DATAFOLHA CONFIRMA QUE O CERCO MIDIÁTICO CONTRA LULA NÃO
PROVOCOU O EFEITO DESEJADO PELA "LAVA JATO": PT IRÁ ATÉ O FIM COM SEU
"SONHO" ELEITORAL DE VOLTAR AO PLANALTO PELAS URNAS. ESQUERDA DO PSOL
"COBRA" DE LULA QUE RESISTA PELA VIA DA "DESOBEDIÊNCIA CIVIL"
A última pesquisa do "Instituto Datafolha" realizada entre os dias 29 e 30 de janeiro, portanto atualizada após a condenação de Lula pelo TRF e do bombardeio midiático sofrido pela liderança petista, confirma que a candidatura oficial do PT ao Planalto continua sendo imbatível se colocada ao crivo das urnas eletrônicas. Ressalvando o fato de que o cenário das candidaturas presidenciais não seja alterado, ou melhor dizendo, que o justiceiro Sérgio Moro não seja incluído na "cédula virtual", Lula teria confirmada sua expectativa de retornar a gerência do Estado Burguês para retomar a política de impulsionar a retomada do crescimento da economia capitalista pela via do pacto social de colaboração de classes. Porém este não é o "desejo" dos setores hegemônicos das classes dominantes tupiniquins e muito menos do imperialismo ianque, agora sob a (des)orientação de um tresloucado Trump. O projeto político contemporâneo da burguesia nacional continua sendo o de aprofundar o golpe parlamentar, iniciando a transição para um regime de exceção bonapartista, onde a formalidade institucional das próprias eleições presidenciais podem ser levadas "as favas", como diria o Ministro (coronel) Jarbas Passarinho diante da promulgação do AI 5 em 1968. A crise estrutural do modo de produção capitalista atravessa uma etapa de retração econômica, bem distinta do curto ciclo virtuoso de crescimento mundial que coincidiu com um período da gestão estatal da Frente Popular entre 2005 e 2012 ("Locomotiva chinesa" e boom internacional do comércio das commodities). Neste quadro de correlação de forças no panorama mundial, a política de "contenção social", não tem muita serventia para a burguesia e muito menos para os rentistas que pretendem "realizar os lucros" em cima da extorsão financeira do Tesouro Nacional. Mas a Democracia Burguesa (regime da Democracia dos Ricos) não pode ser anulada da "noite para o dia", o processo da transição de regimes ainda permanece em sua fase originária, e por isso mesmo as urnas ainda despertam as ilusões e sonhos de uma esquerda reformista, principalmente quando se possui uma "candidatura imbatível" à presidência da república. Mas reivindicar outra postura programática do PT, que não seja a da "institucionalidade republicana" é no mínimo uma tolice criminosa diante do movimento de massas. De nada adianta Lula ser ameaçado de "prisão e tortura", ou no mínimo ser escanteado do processo eleitoral, a essência política da Frente Popular em nada será alterada, em outras situações históricas já ofereceu em "holocausto" a vida de seus dirigentes máximos (Chile 1973 com o próprio "suicídio" de Salvador Allende). Porém a esquerda revisionista do Trotskismo parece que não assinou estas lições históricas, e seus agrupamentos no interior do PSOL (MAIS, Insurgência, LSR etc..) continuam a clamar para o PT "radicalizar", chegando ao extremo ridículo de reeditar a velha política de "exigências" do PSTU, só que desta vez de forma ainda mais rebaixada: "O PT deve chamar a desobediência civil", uma palavra de ordem utilizada pelo MDB de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves para se contrapor as ações da esquerda revolucionária no período da Ditadura Militar. Para este "condomínio revisionista" que se aglutina na sombra do PSOL a publicidade da revolução socialista como método de enfrentamento ao golpe de estado que se avizinha no horizonte, passa bem longe de sua plataforma de agitação política. Organizar o proletariado e as massas populares para a Resistencia Revolucionária (construção de uma alternativa de poder) diante do recrudescimento do regime burguês em pleno curso, é uma tarefa elementar para qualquer organização que se reclame Marxista Leninista, desgraçadamente este não é o caso do "bloco" social-democrata que optou por apostar suas "fichas" na dobradinha eleitoral Lula/Boulos...como sendo a melhor trilha para combater a brutal ofensiva neoliberal imperialista contra a classe operária.