segunda-feira, 27 de abril de 2015


CONSTRUIR OS COMITÊS DE LUTA CONTRA O LEVYANO AJUSTE, A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E A INVESTIDA POPULARESCA DA DIREITA!

A classe trabalhadora vem sofrendo duros ataques particularmente desde que Dilma (PT) assumiu seu segundo mandato. Após empossar no Ministério da Fazenda um representante direto dos banqueiros, Joaquim Levy e a mega-latifundiária Kátia Abreu na Agricultura, a presidente petista colocou na Articulação Política do Planalto ninguém menos que o vice Michel Temer (PMDB), um representante da direita reacionária em seu governo de colaboração de classes. Afinados, vem levando a frente um duro ajuste fiscal neoliberal contra os trabalhadores, que inclui cortes de benefícios do INSS, redução do seguro-desemprego, aumento geral das tarifas públicas e privatizações. Através das Medidas Provisórias 664 e 665, o governo capitaneado pelo PT “roubou” a agenda neoliberal da direita demo-tucana e através desta vem mantendo sua governabilidadade burguesa, apesar de esgotamento paulatino de seu “modelo econômico” baseado no crédito internacional liberado pelos abutres do mercado financeiro. Embalada por esses duros golpes contra os explorados, no último dia 22/04 a Câmara dos Deputados, sob a batuta de Eduardo Cunha, da direita demo-tucana e sem que o Palácio do Planalto de fato se opusesse minimamente, aprovou o Projeto de Lei 4.330 que abre as portas para que as empresas e os órgãos públicos, prefeituras, governos estaduais e federal possam subcontratar através da precarização de mão-de-obra todos os seus serviços, incluindo a atividade-fim. Esta realidade demonstra que apesar das marchas da direita "verde-amarela" contra Dilma expressarem o ódio da classe média reacionária contra o PT, o partido de Lula e Dilma é hoje o principal responsável de levar adiante a ofensiva neoliberal contra os direitos e as conquistas dos trabalhadores da cidade e do campo. O próprio aval de Obama a continuidade do governo Dilma, elogiando-a rasgadamente, revela a sintonia entre o governo brasileiro e os interesses da Casa Branca. Frente a esta dura realidade é preciso resistir ao levyano ajuste, a precarização do trabalho e a investida popularesca da direita! Para levar a frente esta resistência propomos a construção de COMITÊS DE LUTA, um instrumento de nossa classe que nas atuais condições conjunturais se torna extremamente real, objetivo e necessário. Estes Comitês tem que ter um caráter de Frente Única, aglutinando setores da vanguarda, sindicatos, movimentos sociais, estudantis, de bairro, organizações políticas, etc e teriam como tarefa central popularizar o debate acerca dos ataques patronais nos bairros, sindicatos, locais de estudos, centros urbanos e etc., através de reuniões, panfletagens e plenárias para, enfim, organizar ações de rua e nos locais de trabalho rumo a construção da Greve Geral!

Na prática, a burguesia brasileira subserviente ao imperialismo americano e europeu está cobrando dos trabalhadores o mais alto preço da crise que explodiu em 2008 nos EUA, se espalhou pelos países imperialistas da Europa e região e alcançou de maneira mais forte o Brasil agora. Os servidores públicos, todos, serão contratos pela CLT, consolidando assim o fim da estabilidade no emprego, que junto com as avaliações de desempenho e o processo de meritocracia abrirá o caminho para o trabalho semi-escravo e principalmente, já que o trabalhador terceirizado não faz greve. Somente a GREVE GERAL poderá barrar e eliminar a ofensiva neoliberal que nos ataca pelas mãos de Dilma, Cunha e os patrões. Para isso é necessário que os movimentos de massa, as centrais sindicais, o MST, MTST e as organizações políticas e coletivos classistas que se reclamam da classe operária e da revolução socialista organizem a resistência ao ajuste neoliberal, as MP´s 664 e 665 e o PL da Terceirização que agora via para o Senado, construindo COMITÊS DE LUTA!

Os ataques que Dilma vem desferindo contra os trabalhadores provam que não é possível confiar que o governo de Frente Popular PT/PMDB faça o veto do projeto de terceirização, pois em nome da “governabilidade” burguesa o PT nesses doze anos, se afundou no arrocho salarial, na Reforma da Previdência, no financiamento de banqueiros e latifundiários, no envio de tropas para o Haiti. Tudo isso dando abertura a que os setores mais reacionários se aglutinassem e se reorganizassem, inclusive pedindo, entre outras coisas, a volta da ditadura, o impeachment, “saída” que o groso da burguesia e o imperialismo não apoiam neste momento justamente porque Dilma leva a frente a defesa de seus interesses. Dessa forma, a pressão que o governo do PT sofre dos setores mais reacionários da burguesia não o torna inocente, muito pelo contrário, para manter a “governabilidade” o PT aprofunda os ataques e no caso do PL 4330 se limitou demagogicamente a apresentar emendas para “melhorar” ao projeto de terceirização, enquanto Levy, Rachid e Temer negociavam os termos da precarização do trabalho no Brasil, colaborando com este profundo ataque aos trabalhadores brasileiros.

A classe operária precisa sim constituir uma frente de ação, mas não com Levy, Dilma e o PT. É necessário galvanizar as organizações de massa independentes (ou mesmo parcialmente autônomas), a esquerda revolucionária e classista, as combativas entidades populares e da juventude para a imediata organização de uma frente de luta direta contra o "ajuste" do imperialismo e a direita fascista. Neste campo da barricada serão inclusive muito bem vindos setores do PT e da CUT que venham a se desprender da falência política do governo Dilma e da liderança lulista, incapazes de esboçar a mínima reação progressista diante do isolamento social a que estão submetidos. Este é nosso chamado sincero que fazemos aos ativistas e lutadores de nossa classe, mão à obra na construção dos COMITÊS DE LUTA para derrotar o levyano ajuste, a precarização do trabalho e a investida popularesca da direita!!