REAJUSTE SALARIAL DE 6% DOS SERVIDORES FEDERAIS “BANCADO” POR
LEWANDOVSKY DO STF É MAIS UMA “FAKE NEWS” QUE UNIU A BUROCRACIA DO CONDSEF E A
MÍDIA “MURDOCHIANA”
POR: ELZA CAMPOS, NUTRICIONISTA APOSENTADA DO MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO (CNAE)
O suposto reajuste salarial de 6% ao conjunto dos servidores
públicos federais, "bancado" por uma sentença liminar do Ministro do
Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandovsky, após o golpista Temer cancelar
um acordo salarial realizado ainda no governo Dilma Rousseff, não passa de mais
uma "fake news", patrocinada pela mídia "murdochiana" em
conjunto com a burocracia sindical da CONDSEF (Confederação dos Trabalhadores
do Serviço Público Federal). Este referido "aumento" anual no
vencimento dos servidores (muito abaixo das perdas salariais e da própria
inflação real ocorrida em 2017) deveria ter entrado agora no contracheque de
fevereiro dos mais de dois milhões de trabalhadores (ativos e inativos) da
União, mas para a "decepção" geral somente cerca de 200 mil
"privilegiados" receberão o minguado reajuste. Entre entre as
categorias de servidores contempladas estão a PF, PRF, Peritos do INSS, DNIT,
Auditores Fiscais da Receita Federal e do Ministério do Trabalho e carreira
jurídica da União, totalizando 253mil (cerca de 10% do total de trabalhadores
da União). A grande massa do funcionalismo federal amargará mais um ano de
perdas salariais, acumulando um profundo arrocho "herdado" dos
governos FHC, Lula, Dilma e agora do bandido Temer. Os aposentados são os mais
penalizados com esta covarde política salarial, enquanto os servidores na ativa
ainda conseguem se "virar" com uma gratificação, diárias ou alguma
bonificação por desempenho de função. As carreiras de elite do funcionalismo
federal, não se ressentem da ausência de reajuste salarial, são
"agraciadas" com generosidade: "auxílio moradia", cartões
corporativos, cargos comissionados, etc...Como recentemente afirmou de forma
cínica o justiceiro Sérgio Moro: "Nosso auxílio moradia é para compensar
os baixos salários". Porém o mais escandaloso diante deste quadro de
sucateamento generalizado do Estado, é o imobilismo das direções sindicais do
funcionalismo público (CONDSEF) que chegaram a "repercutir" a
sentença de Lewandovsky como sendo uma "grande vitória de toda a categoria",
quando não passava de uma medida extremamente parcial e limitada. É necessário
organizar imediatamente uma campanha salarial de emergência pela base de todo o
funcionalismo público federal, para a reposição de nossas perdas há mais de uma
década, passando por cima da burocracia sindical da CONDSEF (PT, PSTU e PSOL)
que só "trabalha" para realizar "congressos em hotéis de
luxo", como forma de justificar de alguma forma as verbas recebidas e sua
profunda paralisia política.