geral! Superar a política de colaboração de classes de Lula e do PT! Por uma alternativa de Poder Operário e Popular!