sexta-feira, 17 de abril de 2015


PRISÃO DE VACCARI E NOVA AMEAÇA A JOSÉ DIRCEU: LAVA JATO NÃO PASSA DO "SEGUNDO TEMPO" DO PROCESSO FARSA DO "MENSALÃO". GANHAR ÀS RUAS PARA ENFRENTAR OS "INTOCÁVEIS" DE MORO!

A arbitrária prisão do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari e a covarde ameaça de uma iminente e nova detenção de José Dirceu apenas confirmaram o que já vínhamos denunciando há algum tempo: a Operação "Lava Jato" não passa de um "segundo tempo" da farsa do processo do "Mensalão" contra os dirigentes do PT. Vaccari vinha sendo um alvo preferencial das investigações da "Lava Jato" na tentativa da criminalização do conjunto do PT, afinal era o quadro político do partido (em atividade) mais próximo ao "núcleo duro" lulista. A prisão decretada pelo "justiceiro" Sérgio Moro teve como "base" o fato do PT ter recebido pesadas doações de empreiteiras em suas últimas campanhas eleitorais, as "contribuições" financeiras destas empresas foram todas registradas legalmente, assim como ocorre em todos os grandes partidos burgueses deste país. Com base nesta evidência do regime democrático, onde os grupos capitalistas financiam as campanhas políticas dos gestores e parlamentares do Estado burguês, Moro deveria ter decretado a prisão de toda a República, sem uma única exceção! Como Marxistas não somos ingênuos e idealistas para exigir que a justiça burguesa decrete o socialismo no Brasil. Como isto não está em cogitação, tampouco existe a possibilidade da moralização deste regime pela via de uma corte patronal sem a chegada da revolução proletária, portanto tem um único objetivo o "diferente" Moro e sua equipe dos "intocáveis": desmoralizar e caçar o registro partidário do PT. Não temos a menor dúvida sobre quais são os reais interesses das corporações capitalistas em bancar partidos políticos, também não temos ilusões sobre a "rigidez ética" dos burocratas petistas, porém o que está em jogo no momento é a ameaça ao direito conquistando na luta de organização política para o conjunto da esquerda (inclusive a esquerda burguesa como o PT). Nós da LBI fomos a primeira corrente política a se lançar decididamente contra a ação penal 470, caracterizando como o "ovo de serpente" de uma ofensiva reacionária da burguesia contra os movimentos sociais, a história nos deu plena razão! Naquela ocasião muitos grupos da esquerda nos acusaram de defender corruptos "confessos" como Dirceu e Delúbio, apesar de explicarmos pacientemente que o falso vestal Joaquim Barbosa não tinha interesse algum em promover qualquer "faxina" ética nas entranhas corrompidas do Estado burguês, ao contrário seu objetivo era o de apoiar ideologicamente as alas mais corruptas e direitistas da política nacional como o PSDB e DEM. Com Moro é exatamente a mesma sentença: favorecer o Tucanato e os interesses imperialistas para destruir a Petrobras e as reservas de mercado da economia brasileira.

Muitos militantes classistas que hoje enfrentam na luta os planos do ajuste neoliberal da gerência estatal petista podem questionar a defesa que fazemos de Vaccari (e de outros dirigentes do PT) diante dos processos judiciais que são alvo preferencial desde o "Mensalão", afinal não são a expressão concentrada da degeneração ideológica do partido? É a mais pura verdade que a direção do PT está completamente comprometida com os interesses econômicos da burguesia nacional e seus quadros históricos muito distantes da luta do proletariado pelo socialismo. Porém as operações jurídico-policiais em curso nada tem a ver com uma ação de "moralização" do regime capitalista, são um recurso político de setores ultrarreacionários das classes dominantes para criminalizar o conjunto da esquerda e dos movimentos sociais. Para a direita organizada no PIG e afins, sujar a imagem do PT, com a ajuda de sua própria direção que optou por se juntar a pior escória da política nacional, é uma necessidade imposta pela conjuntura da luta de classes. 

Nesta quarta gestão da Frente Popular ficou claro para o imperialismo ianque que o PT deveria concluir seu ciclo de poder com um nível de desgaste social em grau máximo. Tendo que administrar um período de recessão econômica e ataque as conquistas operárias, para manter a rentabilidade do capital financeiro, o governo Dilma é uma presa fácil para a tucanalha e outros abutres do regime. Mas engana- se quem acredita que a própria presidente pagará a conta maior do seu desgate político, o objetivo central das forças reacionárias é a demolição do PT, ou pelo menos seu núcleo histórico. Neste marco situam-se as chantagens e prisões contra os dirigentes do partido, absolutamente antidemocráticas. Nos opomos frontalmente a este "carnaval" midiático da falsa moralização das instituições estruturalmente corrompidas da república burguesa, exigindo a liberdade para todos os presos políticos de esquerda( inclusive a burguesa) no Brasil.