PSOL SIMULA CANDIDATURA PRESIDENCIAL DE CHICO ALENCAR EM
REGABOFE COM TEMER, AÉCIO, JUCÁ, GILMAR MENDES E TODA A GANG GOLPISTA! SUA TAREFA:
TIRAR VOTOS DE LULA E ABRIR CAMINHO PARA A DIREITA NA DISPUTA ELEITORAL DE 2018
Um dos maiores vestais do PSOL, o deputado “santo” Chico
Alencar, foi ao regabofe do escriba das Organizações Globo, Ricardo Noblat, seu
“amigo de anos”. O deputado carioca é um dos “colunistas” do blog desse
ardoroso defensor do impeachment de Dilma (PT), que vomita diariamente
bajulações a Temer, defende as reformas neoliberais e ataca duramente os movimentos
sociais nas páginas do pastelão da “Famiglia Marinho”. Os convivas refestelaram-se em um restaurante de luxo (Piantella) de Brasília, em tese comemorando os 50
anos de serviços prestados a elite dominante por esse canalha travestido de jornalista. Na verdade congratulavam-se pelo avanço dos ataques neoliberais
covardes que a burguesia vem deferindo contra o povo trabalhador desde que
Temer assumiu a presidência via o Golpe Institucional, com o apoio do
parlamento burguês. Entrosado com a turma, o “puro” Chico Alencar beijou a mão
de Aécio Neves, elogiou rasgadamente Temer e circulou lépido entre a “nata” dos
políticos burgueses que orquestraram o afastamento do PT do Planalto, gente do
quilate de Jucá, Serra, Cristóvão Buarque, Miro Teixeira, Raul Julgmann... além
do togado mafioso Gilmar Mendes. Quando
o fato veio à tona, muitos perguntaram o que Chico Alencar, um “homem de
esquerda”, estava fazendo ali em meio a “suruba” neoliberal. A pergunta está
totalmente incorreta, mais importante seria saber o que ele foi fazer no
regabofe de Noblat, um entrosado membro da mídia venal do PIG com estreitos vínculos
com a burguesia e em particular com a gang palaciana do PMDB. O deputado do
PSOL, que não é bobo e apenas posa de ingênuo, sabia perfeitamente que sua
presença em tal ambiente insólito ganharia grandes holofotes na mídia. Chico
foi “formalizar” junto aos figurões da burguesia e aos representantes dos
demais partidos da ordem, todos presentes no jantar (a exceção aparente do PT),
que estava lançando ali extraoficialmente sua candidatura presidencial pelo
PSOL, buscava abrir caminhos e estreitar laços na qualidade do representante do
mais importante partido de esquerda no Brasil, depois do desgastado e
tripudiado PT, tão achincalhado pelos presentes do refinado banquete. Tanto que
Aécio Neves, canalha bajulado servilmente por Chico, percebendo a oportunidade
ímpar lançou a proposta de um “grande pacto pela política e contra o salvador
da pátria”, em um claro chamado ao PSOL para ajudar o PSDB a derrotar uma
candidatura Bonapartista que venha do judiciário, tipo Moro ou Carmen Lúcia:
“Haverá espaço para uma saída política? Ou vamos considerar que todo mundo é
bandido e abrir espaço para um aventureiro salvador da pátria? A solução é na
política. Tudo que foi construído para salvar a política vamos deixar que se
perca numa briga insana? Botando todo mundo junto no mesmo barco?”, alertou
Aécio. No que respondeu Chico “Sem sentar e conversar não tem solução. Enquanto
isso, a população está achando que somos o cocô do cavalo do bandido. Temos que
fazer um novo pacto nacional”. Nesse “pacto nacional” a grande função reservada
pelos estrategistas das Organizações Globo ao PSOL na disputa presidencial em
2018 é outra: tirar votos de Lula (PT) para facilitar a ascensão de um
candidato da direita, preferencialmente um NeoBonarpartista “salvador da pátria”,
como teme Aécio. Tanto que Chico Alencar, em “angelical arrependimento”, usou o
farto espaço que lhe deu o jornal O Globo (com direito a vídeo) para se
defender das críticas por ter participado do valhacouto golpista, “nego qualquer participação minha e do PSOL em qualquer tipo de pacto para salvar os
políticos envolvidos na Lava-Jato. O PSOL quer uma Lava-Jato sem seletividade”.
Diferente de 2002 e 2006, Lula não contará com o apoio dos setores mais
importantes do capital em sua tentativa de voltar ao Planalto. Quando a
burguesia e o imperialismo resolveram rifar Dilma do governo central desejavam
impor um programa mais duro de ajuste neoliberal, tarefa que a gerentona do PT
não estava conseguindo aplicar. Temer é apenas um frágil arremedo dentro desse
plano estratégico. Nas próximas eleições presidenciais a classe dominante
deseja empossar (legitimado pelo voto) um candidato com mão dura para levar a
fundo as reformas neoliberais e as privatizações, não cabendo mais na atual
conjuntura de crise econômica aguda um nome do PT para essa tarefa, ainda mais
quando a base política e social da Frente Popular exige um “giro à esquerda” de
Lula. O grande capital já fechou questão: não há margem para demagogias sociais
e pacto de colaboração de classes como ainda sonha o PT com seu “Lula 2018” na
Presidência da República. Se Lula e Dilma foram eleitos e gerenciaram os
negócios da burguesia por 13 anos como produto de um acordo com a classe
dominante, esta resolveu trocar de gerente, cabendo a Lula agora apenas o papel
coadjuvante de ser derrotado nas urnas, legitimando a disputa. Por essa razão a
política da Frente Popular de paralisia do movimento de massas para esperar o
circo eleitoral e deixar aprovar o ajuste no parlamento é tão criminosa. Nesse
cenário, entra Chico Alencar e seu PSOL, que na qualidade de novo “queridinho”
da burguesia (com o foi Heloísa Helena em 2006) irá tirar votos da Frente
Popular, apresentando-se como a “nova esquerda”, ética, não corrupta e
responsável, como foi a candidatura de Marcelo Freixo a prefeitura do Rio de
Janeiro, que recebeu o apoio da Globo e Veja no segundo turno. Atacando Lula,
inflando o PSOL e apostando de fato suas fichas em um “salvador da pátria” bonapartista, a
grande mídia e o PIG comandado pela “Famiglia Marinho” irá garantir uma disputa
legítima no circo eleitoral da democracia burguesa, ao final entronando um
homem forte (ou mulher), com mão dura, para levar a frente o ajuste neoliberal
que Dilma e Temer apenas iniciaram. Vale ressaltar que o MAIS (de malas prontas
para ingressar no PSOL) e as demais correntes de “esquerda” deste partido, além
de ficarem calados diante da escandalosa presença de Chico Alencar no convescote golpista, vão avalizar essa operação vergonhosa em nome de construir uma
“Frente de Esquerda”, um suposto “terceiro campo” que não passa de um braço
auxiliar da burguesia, patrocinando uma “nova esquerda” socialdemocrata que aos
poucos vá ocupando o lugar do debilitado PT. Os Marxistas Revolucionários que
não patrocinam nenhuma ilusão no circo eleitoral da democracia burguesa e
chamam o combate ao governo golpista de Temer e suas reformas nas ruas, como os
métodos de luta da classe operária (Greve Geral), alertam que tanto o PT como o PSOL estão
completamente integrados ao regime da democracia dos ricos. Se a burguesia hoje
descarta o PT e infla o PSOL é justamente porque sabe que ambos partidos não
passam de peças úteis e ao mesmo tempo descartáveis do jogo político burguês,
fundamentais para minar o avanço da consciência de classe dos trabalhadores
para romper com esse regime corrupto e construir uma alternativa de poder de
novo tipo, proletário e comunista, que sepulte todas as variantes burguesas
postas à mesa no regabofe da classe dominante!