Após cinco dias de muita vacilação e medo, pressionado pelas
duas alas do seu governo diante da crise aberta (militares querendo a demissão e
a triunvirato neoliberal desejando a permanência), o presidente da trupe
fascista acabou por demitir o seu braço político mais próximo no interior do
PSL, o “bate pau” alçado à condição de Ministro da Secretaria Geral da
Presidência da República: Gustavo Bebianno Rocha. A crise teria tido início com
a divulgação pela Folha de São Paulo de um esquema de desvio do bilionário
Fundo Eleitoral para “candidaturas laranjas” por parte da cúpula do PSL. Este
fato da política burguesa, propriamente não é nenhuma “novidade” posto que
abrange “somente” todos os partidos institucionais, desde o PSDB até o
minúsculo PCO com candidaturas que receberam milhares de Reais do TSE e
obtiveram menos que uma dezena de votos. No próprio PSL, temos a denúncia do
então presidente do partido em Minas Gerais, agora ocupando o posto de Ministro
do Turismo, Marcelo Álvaro, repassando as verbas eleitorais para suas
“laranjas” sem que nada ocorra, então porque a denúncia midiática contra a
prática corrupta de Bebiano (ex-presidente nacional do PSL) acabou por resultar
em uma grande crise política de governo, forçando Bolsonaro a demiti-lo? O
imbróglio no governo começou não propriamente nas reportagens da Folha sobre os
vastos “laranjais” da política brasileira, mas sim quando o vereador carioca
Carlos, filho de Bolsonaro, anunciou um
suposto “desconforto” do presidente fascista com o então Ministro Bebiano, a
partir deste momento a “temperatura subiu” e pelo Twitter o Secretário-geral
foi chamado de “mentiroso” quando tentou contornar a situação criada pelo
“número 2” do reacionário clã. A razão apresentada publicamente para explicar o
“fogo amigo” do vereador contra o “braço direito” do seu pai, seriam atritos
pessoais ocorridos no passado entre Carlos e Bebiano, uma justificativa
“singela” e que só poderá convencer ingênuos “Homer Simpsons” ou então os tolos
que creem que Jair não tinha pleno conhecimento do esquema de desvio das verbas
do TSE operado pelos principais caciques do PSL. Para entender a fundo a razão
da crise é necessário começar por conhecer a história de vida de Gustavo
Bebiano, um advogado criminalista sem nenhum passado eleitoral, mas que ganhou
força e prestígio na “cidade maravilhosa” advogando para a milícia de bandidos
que hoje controlam o tráfico na periferia carioca. O truculento Bebiano logo
“cresceu” no esquema mafioso, chegando a ser considerado o “comandante civil”
das milícias cariocas e por esta via fez sua amizade com o então deputado Jair
Bolsonaro. Bebiano passou rapidamente a condição de principal assessor político
do candidato a presidente Bolsonaro, sendo indicado pelo capitão para comandar temporariamente o PSL, enquanto o presidente
nacional Luciano Bivar tirava licença para emplacar sua candidatura a deputado
federal por Pernambuco. Com a vitória de Bolsonaro ao Planalto e do parceiro
fascista Witzel para o governo do Rio, Bebiano atingiu um “ponto de força
máxima” no Rio de Janeiro, o que teria desagradado profundamente o vereador
Carlos, que nutre pretensões de ser candidato a prefeito da capital fluminense.
Outro aspecto ainda bem mais “obscuro” e pouco revelado entre as “rusgas” do
vereador Bolsonaro e o Ministro demitido, seria o controle das próprias
milícias cariocas, intimamente ligadas tanto ao clã fascista quanto a Bebiano.
Com um primeiro desfecho da “crise Bebiano”, ficou reforçada a caracterização
de que Jair Bolsonaro não preside mais seu próprio governo, rachado e
paralisado entre a guerra fratricida de suas duas alas, “militares versus
neoliberais”. O vacilo quase “mortal” da demissão de Bebiano é a expressão
maior da profunda crise instalada no âmago do governo fascista. Agora Bebiano
se junta ao grupo dos “inimigos” do governo, chefiado pela famiglia Marinho,
aguardando somente a aprovação (ou não) da reforma neoliberal da Previdência
para desfechar o golpe terminal contra Bolsonaro e seu clã fascista.
Desgraçadamente a chamada “oposição institucional” (PT, PSOL, PCdoB) permanece
na tática da presão parlamentar de colaboração de classes à espera da eleição
de 2022, enquanto a “oposição propositiva” (PDT, PSB e REDE) afunda junto no
naufrágio do governo fascista, já que não ocorreu a “onda Bolsonaro” onde oportunisticamente
esperavam “surfar”. Cabe a vanguarda revolucionária do proletariado, ainda que
extremamente minoritária, empunhar as bandeiras da ação direta das massas no
sentido da demolição completa deste regime bonapartista de exceção.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
PENTÁGONO CONVOCA 5 MIL MILITARES PARA ATACAR A VENEZUELA: ORGANIZAR JÁ A BRIGADA DE COMBATE E SOLIDARIEDADE LEON TROTSKY! OS TROTSKISTAS NÃO PODEM SE FURTAR DA TAREFA DE DERROTAR TRUMP EM SUA AVENTURA GUERREIRISTA CONTRA O POVO VENEZUELANO!
A agressão imperialista a Venezuela é iminente. Trump acaba
de convocar 5 mil militares para atacar o governo nacionalista burguês de
Maduro. Diante desse quadro dramático, fazemos um chamado público ao conjunto
das organizações trotskistas que se colocam no campo da luta anti-imperialista
a organizarmos imediatamente a Brigada Leon Trotsky de combate e solidariedade a luta dos
trabalhadores de nosso país irmão! Convocamos em particular as correntes
trotskistas que militam no coração do monstro imperialista, os camaradas da
Spartacist League (LCI) e do Internacionalist Group (IG), que corretamente denunciam as aventuras guerreiristas do seu próprio governo contra
as nações oprimidas. Na América Latina chamamos entre outras correntes os companheiros do PO argentino
e do POR boliviano a cerrarem fileiras conosco nessa tarefa internacionalista. Esse chamado se estende a outros grupos classistas e antiimperialistas que desejem somar-se a esse combate de classe contra a investida funesta da Casa Branca. Apesar de nossas diferenças públicas com essas organizações, consideramos que
esses partidos estão no campo principista da luta contra a agressão
imperialista a Venezuela, não se perfilaram como faz vergonhosamente a LIT e a
UIT como força auxiliar de Trump e da direita. Os Morenistas e seus satélites
revisionistas defendem o “Fora Maduro” no exato momento em que a Casa Branca
incrementa o cerco político e militar a Venezuela, recorrendo aos governos
capachos de Ivan Duque na Colômbia e do neofascista Bolsonaro no Brasil para
que os dois países sejam verdadeiras bases fronteiriças voltadas a provocar uma
guerra civil sangrenta, cinicamente usando a chamada “ajuda humanitária” como
cabeça de ponte para suas intenções macabras de derrubar o governo nacionalista
burguês de Nicolás Maduro. A formação da Brigada Leon Trotsky, integrada por
militantes da LBI e demais organizações que se reclamam
revolucionárias representaria em solo venezuelano as melhores tradições da IV
Internacional. Como sabemos, o Programa de Transição aponta como uma das
tarefas centrais colocar-se incondicionalmente no campo da nação oprimida
contra o imperialismo e seus agentes internos, até mesmo de armas nas mãos!
Combater na mesma trincheira do governo Maduro, do PSUV e das organizações de
base do Chavismo contra a investida de Trump e da direita obviamente não
significa avalizar o programa de colaboração de classes do governo da
Venezuela. Trata-se de ombro a ombro, lado a lado, fuzil com fuzil, dialogar e
fazer a luta política necessária para fazer avançar a resistência
revolucionária para além do programa nacionalista burguês, propondo a
radicalização política e programática ao militantes venezuelanos que estão
dispostos a dar sua vida contra a investida imperialista. Explicaremos no curso
da luta que para vencer é primordial o armamento popular, a expropriação da
burguesia e a formação de conselhos operários para construir uma verdadeira
república socialista na Venezuela, para não cair pelas mão do imperialismo
ianque e da direita que trabalha diuturnamente para que as FFAA passem para o
campo da reação burguesa. Alertaremos que a cúpula militar se mantém ao lado de
Maduro, ou melhor no mesmo campo da “Boligurguesia”, mas esta situação de
“equilíbrio” é altamente instável e tende a se desfazer rapidamente. A direção
do PSUV sabe que se tomar a medida de amar os trabalhadores, as massas em luta
podem sair de seu controle. Irão construir seus organismos de poder autônomos,
forçar a ruptura da hierarquia militar em favor do proletariado e liquidar
fisicamente a oposição burguesa, expulsando os agentes ianques do país até
impor uma dualidade do poder dos explorados, o que colocaria na ordem do dia a
vitória de sua revolução social por fora das instituições capitalistas. A
Brigada Leon Trostsky teria o papel de discutir com os trabalhadores
venezuelanos e sua vanguarda militantes, defendendo que para triunfar contra o
imperialismo e a reação nacional não há outro caminho, a não ser da
independência de classe do proletariado: armamento já das milícias Chavistas,
avançar em medidas concretas de expropriação da burguesia nacional, passando
para classe operária o controle da produção industrial venezuelana! Aguardamos as iniciativas concretas de todos as correntes da esquerda revolucionária que estiveram na Líbia contra a agressão da OTAN na derrubada reacionária de Kadaffi assim como se colocaram na Síria contra as provocações imperialistas de seus "rebeldes" mercenários para que possamos o mais
imediatamente possível organizar do ponto de vista prático e conjunto essa
importante iniciativa bolchevique que honrará o legado deixado por nosso
chefe Bolchevique, fundador do Exército Vermelho e um combatente pelo
Internacionalismo proletário!
COMITÊ CENTRAL DA LBI
18 DE FEVEREIRO DE 2019
ATO CONTRA O ASSASSINATO DO JOVEM NEGRO NO
SUPERMERCADO EXTRA: FASCISTAS, RACISTAS...NÃO PASSARÃO! LBI DENUNCIA OFENSIVA
REACIONÁRIA CONTRA OS EXPLORADOS!
Ocorreram na tarde deste domingo (17.02) em todo país atos políticos contra o assassinato do jovem negro Pedro Gonzaga em um supermercado da rede Extra no Rio de Janeiro. A militância da LBI se fez presente nas manifestações “As vidas negras importam”. Centenas de ativistas protestaram contra a política de genocídio do povo negro pelo Estado burguês e as empresas capitalistas. Em marcha no interior do estabelecimento, foi denunciado a política de perseguição aos explorados pelos grandes grupos econômicos que caçam os “consumidores” pobres e marginalizados que não fazem o perfil social “aceitável” pelos supermercados. A manifestação vinculou o assassinato de Pedro Gonzaga a ofensiva reacionária que vem se impondo no país, como parte do ataque do governo Bolsonaro as conquistas dos trabalhadores. Não por acaso, o assassinato por um segurança do Extra ocorreu poucos dias após o Ministro da Justiça, Sérgio Moro, ter anunciado o pacote “anti-crime”, na verdade um novo ordenamento jurídico que avaliza a “licença para matar” para os policiais e seguranças privadas que justifiquem as agressões fatais alegando a “legítima defesa”. A militância da LBI interviu nas atividades afirmando a necessidade de organizar comitês de autodefesa para barrar a sanha assassina do capital contra os trabalhadores e povo pobre!
domingo, 17 de fevereiro de 2019
MEIO MILHÃO MARCHAM EM BARCELONA: NÃO À PRISÃO POLÍTICA DOS LÍDERES DA LUTA PELA INDEPENDÊNCIA DA CATALUNHA!
Cerca de 500 mil separatistas catalães marcharam neste
sábado (16.02) em Barcelona para defender a inocência de 12 de seus líderes que
estão sendo julgados por sua atuação na tentativa de independência em 2017.
“Autodeterminação não é crime” e “Liberdade para presos políticos” empunhavam
cartazes dos manifestantes. O julgamento dos 12 separatistas começou nesta
semana na franquista Suprema Corte da Espanha, em Madri. Eles estão sendo
acusados de ter ignorado a proibição de realizar um referendo de secessão e de emitir
uma declaração de independência que não recebeu reconhecimento internacional,
em outubro de 2017, por uma ação direta do imperialismo espanhol. Nove deles
são acusados de rebelião, que implica na existência de um “levante violento”
para conseguir a separação da região. A Procuradoria pede entre 16 e 25 anos de
prisão para esses nove, que já estão presos preventivamente, entre eles o
ex-vice-presidente catalão Oriol Junqueras. A Catalunha, habitada por 7 milhões
de pessoas e onde encontra-se a importante cidade de Barcelona, reivindica a
separação e a formação de um “Estado nacional”. Essa reivindicação “uniu” todas
as classes sociais da região, ainda que entre estas existam interesses
completamente opostos e irreconciliáveis. A punjante burguesia catalã deseja
fazer seus negócios independente do combalido Estado Espanhol. Por sua vez, o
proletariado e as camadas médias (pequena-burguesia) se movem em função tanto
de sua identidade cultural como na esperança de verem-se em melhores condições
de enfrentar a crise econômica que assola o conjunto da Espanha e a própria
Europa. O direito democrático a separação da Catalunha é uma reivindicação que
dever ser apoiada pelos Marxistas Revolucionários, ainda que no curso dessa
luta devemos levantar bandeiras e consignas próprias da classe operária, que
superam a simples defesa de um novo “Estado nacional”.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
NA ABERTURA DA CARAVANA DO PT COM HADDAD EM FORTALEZA,
OPOSIÇÃO DE LUTA DOS PROFESSORES REALIZA MANIFESTAÇÃO CONTRA O GOVERNADOR
CAMILO SANTANA, CIRISTA E BOLSONARISTA, QUE VEM IMPONDO A REFORMA NEOLIBERAL AO
FUNCIONALISMO PÚBLICO!
Militantes da Oposição de Luta dos Professores do Ceará, filiada a TRS, realizaram na noite desta sexta-feira, 15 de fevereiro, em frente ao Hotel Osásis Atlântico, onde realizou-se a abertura da Caravana do PT com Fernando Haddad em Fortaleza, um ato político de protesto contra o governador Camilo Santana. Camilo é um verdadeiro fantoche nas mãos de Ciro Gomes e já se comprometeu com o governo Bolsonaro em apoiar a reforma ultra-neoliberal da previdência no Congresso Nacional, orientando os parlamentares de sua base a votarem a favor desse duro ataque aos trabalhadores. O companheiro Antônio Sombra, professor da rede pública estadual de ensino e dirigente da Oposição, fez uma intervenção no carro de som denunciando os ataques do governador do Ceará. O “petista” desvinculou a assistência médica dos servidores públicos do sistema de previdência do estado, impondo uma reforma neoliberal da previdência do funcionalismo que aumenta progressivamente a contribuição de 11% até 14%, o que representa um brutal confisco nos arrochados salários da categoria. Por sua vez, o plano de saúde até então subsidiado pelo governo agora é descontado em folha, em um corte salarial direto no bolso dos trabalhadores! No seu governo a reforma da Previdência estadual foi aprovada em novembro de 2018, em votação na Assembleia Legislativa, incluindo na pauta a regulamentação do teto igual ao do INSS, de R$ 5.645,80, na aposentadoria dos servidores que passassem a integrar o funcionalismo a partir do momento em que lei passou a vigorar. Para se somar ao teto, parlamentares da base de apoio do governador Camilo aprovaram também a criação da Fundação de Previdência Social do Ceará (Cearaprev), que atuará na gestão da aposentadoria regular dos servidores, até o teto, e ainda da Fundação de Previdência Complementar do Ceará (Prevcom), para os que escolherem ganhar acima deste teto, ou seja foi introduzido no estado o malfadado sistema de capitalização, tão ansiado pelos rentistas na reforma nacional bolsonarista.
HÁ OITO ANOS TEVE INÍCIO A FARSESCA “REVOLUÇÃO ÁRABE” NA LÍBIA: DERRUBADA DO REGIME NACIONALISTA BURGUÊS DE KADAFFI PELAS MÃOS DA INTERVENÇÃO
IMPERIALISTA APLAUDIDA PELOS REVISIONISTAS DO TROTSKISMO LEVOU A BARBÁRIE
SOCIAL E ESPOLIAÇÃO ECONÔMICA DO PAÍS
Neste 15 de fevereiro completa-se oito anos das primeiras
“manifestações” pró-imperialistas que se iniciaram na Líbia em 2011 tendo como
foco principal a cidade de Benghazi, localizada no leste do país. Depois de ter
sido bombardeado pela OTAN na maior operação militar desde a II Guerra Mundial,
com as tropas das metrópoles imperialistas atuando em socorro aos “rebeldes”
mercenários que acabaram por assassinar o coronel Kadaffi, o território líbio
foi arrasado. Estima-se que mais de 200 mil pessoas foram mortas e o país
encontra-se agora divido sob o controle de grupos armados que disputam o
domínio das reservas petrolíferas. O frágil governo do CNT, títere das
potências capitalistas, na verdade não passou de um gerente que representa os
interesses das grandes transnacionais. Esses são os resultados de uma suposta
“revolução” entusiasticamente saudada pelos revisionistas do trotskismo e, de
fato, patrocinada pela Casa Branca e a União Europeia. Sem dúvidas, estamos
presenciando uma nova e turbulenta onda colonialista na região do norte da
África, rica em recursos naturais e minerais. Desde o início, apesar da intensa
campanha da mídia “murdochiana”, ficou claro que os “protestos” em Benghazi se
tratam de mobilizações reacionárias patrocinadas por forças políticas
pró-imperialistas, com a imprensa burguesa mundial amplificando seu peso social
e super-dimensionando a repressão estatal supostamente desferida. Encerrado o
capítulo da saída de Mubarak no Egito, como um rastilho de pólvora, as
“oposições” saem em cena em toda a região arábica. Em países onde sócios
menores do capital financeiro ianque demonstraram incapacidade social em
continuar do poder, a Casa Branca orientou a transição “lenta, gradual e
segura”, já que estavam ou ainda estão na lista negra do “terrorismo
internacional” o “conselho” foi armar a oposição e dotá-la de todo apoio
político na mídia mundial. Na Líbia, logo os apoiadores do antigo monarca
Idris, apeado do governo pelos coronéis em 69, foram a ponta de lança inicial
para fazer eclodir o suposto movimento de massas contra o “tirano sanguinário”
Muammar Kadaffi. Os monarquistas não tiveram muito trabalho para agrupar várias
oligarquias tribais, muitas das quais tinham estabelecido laços financeiros e
comerciais com empresas imperialistas sediadas na cidade de Benghazi. Não
demorou muito, os “rebelados” contra o caudilho nacionalista já dispunham de
sofisticadas armas pesadas que passaram a apontar contra o próprio povo líbio
que insistia em permanecer ao lado da “ditadura sanguinária” de Kadaffi. Os
primeiros confrontos resultaram em centenas de mortes de civis logo atribuídas
pela mídia imperialista ao exército regular líbio, espalham-se os boatos da
fuga de Kadaffi e da contratação de mercenários africanos pagos para defender o
regime de Trípoli. Surgem as primeiras dissidências e fissuras no campo do
regime, “nutrindo” a reacionária oposição agora composta por generais que se
venderam a OTAN, jovens yuppies funcionários das petroleiras europeias e os
pioneiros monarquistas com sua bandeira do monarca Idris. Forma-se um governo
provisório em Benghazi reconhecido pelo covil de bandidos conhecido como ONU,
que já conta com um Banco Central e até uma empresa de exportação de petróleo,
isto tudo em meio a uma guerra civil. Como sabemos muito bem, o imperialismo
ianque não costuma fornecer armas a movimentos sociais e, muito menos, colocar
suas tropas a serviço de nenhum agrupamento de rebeldes que lutam contra uma
ditadura. A história da luta de classes nos ensinou que as armas do
imperialismo servem a movimentos contrarrevolucionários, como no Vietnam, na
Nicarágua, em Cuba ou Angola só para citarmos alguns exemplos mais cristalinos.
PCO VERSUS “O CAFEZINHO”: RUI PIMENTA RECLAMA QUE SEU
“EX-COLUNISTA” SE VENDEU PARA CIRO GOMES...ESQUECEU DE DIZER QUE TAMBÉM FEZ O
MESMO EM RELAÇÃO A DILMA E SEU GOVERNO DE “COALIZÃO” COM A BURGUESIA...
Miguel do Rosário, editor do blog “O Cafezinho” e até
pouquíssimo tempo um dos “colunistas” pagos do PCO, acaba de atacar duramente
seu ex-patrocinador, Rui Costa Pimenta. A divergência reside nos elogios que
Rosário vem fazendo ao oligarca reacionário Ciro Gomes. Segundo ele “Ciro vem
sendo atacado, sabotado, xingado, pelo PT desde o início de 2018. Quando eu
comecei a escrever minhas primeiras análises sobre o ex-candidato, os petistas
(não todos, evidentemente, porém muitos) começaram a atacar também o Cafezinho,
e numa escala tal que mais parecia um linchamento”. Como o PCO montou o conto
de fadas que Lula e Gleisi são a ala esquerda perseguida no interior do PT com
o auxílio de Ciro Gomes, logo saiu a atacar seu ex-pupilo no artigo “O
Cafezinho, o rosário de Ciro Gomes”. No texto Rui Pimenta afirma: “No dia 10 de
fevereiro, O Cafezinho publicou um artigo intitulado ‘Ciro vai à guerra’ e
assinado por Miguel do Rosário. Desde o ano passado, Rosário se tornou um dos
principais defensores de Ciro Gomes, chegando até mesmo a escrever vários
artigos atacando as organizações de esquerda que eram contra o ‘plano B’ – isto
é, a desistência da candidatura de Lula – e justificando as declarações mais
direitistas do pedetista”. Em resposta Rosário, que sabe muito bem como
funcionam as relações de corrupção no interior da Frente Popular, denunciou que tamanho “esmero” do PCO em
defender a política de Lula, Dilma e do PT não tem como base nenhuma “pureza
ideológica” e sim corrupção material da seita familiar dos Pimenta. O editor do
Cafezinho foi direto ao ponto: “O PCO, novo ‘consigliere’ do PT, com suas
eternas vaquinhas, de centenas de milhares de reais, para financiar uma
campanha retórica e vazia em defesa de Lula, é a prova disso. O partido teve
microfone aberto no lançamento da candidatura do Lula. E agora, quinta-feira,
em São Paulo, na manifestação em apoio a Lula, novamente teve espaço no
microfone. Em seu site e em suas ‘análises semanais’ ataca Marcelo Freixo,
Boulos, Manuela, além, é claro, de atacar Ciro com extrema virulência; o PCO se
dá ao trabalho, até mesmo, de fazer ataques violentos ao Cafezinho. O PCO,
capanga do PT, se tornou uma das caras do petismo de hoje”. Não resta a menor
dúvida que Miguel do Rosário tem uma posição vergonhosa e direitista de apoio ao neocoronel Ciro
Gomes, mas já o tinha antes, quando era “colunista” pago do PCO até meados de
2018. A questão é que o próprio PCO não tem qualquer moral política para
criticar Rosário, na medida que Rui Pimenta lançava rasgados elogios ao chefe
da Oligarquia Gomes até pouco tempo atrás. Vejamos o que o PCO dizia de Ciro em
2016: “Em uma conferência nos EUA, o ex-ministro, Ciro Gomes (PDT), denunciou o
golpe e Eduardo Cunha, um dos principais articuladores do impeachment. Ciro
denuncia que o deputado peemedebista não chegou à presidência por acaso. Para
que Cunha chegasse, foram comprados 250 deputados para apoiá-lo, diz ele. De
fato, Ciro está certo” (DCO, 27 de abril de 2016). Na época o PCO se esmerava
na tarefa de limpar a cara de Ciro, um dos políticos mais corruptos do Brasil e
do Ceará, envolvidos em escândalos milionários quando ministro de Itamar Franco
e governador. A LBI ao contrário hoje e sempre denunciou que o “capitão da
oligarquia” Ciro Gomes, apesar de bajulado pelo PT, PCdoB e PCO e seus
satélites corruptos não passa de um inimigo de classe dos trabalhadores, um
político burguês que não vacila em reprimir as greves e perseguir os lutadores
da vanguarda classista com sua polícia e justiça a serviço da classe dominante!
Agora que Ciro ataca Lula publicamente é que o PCO acordou para o seu
verdadeiro papel canalha. Rui Pimenta também esqueceu de dizer que fez o mesmo
em relação a Dilma e seu governo de “coalizão” com a burguesia, atacando as
organizações de esquerda como a LBI que denunciavam o ajuste neoliberal levado
a cabo pela gerentona petista via o representante do rentistas em seu
governo, o Ministro da Fezenda, Joaquim Levy, hoje presidente do BNDES no governo do fascista Bolsonaro! Quando denunciamos o corte de benefícios do INSS, a restrição no seguro desemprego, a política de privatizações de aeroportos imposta pelo governo da Frente Popular, o PCO a soldo da direção lulista nos acusava de "fazer o jogo da direita contra o PT". A importante lição desse episódio
que envolve relações mercenárias dentro da esquerda é que a “vaquinha” que o
PCO embolsou na campanha do “Lula Livre” é na verdade apenas um “cafezinho” do
que a legenda oca controlada por Rui Pimenta recebia do bilionário Fundo
Partidário que o TSE usa para corromper os partidos de esquerda domesticados
diante das apodrecidas instituições do regime político burguês. Com o fim do
Fundo Partidário para as legendas que não obtiveram o coeficiente mínimo de
votos exigidos pelo TSE, o corrompido PCO e a família Pimenta buscam agora se
alimentar, como um parasita político, das sobras do Fundo “quase bilionário” do
próprio PT. Por isso não vacilam em serem satélites do PT, na medida que Causa
Operária encontra-se completamente cooptada política e materialmente pela
estratégia de colaboração de classes da Frente Popular.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
PT COMPLETA 39 ANOS: PARTIDO TRANSITOU DOS SINDICATOS PARA
GESTOR ESTATAL DA BURGUESIA, PAVIMENTANDO O CAMINHO PARA ATUAL OFENSIVA
FASCISTA... RECEBEU COMO “PROVA DE GRATIDÃO” POR SUA ESTRATÉGIA DE COLABORAÇÃO DE
CLASSES A PRISÃO POLÍTICA DE LULA
O PT completa 39 anos de existência com sua principal
liderança política, Lula, preso arbitrariamente pela famigerada Operação Lava
Jato. Os Marxistas Revolucionários analisaram as causas dessa dura
realidade. As gestões petistas à frente do governo nacional amorteceram a luta
de classes ao ponto de abrir caminho para a atual ofensiva fascista em curso no
país. Mesmo gerenciando o Estado burguês por 13 anos em favor das corporações
capitalistas foi alvo de um golpe parlamentar em 2016 e não conseguiu ser
admitido no promíscuo clube dos partidos tradicionais da ordem institucional.
Hoje seus dirigentes mais destacados são caçados como “marginais e bandidos
perigosos”, apresentados cinicamente pela grande mídia burguesa como os
responsáveis pelo “maior escândalo de corrupção da história do país”. Práticas
absolutamente ordinárias e seculares na relação entre partidos burgueses e
grandes empresas, as comissões ou chamadas de “propinas” pela midiotas, que
foram também corriqueiras nos governos de colaboração de classes do PT, são
vendidas como o “maior delito nacional” deixando o partido na completa
defensividade política! Pouco adiantou Lula repetir a exaustão que é um liberal
e nunca foi socialista, que seu governo beneficiou “pobres e ricos”, de votar
em golpistas nas eleições de 2018, fazer aliança com esses mesmos canalhas
recentemente no Parlamento... a direita burguesa não lhe deu ouvido, encarcerou
o maior líder do PT e entronou no Planalto o fascista Bolsonaro, tendo o Juiz
que ordenou a prisão de Lula, Sérgio Moro, como o verdadeiro “homem forte” da
nova gerência estatal burguesa. Esse paradoxo que perpassa a “crise
existencial” do PT é um produto acumulado de suas próprias dubiedades ao longo
de sua vida política, um partido que estampa no nome a independência de classe
e ao mesmo tempo desde sua origem rejeita categoricamente os desafios
programáticos do proletariado, como o socialismo revolucionário.
BIBI "IZQUIERDO" FERREIRA: A DIVA DA DRAMATURGIA
BRASILEIRA QUE TEVE A CORAGEM DE PROTAGONIZAR "GOTA D'ÁGUA", UM
MANIFESTO CONTRA A POLÍTICA HABITACIONAL DO REGIME MILITAR QUE INSPIROU A
CRIAÇÃO DOS "MOVIMENTOS POPULARES DE BAIRROS E FAVELAS"
“Eles pensam que
a maré vai, mas nunca volta (…) Quando eles virem invertida a correnteza, quero
ver se eles resistem à surpresa e quero saber como eles reagem à ressaca”
Os palcos brasileiros não poderão mais contar com o
protagonismo da grande diva da dramaturgia nacional, faleceu hoje (13/02) aos 96
anos Abigail Izquierdo Ferreira, nossa "eterna" BIBI FERREIRA, após
quase um século de atividade contínua no bom combate da arte teatral, como um
instrumento de reflexão crítica e ontológica da realidade social e histórica.
Bibi não era só uma atriz, filha do cânone Procópio Ferreira e nascida
literalmente em uma ribalta, estreiou com poucos meses de vida substituindo uma
boneca de porcelana que tinha sido danificada. Bibi Ferreira tinha a coragem
dos grandes artistas que assumem o campo do progressismo e da resistência, daí
surgiu sua enorme admiração pela cantora Edith Piaf, uma combatente contra a
ocupação nazista na França em plena Segunda Guerra Mundial. Foi também na luta
de resistência contra o regime militar no Brasil, que Bibi teve sua
"têmpera de coragem" forjada quando protagonizou em 1976 a peça
"Gota D'água", cuja dupla autoria contava com as assinaturas de Chico
Buarque e de Paulo Pontes, este seu último companheiro afetivo morto no final
do mesmo ano de 1976. A peça de Paulo e Chico era uma releitura do clássico
grego "Medéia", completamente voltada para a realidade brasileira,
mais especificamente o início da crise da política habitacional da Ditadura,
posta à tona com o fim do chamado "Milagre Econômico ". Logo
censurado o texto, "Gota D'Água" conseguiu estrear no teatro Teresa
Rachel (Rio de Janeiro) graças a ousadia e o próprio prestígio de Bibi que
após 116 cortes dos censores, bancou pessoalmente o espetáculo com a direção do
legendário Gianni Ratto. A peça que tinha Bibi no papel da valente Joana(
moradora do imaginário conjunto habitacional "Meio-Dia"), ficou em
cartaz de dezembro de 1975 até fevereiro de 1977 no Rio e depois seguiu para
São Paulo, onde fez mais 650 apresentações, sendo considerada uma das produções
mais longevas da história do teatro brasileiro. Na esteira do grande sucesso
político de "Gota D'Água", começaram a surgir as associações de
bairros nas principais cidades do país, questionando justamente a política das
COHAB's que "empurravam" para uma periferia desassistida milhões de
trabalhadores e desempregados pela crise capitalista. Em 1983 , Bibi voltou aos
palcos com o musical "Piaf a Vida de uma Estrela da Canção", o
espetáculo obteve grande sucesso de público e crítica, e por sua magistral
atuação recebeu os prêmios Mambembe e Molière em 1984. Foi revivendo a figura
de Edith Piaf nos palcos (não só do Brasil mas também na França) com quem Bibi
teve grande identificação, que nossa Diva do teatro ficou mais conhecida das
novas gerações. Bibi Ferreira nunca aceitou papéis em novelas, afirmava que não
se sentia à vontade vivendo personagens vazios na "telinha global".
Acreditava que seu temperamento crítico de atriz comprometida com a "arte
maior" não se adequava a interpretação de qualquer "folhetim
comercial". A maior Dama do teatro brasileiro havia anunciado sua
aposentadoria dos palcos em um post nas redes sociais em setembro do ano
passado: “Nunca pensei em parar, essa palavra nunca fez parte do meu vocabulário,
mas entender a vida é ser inteligente. Fui muito feliz com minha carreira. Me
orgulho muito de tudo que fiz. Obrigada a todos que de alguma forma estiveram
comigo, a todos que me assistiram, a todos que me acompanharam por anos e anos.
Muito obrigada!”, desta forma se despediu Bibi que agora passa a habitar o
Pantheon dos "monstros sagrados" da dramaturgia mundial.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
REACIONÁRIO STF JULGA AÇÕES SOBRE CRIMINALIZAÇÃO DA
HOMOFOBIA: NENHUMA ILUSÃO NA MÁFIA TOGADA DA JUSTIÇA BURGUESA... DEFENDAMOS NAS
RUAS O DIREITO A LIBERDADE SEXUAL COMO PARTE DA LUTA PELAS CONQUISTAS SOCIAIS E DEMOCRÁTICAS DOS TRABALHADORES!
O mafioso STF golpista começou a julgar hoje as ações que
pedem a criminalização da homofobia e da transfobia. A seção prossegue nesta
quinta-feira. Os relatores são os ministros Celso de Mello e Edson Fachin. As
ações pedem que o STF declare que o Congresso Nacional foi omisso e enquadre as
condutas acima como crime de racismo. Também solicitam que Legislativo se
pronuncie sobre o tema. A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e
Transgêneros (ABGLT) pedem a criminalização de todas as formas de ofensa,
individuais e coletivas, homicídios, agressões e discriminações motivadas pela
orientação sexual e/ou identidade de gênero, real ou suposta, da vítima. O
presidente da Corte, Dias Toffoli, recebeu parlamentares evangélicos que
pediram a retirada das ações da pauta. Depois, se encontrou com parlamentares
que pediram para manter. Paulo Lotti, representante da ABGLT afirma ter “muita
esperança” de que o Supremo reconhecerá a homofobia e a transfobia como crime.
Não temos acordo com essa posição, trata-se de patrocinar ilusão na máfia
togada reacionária do STF e da justiça burguesa. Essa “Suprema Corte”
sistematicamente ataca o conjunto do movimento operário e as liberdades
democráticas do povo trabalhador, como o direito a liberdade sexual e de
gênero! Os revolucionários intervém nos protestos e manifestações contra a
homofobia para apresentar uma plataforma revolucionária que una a luta pelas
liberdades democráticas do povo trabalhador no sistema capitalista ao combate
para derrotar a burguesia e seu regime senil de conjunto, demonstrando que as
posições reacionárias e preconceituosas são as expressões mais cruentas de seu
desejo de “eliminar” os trabalhadores por meio da fome, miséria, do desemprego
e da exploração capitalista! Fazemos um combate de classe ao racismo, à
homofobia e ao preconceito social, racial e de gênero. Nesse sentido, apoiamos
as marchas e protesto pelos direitos democráticos da comunidade LGBT, usando
como exemplo as manifestações que ocorreram no passado como icônico Stonewall
Inn. Em 1969, o bar foi palco de manifestações que marcariam o início da luta
pelos direitos LGBT, quando homossexuais que frequentavam a casa noturna
entraram em combate com a polícia durante mais de uma semana, exigindo seus
direitos civis, data que deu origem ao chamado “Orgulho Gay” nos EUA. Apesar
disso, nos delimitamos das paradas gay que são eventos cada vez mais
exclusivamente festivos, policlassistas e que mais estão para um desfile
hedonista de culto a “beleza” e ao “exótico” do que propriamente pela luta
emancipatória de um setor brutalmente oprimido da sociedade. Para se opor a
essa escalada arquirreacionária contra os direitos democráticos dos explorados
deve-se ter claro que ela é uma expressão da dura etapa de contrarrevolução e
profunda ofensiva imperialista em curso. Para derrotá-la faz-se necessário não
ter ilusões no STF e no regime democrático burguês, o caminho é tomar as ruas
em defesa dos direitos democráticos dos trabalhadores, por sua liberdade de
expressão, de orientação sexual e de organização política como parte da luta
pela liquidação do modo de produção capitalista tendo como estratégia a
imposição de seu próprio projeto de poder socialista.
13 DE FEVEREIRO DE 1989 - HÁ 30 ANOS O EXÉRCITO VERMELHO SE RETIRAVA DO AFEGANISTÃO:
OS REVOLUCIONÁRIOS APOIARAM A OCUPAÇÃO SOVIÉTICA PARA DETER O AVANÇO DO IMPERIALISMO NA FRONTEIRA DA URSS E ESTENDER AS CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO!
OS REVOLUCIONÁRIOS APOIARAM A OCUPAÇÃO SOVIÉTICA PARA DETER O AVANÇO DO IMPERIALISMO NA FRONTEIRA DA URSS E ESTENDER AS CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO!
A grande maioria das organizações de “esquerda” que defenderam
a falsa “Primavera Árabe” na Líbia e depois na Síria apoiaram a chamada “guerra
santa” contra a ocupação do Exército Vermelho no Afeganistão em 1979. Naquela
ocasião, agentes da CIA treinaram e armaram os mujaheddin (guerreiros da
liberdade) para desestabilizar o governo de frente popular, dirigido pelo
Partido Popular Democrático de Babrak Kar-mal, uma espécie de satélite político
da burocracia soviética. Por adotar medidas muito tímidas e limitadas, que
feriram interesses dos latifundiários semifeudais do Afeganistão seguidores do
Islã, como uma reforma agrária parcial e a abolição da burqa (véu muçulmano
imposto às mulheres) e da escravidão feminina, o governo frente-populista do
PPD sofreu um ataque militar dos mujaheddin apoiados pela CIA, que tencionava o
estabelecimento de um posto avançado do Pentágono na fronteira com o Estado
operário soviético. Uma posição justa do proletariado mundial deveria partir do
apoio à ocupação soviética ao Afeganistão, assim como da exigência de um
programa radical de expropriações, no caminho da extensão das conquistas de
1917 naquele país atrasado, porém integrado à produção capitalista mundial. Em 15
de fevereiro de 1989, os burocratas restauracionistas, liderados por Gorbachev
promoveram a retirada do exército soviético do Afeganistão, pactuando com os
EUA a retirada dos agentes da CIA do país e o estabelecimento de um governo
muçulmano oriundo das diversas milícias fundamentalistas que combateram os
soviéticos. Neste governo, o Taleban (formado a partir da influência da
burguesia paquistanesa sobre a região) integra-se como fração minoritária até
1995, quando, a partir da barbárie vigente surgida desde 1989, golpeia as
demais frações e concentra o poder do Estado em suas mãos. A partir do governo
central do Taleban, que controlava cerca de 90% de todo o território nacional,
Bin Laden e Al Qaeda iniciaram seu novo "combate sagrado" ao antigo
aliado: o imperialismo ianque, fundando núcleos de treinamento de guerrilha no
Afeganistão. Ficou obvio que a drástica mudança de Bin Laden, armado pela CIA
nos anos 70 e depois seu principal inimigo, teve como móvel a espoliação do
território afegão e árabe pelos grupos econômicos imperialistas, que geram a
miséria e atraso secular de toda a Ásia Central e península arábica. A pressão
política das massas e o sentimento antiimperialista obrigaram as direções
islâmicas a adotarem uma postura "radical" contra alvos
imperialistas, mas sem a conseqüência de uma luta internacional proletária
contra o capitalismo mundial. Por isso, essas direções nacionalistas burguesas
oscilam em momentos históricos, ora combatendo os interesses do proletariado,
como no caso da ocupação soviética em 79, ora combatendo o imperialismo, como
na Guerra do Golfo, ou nos enfrentamentos militares com os EUA. A ofensiva
imperialista iniciada em 89 com a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão
e, logo depois a derrubada contrarrevolucionária do Muro de Berlim, culminando
com o fim da própria URSS em 1991, pavimentou uma perspectiva de guerras de
ocupação a diversos países e, ao mesmo tempo, de fomentar contrarrevoluções
internas sob pressão dos EUA. Atualmente, como marxistas revolucionários,
apoiamos cada ofensiva sobre os agressores imperialistas e suas tropas de
ocupação no Afeganistão, postando-se em frente única, com absoluta
independência política, com as forças que enfrentam as tropas de rapina das
potências capitalistas. Cada revés sofrido pelos invasores dos EUA e da OTAN no
Afeganistão ajuda a elevar o nível de consciência do proletariado e aumenta a
sua confiança de que o imperialismo pode ser derrotado, forjando as condições
para a construção de uma autêntica direção revolucionária que lute pela
edificação do socialismo. Esses ataques representam uma resposta militar dos
povos oprimidos e suas organizações ao imperialismo, muitas vezes por meios não
convencionais de combate militar. Defendemos a unidade de ação com as forças
que estão em luta contra o imperialismo. Nesse combate consideramos justa toda
e qualquer ação de resistência armada das massas à dominação belicista das
metrópoles capitalistas sobre os povos oprimidos! Lutamos vigorosamente pela
expulsão das tropas da OTAN de toda região, impulsionando uma frente de ação
político e militar com as forças da resistência nacional afegã contra os
saqueadores imperialistas, forjando a construção do partido revolucionário para
superar as direções burguesas em suas mais variadas facetas.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
EM MEIO A TANTAS TRAGÉDIAS... UMA CHACINA NÃO GANHOU OS “HOLOFOTES” DA GRANDE MÍDIA: PM COLOCA EM PRÁTICA “PACOTE ANTI-CRIME” DE MORO E A “LICENÇA PARA MATAR” DO GOVERNADOR FASCISTA WILSON WITZEL ASSASSINANDO A SANGUE FRIO 15 JOVENS EM COMUNIDADE POBRE NO CENTRO DO RIO
Com tantas tragédias humanas correndo nos últimos dias
cobertas amplamente pela grande mídia, a chacina perpetrada pela PM no Morro de
Santa Tereza que deixou 15 jovens mortos na última sexta-feira (08.02) quase
passou “em branco”... até porque todos os mortos eram pretos e pobres acusados
de traficantes nos morros da Coroa, Fallet-Fogueteiro e dos Prazeres,
localizados no Rio Comprido e Santa Tereza. Foram assassinados a sangue frio no
interior de uma casa onde residia uma moradora que nada tem a ver com tráfico. Denúncias
de familiares sobre o contexto das mortes apontam que cerca de 20 jovens entre
14 e 22 anos já estavam encurralados dentro de uma casa quando aconteceu a
abordagem e não houve troca de tiros. Obviamente o crime não teve a “cobertura”
da morte dos atletas de base do Flamengo ou do jornalista Ricardo Boechat,
afinal tombaram a uma ação policial “justificada” pela disputa da zona entre
Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro, nada mais “natural”. Na comunidade
carioca a PM colocou em prática antecipadamente o “pacote anticrime”
apresentado pelo Juiz Moro: liberdade total para a polícia matar tendo como
álibi o “perigo iminente”, com a nova legislação a ser aprovada garantindo que
haverá nenhuma punição legal aos assassinos de farda. Esta foi a operação
policial mais violenta do Rio de Janeiro em mais de 12 anos. Em campanha e já
durante o mandato, o governador fascista Wilson Witzel prometeu uma guerra
contra os pobres. Ele já está entregando a “promessa”. Os pobres e negros do
morro no centro do Rio estirados ao chão ensanguentados não nasceram traficantes
de segunda (se é que eram), tinham idades bem parecidas dos “garotos do
flamengo”, a sua maneira também eram adolescentes cheios de sonhos como os que
perderam a vida no “Ninho do Urubu”, entraram no “time” do crime em meio a
barbárie capitalista que assola as grandes metrópoles. Foram executados dentro
de uma casa, quando estavam se rendendo aos policiais, o que fotos, relatos e
circunstâncias apontam, inclusive o macabro “socorro” prestado, o de levar os
corpos ao hospital, para “desfazer o local” e impedir a perícia. Segundo o
relato de uma moradora, quando seu filho virou-se de costas para negociar a
rendição com o grupo, agentes atiraram contra ele. “Deram um tiro nas costas.
Furaram meu filho todo. Não me respeitaram em momento nenhum, nem meu filho de
oito anos. Falou na cara do meu filho: ‘bem feito’.” A mãe também disse que os
policiais tentaram impedir que familiares entrassem na casa para identificar os
corpos. Outro familiar de dois jovens mortos afirmou à Folha que ambos eram
envolvidos com o tráfico. Contudo, declarou que os dois se entregaram e foram
mortos pelos policiais ainda assim. Fica evidente que a licença total para a PM
matar entrou em vigor, mesmo antes da legislação do ministro Sérgio Moro, já
está sendo operada na prática. O policial mata sem temor da mínima represália
legal com a justificativa de ter sido tomado por “violenta emoção”. O
justiceiro da Lava Jato, agora no cargo de Ministro da Justiça, propôs no seu
reacionário pacote o item que prevê alterações no Código Penal relativas à
legítima defesa, trata-se da possibilidade de redução ou mesmo isenção de pena
de policiais que causarem morte durante sua atividade, um verdadeiro
"tributo" aos policiais assassinos e milicianos fascistas que
integram o aparelho repressor da burguesia.
VERGONHA DO TROTSKISMO MUNDIAL: O CORROMPIDO PCO CRIA A
FICÇÃO DE QUE LULA E GLEISI SÃO A ALA ESQUERDA E PERSEGUIDA NO INTERIOR DO
PT...
Com o fim do milionário Fundo Partidário para as legendas
que não obtiveram o coeficiente mínimo de votos exigidos pelo TSE, o corrompido
PCO e sua família Pimenta buscam agora se alimentar, como um parasita político,
das sobras do Fundo "quase bilionário" do próprio PT. Todos sabem que
o PT terá direito a cerca de 100 milhões de Reais do Fundo, para gastar neste
ano corrente, sem ao menos ter despesas eleitorais para justificar, isto sem
falar também das "generosas" verbas parlamentares que tem direito como
a maior bancada na Câmara dos Deputados. De olho na farta e abundante grana que
o Estado burguês patrocina e financia os partidos da ordem institucional no
Brasil, o PCO que já há muito tempo foi cooptado política e materialmente pela
estratégia de colaboração de classes da Frente Popular, criou uma verdadeira
"fábula de Esopo" para se aproximar ainda mais da corrente hegemônica
no PT, a chamada "Articulação" fundada por Lula, José Dirceu, Luiz
Dulci, Mercadante ,João Vaccari, Vicentinho e tantos outros burocratas que
dirigem o PT com "mão de ferro " há quase quarenta anos. Neste
inacreditável "conto de fadas" criado para tolos, o Sr Pimenta tenta
convencer que Lula e sua presidente petista, Gleisi Hoffmann, seriam a
representação da ala política de esquerda do PT e que além de ser o setor mais
"combativo" do partido também sofre a "perseguição" da
suposta ala da direita, personificada no ex-governador Jaques Wagner (BA) e no
atual Camilo Santana(CE). Obviamente esta "narrativa" do PCO foi
feita para "colar se puder", na certeza de que muitos dos atuais
ativistas que votam ou simpatizam com o PT pouco ou nada sabem da história do
partido e muito menos dos meandros de sua vida interna. Em primeiro lugar
devemos refrescar a memória pouco "apimentada" do PCO, lembrando que
a ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma, a "combativa" Gleisi
Hoffmann , foi quem coordenou pessoalmente a privatização dos principais
aeroportos do país. Pois bem...na última eleição interna onde se disputou o
comando do PT, a então Senadora Gleisi foi apoiada por Lula e toda a corrente
interna "Articulação" contra o candidato da esquerda petista,
Lindbergue Farias, um dos críticos ao processo de alianças eleitorais
"amplas e irrestritas"(MDB, PSD, PP, PTB, PR etc..), defendidas
enfaticamente por Lula, Dilma, Wagner e obviamente Gleisi. Seria bom ressaltar
que a corrente "Articulação" nunca perdeu uma eleição interna na
história do PT ou da CUT, apesar da forte polarização política e da existência
de mais de uma dezena de tendências internas. Porém na fábula do Sr. Pimenta
tudo se passa de forma diferente, vejamos: " Deverão ter em mente que o
seu partido (PT) ainda se encontra refém de oportunistas reacionários e que para
mantê-lo vermelho e de esquerda, para reforçar a ala lulista e a própria
liderança de pessoas de luta, como Gleisi Hoffmann, terão de organizar-se em
uma batalha política intensa e obstinada para definitivamente tomar o poder do
Partido dos Trabalhadores." (site do PCO-12/02/19). E para "bajular
" a presidente Gleisi, o PCO arremata: "Dentro do PT, a liderança que
mais se aproxima desta política (de esquerda segundo o PCO) defendendo-a
intensamente dentro e fora do partido e que também está mais próxima da
militância que pressionou o partido para voltar à rua, é justamente a presidenta
do partido, Gleisi Hoffmann. "(idem-12/02/19). Como diz o provérbio
popular:"O papel tudo aceita", atualizada para:"A internet é
pródiga para dar voz a idiotas", Rui Pimenta afirma textualmente que Lula
e Gleisi "teriam que tomar o poder no PT", cômico até se não fosse a
expressão maior da degeneração moral e ideológica de uma organização que no
passado recente se reivindicava como "Trotskista e principista".
Algum bobo militante pode imaginar que Lula não dirige plenamente o PT de sua prisão
política em Curitiba? Algum observador político minimamente atento por acaso
não tem conhecimento que Gleisi, Haddad ou Jaques Wagner (todos criaturas
políticas da "Articulação") não tem a mínima personalidade política
sem a orientação direta de Lula? A única exceção fica por conta do governador
do Ceará, Camilo Santana, que de fato não é petista (mais além da formalidade
partidária) e sim membro orgânico do vasto grupo político de Ciro Gomes. Mas
mesmo Camilo, é ainda aceito permanecer no PT, apesar de ser pública sua
vinculação aos Ferreira Gomes, por conta do aval do próprio Lula e sua corrente
"Articulação". A prisão política de Lula é produto da falência da
estratégia de colaboração de classes, que desembocou no golpe institucional que
depôs Dilma, estratégia mantida com pleno êxito em seus oito anos de gerência
estatal em favor de grandes grupos capitalistas, porém esta mesma política
esgotou-se com a crise econômica de 2014, com os neoliberais Levy e Meirelles
conduzindo a área econômica do último governo da Frente popular. Lula, Haddad,
Gleisi, Jaques e todos os dirigentes da "Articulação" sonham em
voltar a governar aplicando o mesmo lema: "Todos ganham no meu governo, o
banqueiro e o peão! ", porém para esta ilusão dos reformistas contar com o
apoio da burguesia nacional e ganhar novamente uma eleição presidencial é
necessário um outro "boom" econômico, o que não se vislumbra na atual
conjuntura mundial. Enquanto não houver alteração no quadro internacional, Lula
amargará na cadeia a "ingratidão" das classes dominantes que lhe
deram as costas na etapa de crise, porém o PT continuará no seu papel de
amortecedor da luta de classes, recebendo do Estado capitalista um bom
"quinhão" financeiro para a manutenção de sua burocracia dirigente.
As rêmoras e os parasitas corrompidos como o PCO estão justamente de olho nas
migalhas que caem da "mesa" do PT, nem que para isso enlameiem a
bandeira da IV internacional "publicitando" a figura de traidores
como Lula, Gleisi, "Articulação" & companhia...
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
MORREU TRAGICAMENTE O JORNALISTA RICARDO BOECHAT: UM ADVERSÁRIO INTELIGENTE E ÁCIDO QUE VOCIFERAVA CONTRA A LUTA DOS TRABALHADORES MAS SE TRAVESTIA DE PROGRESSISTA... NÃO É UM DOS NOSSOS MORTOS!
Hoje, mais uma morte trágica, a do jornalista âncora do
grupo Bandeirantes, Ricardo Boechat, vítima de um acidente de helicóptero na
cidade de São Paulo. A aeronave era uma sucata, fabricada em 1975, como
certamente denunciaria o próprio jornalista, sempre ácido em suas análises. O
helicóptero era do hangar Sales, no Campo de Marte, na Zona Norte da capital
paulista, que ficou destelhado após um vendaval nas últimas semanas, ou seja,
deveria estar avariado para vôos porém mesmo assim levou o jornalista para uma
palestra empresarial do ramo farmacêutico em Campinas, quando uma pane o derrubou na altura do Rodoanel. Além disso não tinha permissão para fazer o serviço de taxi aéreo. O piloto
do helicóptero enfrentava problemas na condução da aeronave e escolheu o ponto
com o menor fluxo de veículos, que era a alça de acesso para quem saia do
rodoanel para se dirigir à rodovia quando se chocou com um caminhão. Boechat e
o piloto são vítimas da sede do lucro do capital que despreza a vida humana,
como em Brumadinho e na morte dos atletas de base do Flamengo. O jornalista,
entretanto, não era em vida uma vítima do sistema capitalista, ao contrário.
Profissional renomado, militou na juventude no PCB por influência direta do
pai, diplomata, professor e assessor da Petrobras na década de 60, que foi preso duas vezes pela ditadura. O que mudou de fato os caminhos de
Boechat foi o trabalho na grande imprensa, distanciando-se do PCB quando entrou
no ramo jornalístico, enquadrando-se em nome de fazer carreira na mídia
burguesa. A carreira começou no extinto jornal Diário de Notícias, aos 17 anos.
À época, Boechat já tinha parado de estudar e havia batido à porta da família
para vender livros, ofício que era, então, exercido pelos pais (“Meu pai se
tornou o maior vendedor da Enciclopédia Barsa no Brasil”, conta). Depois de um
ano e meio no Diário, Boechat se viu trabalhando ao lado do inventor do
colunismo social carioca, Ibrahim Sued. “Ele era um jornalista selvagem, um
animal selvagem. Ibrahim era um mau patrão e, ao modo dele, um magnífico
professor: utilizava como instrumento pedagógico o porrete, no tempo em que
chefes davam esporro em jovens na redação e isso não era visto como bullying,
assédio nem nada parecido.” Foram 14 anos ao lado de Sued; durante os nove
primeiros, Boechat não tirou férias por medo de ser demitido. Ainda assim, ele
conta que há duas pessoas por quem tem “uma gratidão filha da puta na vida, a
dona Mirtes e o Ibrahim”. Quando tinha 33 anos, em 1983, Boechat deixou o
mentor e partiu para o jornal O Globo. Completamente “entrosado” na
classe dominante, em 1987, ocupou por seis meses a secretaria de Comunicação
Social no governo do canalha Moreira Franco (PMDB), o ultra-corrupto "gato angorá", ministro tanto de Dilma
como de Temer encarregado de privatizar os aeroportos e a Eletrobras. Após o
período voltou para O Globo. Em junho de 2001, Boechat foi demitido pela mesma
família Marinho, por um grampo vazado na Veja em que ele é mostrado como
“partidário” a uma das alas de uma disputa empresarial de R$ 2 bi – Daniel
Dantas x Nelson Tanure – nas privatizações da Telemig e da Telenorte. Ele
esteve presente nos principais jornais do país, como O Globo, O Dia, O Estado
de S. Paulo e Jornal do Brasil. Foi também diretor de jornalismo na Band,
trabalhou como âncora em diversos jornais do grupo. Ganhador de três prêmios
Esso, Boechat teve uma coluna semanal na revista ISTOÉ. Teve trajetória servil
aos grandes grupos de comunicação apesar de sua performática "rebeldia". Apesar de ter ares “progressistas” e de seus
comentários ácidos contra os aspectos mais reacionários da ordem capitalista,
atacava diariamente no rádio e TV as greves dos servidores públicos e as
ocupações do MST e MTST, chamando seus militantes de “vagabundos e desocupados”.
Apoiador declarado do juiz Moro e da Operação Lava Jato, era defensor da prisão
de Lula, fazendo eco com a campanha de criminalização da esquerda. Nos últimos
dias saiu publicamente em defesa da aprovação da reforma ultra-neoliberal da
previdência. Definitivamente, Ricardo Boechat não é um dos nossos mortos, não merece
as lágrimas e a dor dos lutadores sociais, militantes que tantas vezes exigiu
“no ar” que polícia prendesse e reprimisse, usando como pretexto “desobstruir
as vias públicas ocupadas por vândalos em meio a protestos populares”. Apesar dessas posições direitistas, grande
parte da “esquerda” burguesa e domesticada o admirava pelo vigor de algumas denuncias que ele fazia contra o cerceamento a direitos democráticos, como o aborto. Os Marxistas
Revolucionários, ao contrário, sempre advertiram que era um adversário inteligente e sagaz dos
trabalhadores, jamais um aliado de nossa classe!
TRIUNVIRATO NEOLIBERAL COMANDADO POR MORO, GUEDES E ONYX JÁ GOVERNA O BRASIL NO ESGOTAMENTO PRECOCE DO PRESIDENTE FASCISTA: "A HISTÓRIA SE REPETE COMO FARSA"
Bolsonaro internado em um leito de hospital, fruto de uma
farsa montada sob medida para sua vitória eleitoral, já não governa de fato o
país. A imensa debilidade mental e política do capitão fascista (além da
ausência completa de bases sociais no seio das classes dominantes) abriu uma
crise precoce sem precedentes no interior do próprio governo recém empossado. A
severa internação hospitalar somente confirmou o que já vinha ocorrendo de fato
nas entranhas palacianas, ou seja a profunda divisão faccional entre duas alas
do poder na luta pelo controle da rédea estatal. O setor militar do governo,
não governa o país, esta constatação política inclui obviamente o próprio
presidente Bolsonaro e não somente o vice fardado e os generais ministros. A
fração bonapartista e neoliberal,
através do triunvirato Moro, Guedes e Onyx é quem de fato traça os rumos
políticos e econômicos do país. Quando nós da LBI insistíamos na caracterização
da ascendência de um novo regime bonapartista no país, iniciado com o golpe
parlamentar e finalizado com a eleição fraudulenta de Bolsonaro, nunca pensamos
que o "Bonaparte" desta etapa seria o incapaz capitão fascista, mas
sim o "justiceiro" Moro
ungindo desde Washington e com o pleno aval da burguesia nacional
iniciou a construção da "República de Curitiba", passando como um
trator por cima das instituições vigentes (STF, Congresso e a própria
Presidência da República). Moro não pôde ser o candidato preferencial da
burguesia, simplesmente porque tinha uma tarefa maior naquele momento, comandar
a fraude que inviabilizou o imbatível nome de Lula..venceu com certa facilidade
o débil fascista porém não tem condições de governar o país, nem mesmo nomeando
uma dezena de generais da mesma "estirpe" para postos importantes da
nação. O elo de ligação da burguesia nacional e do imperialismo com este
governo não é o presidente eleito, chama-se Sérgio Moro o superministro da
"Justiça e Polícia" que arrasta para um triunvirato de comando
palaciano os colegas Paulo Guedes (o porta voz dos rentistas) e Onyx
Lorenzoni (representante do baixo clero parlamentar). O isolamento do vice
general Hamilton Mourão e sua suposta fissura com Bolsonaro, na verdade
representa o "cordão sanitário" que o triunvirato neoliberal impôs a
toda ala militar do governo, onde o outro general Augusto Heleno (GSI) cumpre a
função de resguardar a segurança pessoal do presidente(a PF está sob o comando
de Moro) e garantir a permanência dos vários postos militares no primeiro e
segundo escalão do governo central. O setor militar do governo (que inclui os
filhos de Bolsonaro, apesar de não serem militares) está sob o fogo cerrado da
mídia corporativa, na outra ponta o triunvirato neoliberal goza do mais alto
prestígio para guiar as "reformas e pacotes" que alteram a Constituição
Federal e os direitos sociais conquistados. Bolsonaro e Augusto Heleno
"acuados e entrincheirados" no leito de um hospital, cenário
totalmente inverso do triunvirato governando o Brasil. Mas não é a primeira vez
na história recente do país que um triunvirato assume o poder estatal em função
da debilidade política e física de um presidente da república, estamos falando
do ano de 1969 e o personagem Artur da
Costa e Silva. Em pleno auge do regime militar instala-se uma feroz luta
fratricida no interior dos próprios generais golpistas, primeiro a
"Operação Mosquito" trata de eliminar, via um
"acidente"aéreo, o ex-presidente da república Castelo Branco,
"pai" do golpe militar e que tinha deixado o governo há pouco tempo.
O marechal Castelo Branco, descontente com os rumos do regime militar,
planejava destituir Costa e Silva(que considerava um militar
"imbecil") quando foi literalmente abatido em pleno voo de retorno
político à Brasília no fatídico ano que precedeu o AI-5. Os militares
"castelistas" não tardaram para organizar o "troco" , em
dezembro de 1969 cercaram Costa e Silva no Palácio Alvorada e o submeteram a
uma humilhação exemplar, o general não suportou a presão e logo após sofre um
grave acidente vascular (AVC), internado o presidente é considerado incapaz de governar
o país, mas não é passado o cargo ao seu vice civil Pedro Aleixo, assumindo o
Planalto então um triunvirato composto por: General Aurélio de Lira Tavares,
ministro do Exército, Almirante Augusto Rademaker, ministro da Marinha e o
Brigadeiro Márcio de Sousa Melo, ministro da Aeronáutica. Costa e Silva nunca
mais retornou a sua função presidencial e do próprio hospital seguiu direto
para o cemitério... Agora a história, como asseverou o genial Marx em seu livro
"O Dezoito Brumário de Luis Bonaparte", se repete como farsa, sendo hoje um general
impedido de assumir a presidência da república, em função de uma imposição do
atual triunvirato civil e neoliberal.... ou seria mesmo neste caso brasileiro,
de um capitão fascista idiota, uma farsa virando história?
domingo, 10 de fevereiro de 2019
A “REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO”, ANTE-SALA DA TOMADA DO PODER
PELOS BOLCHEVIQUES EM OUTUBRO: QUANDO A
DEMOCRACIA BURGUESA COMEÇA A SER SUPERADA PELA REVOLUÇÃO PROLETÁRIA!
Neste mês celebramos a “Revolução de Fevereiro” na Rússia
como parte do caminho para a vitória Bolchevique em Outubro de 1917. O resgate
do legado teórico e político como parte das lições do processo revolucionário é
de fundamental importância em nossos dias e não apenas um “exercício” de estudo
acadêmico como gostam as cátedras “marxistas” desvinculadas da luta de classes
hoje. Nesse aspecto destaca-se o método leninista de análise da luta de classes
e de construção do partido como instrumento de ação política para a
transformação revolucionária da sociedade. Não por acaso em pleno século XXI os
charlatães do Marxismo tentam “vender” o conceito de uma suposta revolução como
sendo levantes “democráticos” organizados pelo imperialismo contra “ditaduras”
nacionalistas, como vimos recentemente na mal chamada “Primavera Árabe” e agora
contra o governo de Maduro na Venezuela ou Daniel Ortega na Nicarágua. É esta
polêmica que desejamos travar aqui a partir dos debates políticos pautados no
interior do Partido Bolchevique na Rússia de 1917 e seus reflexos na política
revolucionária 102 anos depois. Os fatores históricos e sociais que fizeram
possível a Revolução de Fevereiro de 1917, prólogo da Revolução de Outubro
dirigida pelo Partido Bolchevique oito meses mais tarde, têm suas raízes
fincadas nas profundas contradições da Rússia czarista, um típico país camponês
que se incorporou à cadeia da economia capitalista mundial somente no final do
século XIX, quando os países capitalistas mais desenvolvidos da Europa e da América
do Norte já haviam ingressado na fase imperialista. O desenvolvimento
capitalista da Rússia foi favorecido por investimentos de capitais originários
da França, Inglaterra e Alemanha, que afluíram massivamente ao império dos
czares entre 1880 e 1900, possibilitando uma rápida transformação na economia e
na sociedade russa. Entretanto, o vigoroso desenvolvimento industrial que
concentrou grandes fábricas nos principais centros urbanos, se fez de tal forma
que as mais avançadas estruturas e técnicas do capitalismo coexistiam e
completavam-se com o atraso econômico no campo, onde ainda imperavam relações
semifeudais (a servidão feudal só foi abolida em 1861) e a concentração de
terras nas mãos de um punhado de latifundiários. Dessa forma, manifestavam-se
na Rússia todas as contradições características dos países capitalistas de
desenvolvimento desigual e combinado. No início do século XX a Rússia possuía a
maior população da Europa, 174 milhões de habitantes. Destes, cerca de 80%
ainda viviam no campo. A maior parte das terras estava em mãos de uma minoria
de 30.000 latifundiários, enquanto milhões de camponeses pobres viviam
miseravelmente em pequenas propriedades e outros tantos não possuíam nenhuma
terra, vendo-se obrigados a trabalhar como operários agrícolas nas terras dos
latifundiários. Esta situação condenava os camponeses à pobreza, à miséria e à
fome, conduzindo à revoltas periódicas que eram violentamente reprimidas pela
autocracia czarista.
sábado, 9 de fevereiro de 2019
O "ESTRANHO" CASO DE UM GOVERNADOR SEM OPOSIÇÃO: DO DEM AO PSOL TODOS APOIAM O FANTOCHE "PETISTA" CAMILO SANTANA...
O estado do Ceará vivencia um processo muito particular e
até certo ponto "estranho" da política nacional. Trata-se do
governador Camilo Santana, reeleito em 2018 no primeiro turno com o maior
percentual de votos de todo o Brasil. O "fenômeno" político Camilo,
um jovem ex-deputado estadual que anteriormente sequer conseguiu ser eleito
prefeito de sua cidade no interior (Barbalha), se explica com uma só assinatura:
Ciro Ferreira Gomes. Em 2014 a oligarquia Ferreira Gomes, comandada pelo irmão
mais velho Ciro, estava sendo expulsa do PSB pelo então governador de
Pernambuco o falecido Eduardo Campos, o motivo do expurgo do "ninho
socialista" era a pretensão do ex-ministro da Integração Nacional do
governo Lula pretender para si a indicação do partido para disputar a
presidência da república. Com o controle pleno do PSB em nível nacional não foi
difícil para Eduardo Campos apontar a porta da rua do seu partido para os
Ferreira Gomes. Ciro então adota uma estratégia bem inteligente no complexo
xadrez da política nacional, sem chance de conseguir a indicação eleitoral de
algum partido da "esquerda" burguesa para o Planalto em 2014 (PT, PDT
e REDE já tinham fechado questão), os Ferreira Gomes decidem por se
"pulverizar" em vários partidos, no sentido de obter o controle
posterior das legendas. Ciro e o irmão Cid se abrigam no PROS, o prefeito de
Fortaleza, Roberto Claudio vai para o PDT e então deputado estadual Camilo
Santana se firma no PT disputando a eleição para o governo do estadual em 2014.
Dilma e Camilo fazem uma "dobradinha" no Ceará e ambos são bem
sucedidos eleitoralmente, é neste momento que Ciro e seu grupo prepara o
desembarque unificado no PT, saindo do PROS e do PDT. Porém no "meio do
caminho dos Ferreira Gomes havia uma pedra", já bem no início de 2015
estoura a crise da operação "Lava Jato", levando segmentos da
população para pedir o "Fora Dilma" nas ruas do país.. estava claro
que o governo central do PT não se sustentaria por muito tempo. Mesmo já tendo
o controle do PT cearense e o aval da presidente Dilma, Ciro decide recuar do
plano original e negocia sua entrada no PDT, sem resistência do venal Carlos
Lupi seu grupo oligárquico assume facilmente o comando nacional do partido
brizolista em meados de 2015, mas resolve ainda deixar uma "ponta" no
PT: o governador Camilo Santana e outras "lideranças" de menor porte.
Em 2016, um setor dos "Ciristas" se transfere regionalmente para o
PSB, PSD e PP, além de buscarem alianças com o PTB,DEM,PR, PROS, PCdoB e até o
PSDB, com o suporte financeiro do governo do Ceará e de grandes grupos
econômicos da região os Ferreira Gomes passaram a controlar 100% das legendas
do estado, um "trunfo peculiar" da política burguesa nacional. Apesar
de atualmente Ciro girar claramente sua rota eleitoral para ocupar o espectro da
"centro-direta", com o vazio político deixado pela crise do PSDB, a
oligarquia Gomes continua com o "pé atolado" no PT cearense, contando
com toda a cumplicidade dos petistas da cúpula nacional do partido. O
governador "petista" Camilo Santana não faz questão de esconder sua
profunda simpatia com o governo neofascista Bolsonaro, estabelecendo parcerias
em torno da aprovação da famigerada "reforma da previdência" e do
"pacote anticrime" do bonaparte Sergio Moro, tudo sob o silêncio sepulcral
da presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann. Nesta altura do texto alguém
poderia perguntar, onde entra o PSOL nesta conjuntura reacionária de total
"convergência estadual" com a oligarquia burguesa dos Gomes? O PSOL
cearense possui um deputado estadual, Renato Rosendo (ligado a tendência interna
"Insurgência"), reeleito em 2018 com o apoio político do presidente
da Assembleia Legislativa, o veterano Zezinho Albuquerque (filiado ao PDT, mas
que também controla o PP) que na tribuna do parlamento cearense declarou que o
psolista não era oposição ao governo Camilo e tampouco "criava
problemas" para o grupo "cirista" na Casa. Sem oposição
parlamentar, e com a valorosa "contribuição" do PT, PCdoB e PSOL, o fantoche Camilo
Santana "passeia" livremente da "direita até a esquerda"
para atacar as conquistas do funcionalismo do Estado e "facilitar" as
pretensões palacianas de seu "padrinho" político Ciro Gomes,
empenhado agora em colaborar com o presidente neofascista e suas reformas
neoliberais.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
DEZ JOVENS MORTOS EM INCÊNDIO NO “NINHO DO URUBU” DO FLAMENGO: MILHÕES DE REAIS PARA A CONTRATAÇÃO DE “CRAQUES” MERCENÁRIOS...CENTAVOS PARA O SUCATEADO ALOJAMENTO DOS ATLETAS DE BASE
Dez jovens morreram em função de um incêndio no alojamento
das categorias de base do Flamengo no Ninho do Urubu, em Vargem Grande, na manhã
desta sexta-feira, 08. Atletas de base do clube estão entre os mortos. As chamas
atingiram as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos que não
residiam no Rio. O Centro de Treinamento Presidente George Helal, conhecido
como Ninho do Urubu, é considerado um dos mais modernos da América Latina. Com
sua inauguração em 2018, a
estrutura pré-existente antiga e precária, ou seja, totalmente sucateada e semiabandonada,
foi deixada para as categorias de base, um verdadeiro depósito para guardar quinquilharias do clube. Para se ter uma ideia o dormitório que pegou fogo era um contêiner sem autorização da prefeitura para funcionar para esse fim, muito menos alvará do corpo de bombeiros. O local é na área antiga do Centro de
Treinamento, onde ficava hoje o alojamento dos meninos das categorias de base.
Segundo o registro dos bombeiros, a primeira chamada aconteceu as 5h17 e devido
ao temporal do dia anterior poderia ter dificultado a circulação dos carros dos
Bombeiros na região de Vargem Grande. Em resumo, o Flamengo que tem o elenco
mais caro dos times profissionais do Brasil, pagando milhões para a contratação
de “craques” mercenários, destinava quase nada para a estrutura de treinamento para
os jovens atletas, a grande maioria vinda da periferia do Rio de Janeiro, do interior fluminense e de outros estado do país, principalmente do Nordeste. Trata-se da lógica capitalista do futebol negócio onde
o jogador só tem importância quando encontra-se bem cotado no mercado mundial da bola,
como foi o caso de Vinícius Júnior. Enquanto o “glamour” e o estrelato não vem e
são para alguns poucos, a esmagadora maioria dos atletas de base são submetidos a situações
humilhantes em um clube que tem uma receita milionária. Nossa solidariedade para
com as famílias dos atletas e nosso mais profundo repúdio a diretoria venal do
Flamengo que trata seus jogadores de base desta forma absurda e relega as instalações que estes treinam
sem investimento e segurança! Como amantes do futebol denunciamos mais esse
crime em nome do lucro no esporte em detrimento a vida dos atletas e jogadores!
CÚPULA DE MONTEVIDÉU SOBRE A CRISE NA VENEZUELA: SOCIAL
DEMOCRACIA SE UNE A DIREITA EUROPEIA EXIGINDO A RETIRADA IMEDIATA DE NICOLÁS
MADURO
Países membros da União Europeia e cinco nações da América
Latina, reunidos nesta quinta-feira (7/02) em Montevidéu no Uruguai, no chamado
"Grupo de Contato Internacional" (GCI), exigiram a realização de
eleições presidenciais "críveis" na Venezuela e o fim da
"repressão e das violações dos direitos humanos". A iniciativa da
formação do GCI partiu de governos europeus (Sociais Democratas e neoliberais de
direita) em conjunto com algumas lideranças da esquerda latino-americana, como
México, Uruguai e Bolivia, que buscam pressionar pela saída do presidente
Nicolas Maduro pela "via democrática", como uma alternativa a
intervenção militar planejada pela Casa Branca em Washington. O ministro das
Relações Exteriores do governo Social Democrata português, Augusto Santos
Silva,definiu assim o encontro: "A reunião do Grupo de Contato
Internacional (GCI) em Montevidéu, no Uruguai, foi positiva e os participantes
concordaram com a necessidade de uma nova eleição presidencial conduzida
através de um processo eleitoral confiável." O ex-presidente do Uruguai,
Pepe Mujica, representando a esquerda burguesa latino-americana endossou a
mesma linha política: "O ideal para resolver a situação da Venezuela é
realizar eleições nas quais nem o presidente Nicolás Maduro, nem o líder da
oposição Juan Guaidó, venham a participar." O emissário do governo de Evo
Morales, o chanceler Diego Pary, afirmou: "A Bolívia quer um diálogo sem
condições. Quem deve definir o que vão debater e o que discutir devem ser os
venezuelanos. São os venezuelanos que devem resolver qual é o caminho". A
resolução final da cúpula de Montevideu deliberou: "O Grupo de Contato
Internacional decidiu que enviará uma missão técnica à Venezuela para avançar
com o processo eleitoral como solução pacífica para sair da crise no país. Os
países do bloco também querem explorar a melhor forma possível de enviar ajuda
humanitária ao país." Em resumo poderíamos definir que o "apoio"
dado pelo GCI ao governo da Venezuela, do qual o governo neofascista brasileiro
não participa, é o caminho mais curto para uma vergonhosa capitulação política
do legítimo presidente Nicolas Maduro. Esta é exatamente a função política da
Social Democracia e da esquerda burguesa latino-americana na crise venezuelana,
restaurar plenamente a estabilidade da ordem capitalista e coordenar a
"transição democrática" para uma retirada de cena do regime Chavista
e das conquistas nacionais do proletariado industrial. Os Marxistas Leninistas
que lutam ombro a ombro com o governo Maduro contra a intervenção golpista do
imperialismo ianque no país, não nutrem a menor ilusão na plataforma
programática do Chavismo, alertando sempre as massas da forte tendência de
capitulação do nacionalismo burguês. A única alternativa realmente socialista e
progressiva diante da crise econômica e social instalada na Venezuela é a
expropriação completa dos monopólios burgueses e o controle operário da
produção industrial do país. Esta tarefa histórica não será realizada pelo
Chavismo, pelo seus próprios vínculos com setores da classe dominante, somente
a classe operária organizada de forma independente e fortemente armada poderá
conduzir a derrota do golpismo ianque e estabelecer a Ditadura do Proletariado!
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
“LULA TÁ PRESO BABACA!”:
O VELHACO OLIGARCA REACIONÁRIO CIRO ATACA LULA ENQUANTO SEU VENTRÍLOQUO, O GOVERNADOR CAMILO SANTANA, É A PRINCIPAL LIDERANÇA DO PT NO CEARÁ
O VELHACO OLIGARCA REACIONÁRIO CIRO ATACA LULA ENQUANTO SEU VENTRÍLOQUO, O GOVERNADOR CAMILO SANTANA, É A PRINCIPAL LIDERANÇA DO PT NO CEARÁ
Ciro Gomes repetiu o que fez seu irmão Cid no segundo turno
das eleições e atacou Lula nesta quinta-feira (7), durante a Bienal da UNE, em
Salvador, organizada pelo PCdoB que é parceiro do PDT no bloco parlamentar que
apoiou Rodrigo Maia (PMDB) na sua reeleição para presidir a Câmara dos
Deputados. “O Lula tá preso, ô babaca”, gritou o chefe da Oligarquia Gomes por
duas vezes. Ciro gritou para os estudantes: “Eu não sou corrupto. Eu tô solto!
É o Lula que está preso, babaca! O Lula tá preso, ô babaca! Provocou, vai
ouvir”. A plateia devolveu com o coro de “Lula livre” mas a verdade é que a
direção do PT não esboça reação aos ataques de Ciro e, muito menos, a conduta
vergonhosa do governador Camilo Santana que sempre sai em defesa de seu chefe reacionário porque o partido encontra-se
completamente corrompido pela oligarquia Gomes no Ceará. A direção do PT local
foi indicada diretamente pelos irmãos Gomes e seus membros ocupam cargos
importantes no governo e no parlamento. Camilo é a maior liderança do PT no
Ceará atualmente e sempre foi uma marionete da Oligarquia Gomes no interior do
partido com o aval de Lula, nessa função levou o PT do Ceará a ser uma
sublegenda dos irmãos Gomes, com quadros petistas ocupando cargos no governo
estadual, fazendo negociatas milionárias e não abrindo a boca mesmo quando Ciro
e Cid atacam duramente Lula. Camilo, um político anteriormente sem expressão e
até pouco tempo neófito no petismo, é uma cria dos acordos do PT com o setor da
burguesia representado por Ciro e Cid, “aliados” que se voltam contra Lula e a
Frente Popular quando lhes é conveniente, no momento por exemplo, quando o PDT
se aproxima do governo Bolsonaro e de Moro. Os únicos que ainda ficam
boquiabertos com os seguidos ataques de Ciro e Cid é a base eleitoral da Frente
Popular que até pouco tempo acreditava na “fidelidade” de seu parceiro do PDT.
Foi isso que aconteceu novamente na Bienal da UNE. Repetimos que o PT é
responsável por esse cenário de desmoralização política, ao apresentar uma das
mais reacionárias oligarquias como aliada, ao entregar o partido no Ceará ao
controle desses canalhas, ao deixar que um ventríloquo dos Gomes, Camilo
Santana, sob a base da corrupção e negociatas utilize a legenda petista em
favor dessa dupla de vigaristas políticos burgueses com longa trajetória na
direita que agora se aproxima do fascista Bolsonaro e do neoBonaparte Moro,
apoiando inclusive a ultra-neoliberal reforma da previdência.
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