DERRUBADA DO F-16: NOTA DO "ESPECIALISTA" DO GRUPO MAIS (PSOL) NÃO DIZ UMA ÚNICA PALAVRA EM DEFESA DO REGIME SÍRIO ATACADO PELO ENCLAVE SIONISTA, UM "BLÁ-BLÁ-BLÁ" DE OMISSÃO CRIMINOSA DIANTE DO CONFRONTO ENTRE O REPRESENTANTE DO IMPERIALISMO NO ORIENTE MÉDIO E O GOVERNO NACIONALISTA BURGUÊS DE BASHAR AL ASSAD
O enclave sionista de Israel, lançou no último sábado (10/02)
a maior ofensiva militar aérea contra a Síria dos últimos 35 anos (mais
concretamente desde a guerra do Líbano em 1982), com objetivo de destruir as
bases logísticas do Irã que foram instaladas próximas a Damasco em apoio ao
regime nacionalista burguês de Bashar Assad. Pelo menos uma dezena de caças
F-16 de Israel bombardeou alvos estratégicos da Síria em represália a uma
suposta invasão de um drone iraniano em seu espaço aéreo, em resposta ao
covarde ataque sionista a defesa síria disparou centenas de foguetes terra/ar
de fabricação russa, atingindo duas aeronaves israelenses e derrubando um caça
F-16 da frota aérea sionista, toda "cedida" pelo imperialismo ianque
ao gerdame terrorista do Oriente Médio. O general sionista Tomer Bar considerou
uma "verdadeira humilhação" a derrubada do caça israelense,
prometendo uma dura resposta militar contra o regime nacionalista burguês da
Síria. Em um comunicado, o Hezbollah (que tem decidido apoio da Síria e do Irã
na guerra contra o enclave de Israel) afirmou que a derrubada do F-16 israelita
abre “uma fase de uma nova estratégia no conflito. Os desenvolvimentos de hoje
significam que a velha equação acabou definitivamente”. As massas palestinas da
Faixa de Gaza, logo ao primeiro anúncio da derrubada do caça sionista saíram às
ruas com faixas para comemorar o "grande feito" das forças militares
do regime sírio. Porém para o grupo revisionista "MAIS", o revés da
máquina de guerra sionista é apenas um dado geopolítico: "Claro que o
cenário do Oriente Médio é mais complexo do que isso, em particular na Síria,
com a divisão das áreas de influência entre EUA e Rússia e as potências
regionais, etc., mas a agressão israelense tem seu papel e peso
próprios." (final da nota de Waldo Mermelstein no Facebook sobre a
derrubada do F-16). Não existe uma única frase em defesa do regime sírio,
tampouco uma mínima orientação política de que lado os Marxistas Revolucionários
devem se postar neste confronto militar entre os regimes de Assad e Netanyahu.
O "blá-blá-blá" de geopolítica do MAIS, esconde vergonhosamente uma
capitulação ao sionismo, do qual se dizem "inimigos", porém quando a
luta de classes atravessa o rubicão da política e adentra no terreno militar,
não existe mais espaço para "diletantismos"... há que tomar uma
posição firme e clara como nos ensinou o legado Trotskista. Para os Leninistas
não pode haver neutralidade possível entre um conflito destas proporções no Oriente
Médio, nosso objetivo central na região é a derrota cabal do "porta
aviões" (Estado artificial de Israel) do imperialismo ianque
"ancorado" no coração da nação palestina. A justificativa de que
Assad seria um "ditador sanguinário" para não apoiar a Síria, não se
sustenta por um único ângulo da política revolucionária, a não ser para a
"família morenista", que tem sua história manchada pelo sangue do
povo líbio, quando apoiaram os bombardeios da OTAN contra o "ditador"
Kadafi. Os genuínos Comunistas tem "lado" nesta guerra que já se
iniciou há algum tempo, estamos incondicionalmente no campo militar do regime
Assad contra o enclave sionista de Israel! A derrota do enclave de Israel
representa a vitória dos povos oprimidos pelo imperialismo (não por coincidência
os palestinos comemoraram a queda do F-16, o que Waldo considerou "um
exagero" em seu texto posterior), independente se os regimes da Síria e
Irã possuam um caráter socialista, o que obviamente não se configura
politicamente. Nossa tarefa estratégica continua sendo a unidade dos
proletariado árabe, persa, palestino e hebreu em direção a uma única República Socialista!
(Segue abaixo a nota do dirigente do MAIS)
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Waldo Mermelstein
(Facebook, 11 de fevereiro de 2018)
Depois de inúmeras provocações israelenses, com incursões de
todos os tipos no Líbano e na Síria, um confuso incidente de um drone iraniano
que teria ingressado no espaço aéreo de Israel, motivou o mais forte bombardeio
aéreo israelense em décadas. O fato mais notável é que um F16 de Israel foi
derrubado, o que não ocorria desde 1973, colocando em risco a hegemonia total
dos ares dos sionistas no Oriente Médio. Na guerra, como na política, os golpes
de efeito possuem seus efeitos.
Mas está claro que Israel se prepara para mais uma guerra de
agressão na região. E que, em baixa intensidade, já começou com seus exercícios
militares que simulavam a invasão do Líbano no ano passado e as ameaças ao Irã
(com ações militares esporádicas de todo tipo e cada vez mais agressivas).
Claro que o cenário do Oriente Médio é mais complexo do que isso, em particular
na Síria, com a divisão das áreas de influência entre EUA e Rússia e as
potências regionais, etc., mas a agressão israelense tem seu papel e peso
próprios.