BUROCRACIA SINDICAL DE DIREITA EM ALIANÇA COM OS PATRÕES E A
OPOSIÇÃO REACIONÁRIA ORGANIZOU UMA "GREVE GERAL" NA ARGENTINA:
LUTA EM DEFESA DO SALÁRIO OU TENTATIVA DE GOLPE CONTRA CFK? ESQUERDA
REVISIONISTA (PO, PTS, IS, PSTU, TPR/ PCO) APOSTOU NA OPÇÃO DO IMPERIALISMO
Desgraçadamente não só os principais dirigentes da oposição
golpista, como o neofascista prefeito de Buenos Aires Mauricio Macri e o
deputado direitista Sergio Massa da Frente Renovador, comemoraram o
"sucesso" da paralisação contra o governo CFK, também a maioria das
correntes políticas da esquerda revisionista apoiaram enfaticamente o Lock Out
da burocracia sindical. Destacam-se neste campo as organizações que integram a
FIT, como o PO e PTS. Este último que chegou a criticar abertamente as posições
oportunistas de seu parceiro eleitoral, PO, no caso Nisman agora embarcou de
corpo inteiro na empreitada do mafioso Moyano. O deputado provincial do PTS,
Castillo, declarou o seguinte disparate sobre o simulacro de greve geral:
"A esta hora ya podemos afirmar sin temor a equivocarnos que el paro es
contundente en todo el país. Fue una medida con acatamiento masivo no solo en
el transporte, sino también en la industria y en los servicios. La bronca de
los trabajadores le dio fuerza a esta medida, en la que millones participan no
solo contra el impuesto al salario, sino también contra la inflación, contra el
trabajo precario, por paritarias libres y sin techo, contra los despidos y las
suspensiones, entre las principales demandas."
Porém o que mais chamou atenção foram as colocações
adesistas da TPR, Tendência Piquetera Revolucionária, organização menchevique
que representa na Argentina as posições do PCO. No Brasil, o PCO tem se
colocado intransigentemente ao lado do governo Dilma prognosticando a iminência
de um golpe de estado contra a Frente Popular. Porém no país irmão onde o
governo Cristina sofre a cada dia uma virulenta campanha midiática justamente
porque promulgou uma tímida lei de controle dos "meios", tema que
Dilma sequer pretende analisar com medo da famiglia Marinho, o grupo vinculado
ao PCO decidiu estacionar na barricada política da direita e dos golpistas.
Vejamos como a TPR defende seu malabarismo centrista: "La Tendencia
Piquetera Revolucionaria (TPR) forma parte del paro nacional activo este 31 de
marzo. La TPR ya se encuentra participando del corte de Henry Ford y
Panamericana junto a numerosas organizaciones de izquierda, y desde las 7am
integrará los cortes en Puente Pueyrredón (Provincia de Buenos Aires) y Puente
Centenario (Córdoba). Juan Marino, dirigente de la TPR, declaró que "vamos
al paro activo para imponer nuestra agenda. Reclamamos un aumento salarial del
50%, rechazamos los cierres de fábricas, despidos y suspensiones, exigimos el
pase a planta de todos los tercerizados y precarizados, denunciamos que el
salario no es ganancia, y llamamos a poner en pie un frente
político-reivindicativo por un plan de lucha, un nuevo paro de 36hs en abril y
en apoyo al Frente de Izquierda." Parece que tudo que a TPR quer é
garantir uma vaguinha eleitoral na FIT, uma espécie portenha de "frente de
esquerda", do mesmo caráter político da aliança entre o PSTU e PSOL no
Brasil. A súbita conversão do PCO ao campo político "chapa branca"
não consegue esconder seu passado recente de apoio a todas as investidas
golpistas da Casa Branca contra governos nacionalistas, como na Líbia, Síria e
agora na Argentina.
O combativo proletariado argentino deve manter completa
distância das iniciativas burlescas da máfia sindical, que visa barganhar sua
entrada pela porta dos fundos em um futuro governo entreguista alinhado com
Washington. Para isto é necessário construir organismos de luta classista,
plenamente independentes da burguesia em suas variantes reacionárias. A
mobilização em defesa das conquistas sociais e dos direitos trabalhistas deve
estar ligada a perspectiva estratégica do poder operário, tarefa histórica que
a burocracia sindical corrupta jamais poderá levar a frente.