quarta-feira, 15 de março de 2017

UM PRIMEIRO BALANÇO DO 15M: FORTE DISPOSIÇÃO DE LUTA DAS BASES ESBARRAM NA POLÍTICA DE CONCILIAÇÃO DE CLASSES DAS DIREÇÕES FRENTE POPULISTAS DE OLHO NAS ELEIÇÕES DE 2018

Bancada da TRS-LBI no 15M em Fortaleza
O “Dia Nacional de Paralisação e Mobilizações” deste 15 de Março foi sem dúvida uma importante demonstração de força dos trabalhadores em todo o país. Houve um afluxo quase espontâneo aos atos e passeatas que ocorreram nas capitais, com paralisação de categorias como professores e servidores públicos. Os trabalhadores dos transportes paralisaram parcialmente, principalmente em São Paulo, por conta do não funcionamento do Metrô e dos Ônibus. As grandes fábricas do ABC foram forçadas adiar suas atividades por apenas uma hora, devido ao atraso na entrada dos operários. O mesmo ocorreu com algumas agências bancárias. O número de manifestantes superou a expectativa inicial previsto pelas centrais sindicais, demonstrando a imensa disposição de luta das bases. Desgraçadamente, no sentido inverso, a política das direções sindicais e particularmente da Frente Popular capitaneada pelo PT foi tentar canalizar o justo ódio popular para desgastar o governo golpista visando a disputa presidencial de 2018. No máximo setores da Frente Popular (Levante, PCdoB) e o PSOL reivindicaram as “Diretas Já”, mas o grosso das correntes petistas estavam engajadas na política de “Lula 2018”. Não por acaso o próprio presidenciável petista foi a Av. Paulista para participar da mais importante manifestação do país, justamente para concretizar essa orientação política. A militância da LBI se fez presente em vários atos e passeatas em todo o país, defendendo uma orientação oposta a proposta pela Frente Popular e o PSOL. Rompendo o cerco burocrático imposto pelas direções sindicais interviemos defendendo a convocação da Greve Geral e da construção de uma alternativa política por fora do circo eleitoral da democracia dos ricos. Nesse sentido, convocamos a vanguarda classista a lançar mão dos métodos de luta da classe operária sem depositar nenhuma ilusão no parlamento burguês e na política de lobby sobre o Congresso Nacional defendido pelas direções sindicais. A importante demonstração de força deste 15M revela que é possível organizar a classe operária e os camponeses pobres para paralisar o país, ocupar as fábricas, terras e meios de produção visando não só barrar as reformas neoliberais mas para ir além, derrubar Temer e forjar um poder próprio dos trabalhadores!