LULA E BOULOS: MAIS DA MESMA “MERDA” PROGRAMÁTICA DE
CONCEDER SUSTENTABILIDADE A ECONOMIA CAPITALISTA
O PSOL e suas tendências internas corrompidas
ideologicamente tentam maquiar candidatura de Guilherme Boulos como sendo uma
oposição a “conciliação de classes do PT”, um engodo para iludir ingênuos e
incautos que ainda acreditam no PSOL como algo diferente politicamente da Frente
Popular. Boulos e sua plataforma “Vamos”, que não por acaso une programaticamente
PSOL e PT, representa o velho ideal social democrata de reformar o regime
capitalista. Lula é “apenas” mais descarado quando se alia abertamente as
oligarquias burguesas que deram o golpe parlamentar contra o governo Dilma
buscando se postar como uma sólida candidatura de colaboração de classes que
amplia abertamente seus vínculos com os representantes da classe dominante. O PSOL,
mais “discreto”, mantém seus acordos com o DEM e o Rede de Marina Silva, como
vemos por exemplo na prefeitura de Macapá. Ambos, PT e PSOL, são “farinha do
mesmo saco” na tentativa de imprimir um rosto “humano e social” a crise
estrutural do modo de produção capitalista (diferenças de grau). Nesse sentido,
a plataforma “Vamos” é a base do programa de Boulus e do PSOL para 2018 como deliberou o congresso do partido realizado no final de 2017, programa que guarda grande identidade com o que defende a Frente Popular de Lula. Vejamos como pensa o “Vamos” no seu principal tópico, o econômico: “Nossa
economia precisa se voltar para o desenvolvimento nacional e para servir aos
interesses populares. Queremos um modelo de desenvolvimento que possibilite
alimentos saudáveis e baratos, saúde e educação pública, moradia e transporte
de qualidade, queremos uma economia organizada com base na solidariedade, no
cooperativismo, na sustentabilidade e na integração regional do Brasil”. Não há
sequer um mínimo “retoque” da velha e surrada tese socialdemocrata do “capitalismo
sustentável”, ou como os reformistas do PSOL e do PT preferem, “A
democratização do capital”. Por sua vez, no terreno político, Boulus e o “Vamos”
apregoam a necessidade de “Fazer uma reforma política que amplie a democracia e
aumente a participação das pessoas nas decisões do Estado”, convocando a
vanguarda a se mobilizar para “ampliar os processos de participação popular,
com consultas, plebiscitos e referendos, e também conferências abertas e
conselhos”. Esses conceitos “reformistas” (no sentido clássico do termo) comum
entre PSOL e PT são incompatíveis com a luta do proletariado para impor seu
próprio poder de Estado (Ditadura do Proletariado), logicamente não pela via
eleitoral e sim no combate direto da classe operária pela Revolução Socialista.
Por essa razão Boulus, assim como o PT de Lula, limita-se a articular uma
“alternativa” eleitoral para implementar as chamadas “políticas públicas” de
inclusão social. Em resumo trata-se de radicalizar a democracia burguesa e as
instituições de seu Estado (parlamento, justiça, polícia...), a velha tese da
socialdemocracia reciclada pelo PSOL e sempre saudada pelo PT em dias de festa.
Com este engodo pretendem utopicamente “democratizar” as instituições burguesas
que não passam de sustentáculos da ditadura do capital contra os trabalhadores.
Por isso as categorias teóricas de ambos, PT e PSOL... Lula e Boulus, não passam
de mais da mesma “merda” programática de conceder sustentabilidade a economia
capitalista. Não podem admitir a violência revolucionária de uma classe para
subjugar a outra e muito menos reconhecer o Estado como um comitê gestor dos
negócios da classe dominante. Diante da proposta do “vamos democratizar a
política e o Estado” defendida pelo PT e PSOL os Marxistas Revolucionários
combatem pela destruição violenta do Estado burguês com a ação direta e
revolucionária do proletariado! O Estado
burguês não pode ser democratizado, é um instrumento centralizado de dominação
capitalista que deve ser colocado abaixo pela via da Revolução Proletária. Os
explorados devem sim lutar pela nacionalização dos bancos, indústrias, portos e
aeroportos sob o controle dos trabalhadores, forjando Conselhos Operários para
lançar as bases para a construção de um poder de novo tipo, proletário e
socialista, um Estado Operário, forjando uma alternativa revolucionária
trabalhadores da cidade e do campo! Como se observa, o PT e PSOL... Lula e Boulus
são apenas graduações políticas do mesmo programa socialdemocracia, que em sua
essência são partes integrantes das inúmeras variações políticas das classes
dominantes que estão conduzindo o planeta para a porta da barbárie da economia
mercantil. O que o movimento operário necessita não é de uma frente da “esquerda
socialista”, leia-se frente dos reformistas de “esquerda”, é de uma genuína Frente
dos Marxistas Leninistas que organizem as massas a combater com os métodos da
violência revolucionária do proletariado as instituições do estado burguês. Demolir
radicalmente o decadente arcabouço do capitalismo com a Revolução Socialista, e
não reformar suas podres estruturas do “sagrado” mercado! A única alternativa para
escapar da catástrofe capitalista anunciada continua a ser o Marxismo
Revolucionário!