UM PRIMEIRO BALANÇO DO 15M: FORTE DISPOSIÇÃO DE LUTA DAS
BASES ESBARRAM NA POLÍTICA DE CONCILIAÇÃO DE CLASSES DAS DIREÇÕES FRENTE
POPULISTAS DE OLHO NAS ELEIÇÕES DE 2018
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Bancada da TRS-LBI no 15M em Fortaleza |
O “Dia Nacional de Paralisação e Mobilizações” deste 15 de
Março foi sem dúvida uma importante demonstração de força dos trabalhadores em
todo o país. Houve um afluxo quase
espontâneo aos atos e passeatas que ocorreram nas capitais, com paralisação de
categorias como professores e servidores públicos. Os trabalhadores dos
transportes paralisaram parcialmente, principalmente em São Paulo, por conta do
não funcionamento do Metrô e dos Ônibus. As grandes fábricas do ABC foram forçadas adiar suas atividades por apenas uma hora, devido ao atraso na entrada dos operários. O mesmo
ocorreu com algumas agências bancárias. O número de manifestantes superou a
expectativa inicial previsto pelas centrais sindicais, demonstrando a imensa
disposição de luta das bases. Desgraçadamente, no sentido inverso, a política
das direções sindicais e particularmente da Frente Popular capitaneada pelo PT
foi tentar canalizar o justo ódio popular para desgastar o governo golpista
visando a disputa presidencial de 2018. No máximo setores da Frente Popular
(Levante, PCdoB) e o PSOL reivindicaram as “Diretas Já”, mas o grosso das
correntes petistas estavam engajadas na política de “Lula 2018”. Não por acaso
o próprio presidenciável petista foi a Av. Paulista para participar da mais
importante manifestação do país, justamente para concretizar essa orientação
política. A militância da LBI se fez presente em vários atos e passeatas em
todo o país, defendendo uma orientação oposta a proposta pela Frente Popular e
o PSOL. Rompendo o cerco burocrático imposto pelas direções sindicais
interviemos defendendo a convocação da Greve Geral e da construção de uma
alternativa política por fora do circo eleitoral da democracia dos ricos. Nesse
sentido, convocamos a vanguarda classista a lançar mão dos métodos de luta da classe
operária sem depositar nenhuma ilusão no parlamento burguês e na política de
lobby sobre o Congresso Nacional defendido pelas direções sindicais. A
importante demonstração de força deste 15M revela que é possível organizar a
classe operária e os camponeses pobres para paralisar o país, ocupar as
fábricas, terras e meios de produção visando não só barrar as reformas
neoliberais mas para ir além, derrubar Temer e forjar um poder próprio dos
trabalhadores!