terça-feira, 7 de abril de 2015


PMDB DEMITE PEPE VARGAS, ANULA MERCADANTE E ASSUME O CONTROLE DA COORDENAÇÃO POLÍTICA DO GOVERNO DILMA: O CAPO DA MÁFIA TEMER É O “PRIMEIRO MINISTRO”!

Se era para tomar de assalto o governo Dilma o PMDB "entrou de sola", recusou o desesperado convite para Padilha mudar de pasta e logo indicou o capo da máfia no comando da Articulação Política Institucional do Estado brasileiro. Michel Temer passa a ser um ministro que não pode ser demitido, posto que a Secretaria de Relações Institucionais foi extinta e suas atribuições legais repassadas à vice presidência da república, portanto um cargo indemissível ocupado pelo presidente nacional do PMDB. Não se trata é claro de um "acúmulo de funções", como ocorreu quando o vice de Lula (José Alencar) assumiu o Ministério da Defesa, Dilma com seu ato institucional de capitulação vergonhosa a quadrilha corrupta de Cunha, Renan, Eunicio e Cabral etc... instituiu a responsabilidade política de um "primeiro ministro" a Temer, com o agravante que nem o Congresso Nacional poderá lhe tirar a nova função. Na verdade o próprio caráter do governo Dilma foi alterado com as atribuições republicanas outorgadas a Temer, trata-se agora de um co-governo entre cúpula do PMDB e a corja rentista representada por Levy, onde o partido da presidenta (PT)assume funções secundárias na gestão da máquina estatal. Desde ontem quando vazou na mídia corporativa a informação do convite feito a Padilha, o PMDB (reunido no Palácio Jaburu) condicionou a aceitação para comandar a Articulação Política do governo a uma anulação política dos "poderes" da Casa Civil, ocupada por Mercadante. Lula foi consultado e deu aval a degola de seu próprio partido em favor de uma figura de "peso" do PMDB, a solução encontrada foi o "peso pesado" Temer. O que deve ficar absolutamente claro nesta trajetória autofágica do governo Dilma, é que tudo está sendo operado em nome de facilitar a aprovação do famigerado "ajuste", hoje a preocupação central da Frente Popular, maior até do que sua própria sobrevivência política. Paralelamente ao anúncio da nomeação de Temer, Dilma reunia no Planalto as lideranças dos partidos da base aliada para "implorar" fidelidade as medidas de austeridade econômica, com o "trunfo" de agora serem coordenadas politicamente pelo vice presidente da República.... E ainda existem os falsos tolos (muito bem remunerados pelo Planalto é óbvio!) que afirmam que existe um golpe da direita em andamento contra Dilma, talvez seja o "golpe" dos chacais pemedebistas para impor a este governo neoliberal sua orientação política à serviço do imperialismo e das oligarquias corruptas tupiniquins.

Com a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, muitos analistas políticos lhe concederam o título de "primeiro ministro" diante da fragilidade do governo Dilma frente ao Congresso Nacional. Cunha impunha sua pauta conservadora no parlamento independente das prioridades e "vontades" de Dilma. Mas Cunha não tem o controle do aparelho de Estado, que mesmo em crise determina o fluxo das verbas e créditos financeiros para alavancar o mercado e a economia capitalista. Agora com Temer na chefia do Ministério da liberação de cargos e verbas para o Congresso o quadro se altera substancialmente, passando a existir de fato e quase de direito um "Primeiro Ministro". Falta apenas para o PMDB assumir o controle administrativo deste governo, já que tomou posse das funções políticas, a nomeação de um de seus dirigentes para ocupar a Casa Civil. O PT que não tem a menor ingerência sobre a equipe econômica de governo, respondem diretamente a Casa Branca, ficaria com o consolo de ter "eleito" a rainha da Inglaterra em terras brasileiras...

Para a blogosfera oficialista a nomeação de Temer foi um "gol de placa", pois neutralizaria a agressividade do PMDB no Congresso. É preciso ser muito tolo para acreditar nesta versão primária da realidade nacional. A máfia do PMDB negociará os planos de "ajuste" e retirada de direitos trabalhistas no parlamento, como a aprovação da PEC 4330, agora na certeza que não sofrerá retaliações do Planalto. Pelo contrário, com a "caneta" nas mãos de Temer a bancada da reação se sentirá mais segura para prosseguir sua escalada de barbáries contra o povo pobre e a classe trabalhadora.

Levy e Temer são a dupla protagonista de cafajestes no comando das rédeas do jogo estatal, a esquerda " chapa branca" é mera espectadora deste torneio que deve ser finalizado em 2018 com a volta da tucanalha ao Planalto, será um retorno épico sobre os escombros do PT. Até lá o país vai ser "quebrado" não só economicamente pelo governo Dilma, mas moralmente diante da ofensiva política da direita mais recalcitrante ancorada na classe média repugnante. Se é isto que os reformistas chamam de "golpe de estado em andamento", então no Brasil o último que ocorreu não foi em 64...