O famigerado “Grupo de Lima” reunido em Bogotá nesta
segunda-feira (25/02) reconheceu a derrota política e militar da operação
“Caballo de Troya”, admitindo na prática que o “Dia D” entrará para a história
dos fiascos imperialistas como o “D”da derrota do tresloucado Trump. Os
governos fantoches do Grupo de Lima
“afinaram“ o discurso guerreirista antes vocalizado pela Casa Branca
contra Maduro e agora passaram a falar que: ”A transição à democracia na
Venezuela deve ser conduzida pelos próprios venezuelanos pacificamente apoiada
por meios políticos e diplomáticos sem o uso da força.” A razão da mudança
formal na posição dos lacaios do imperialismo ianque é óbvia, não foram obtidas
as mínimas condições políticas para um golpe de Estado na Venezuela, o que conduziria
uma agressão militar externa para uma rotunda derrota em todos os campos
possíveis, diplomático, político e militar. Um elemento fundamental que
“travou” a ação provocadora pretendida pelos mais reacionários aventureiros,
como o “capitão” Bolsonaro e seu lunático chanceler, foi o completo
sucateamento das FFAA brasileiras, totalmente desequipadas para qualquer
atitude bélica contra a Venezuela, desta forma os comandantes militares
desautorizando o presidente fascista vetaram o deslocamento de tropas para
Roraima, além da constatação de que a FAB não possuí caças que fizessem frente
aos poderosos jatos Sukhoi da Venezuela e tampouco sua moderna bateria
antiaérea. No Grupo de Lima coube ao vice, general Mourão, colocar os “novos
termos” das ameaças contra o regime Chavista, chamando Maduro de
"criminoso" afirmou:”Que não se deve ter medo de buscar sanções ao
regime chavista, mas deve-se seguir a linha de não intervenção. Para nós, a
opção militar nunca foi uma opção. O Brasil sempre defende soluções pacíficas
para qualquer problema que ocorra nos países vizinhos". Outro vice
presente em Bogotá, o sub-chefe da Quadrilha de Lima, Mike Pence, apesar de
ainda manter o discurso de “todas as opções estão sobre a mesa” realinhou a
posição de Washington no sentido das sanções econômicas: “Fazemos um chamado a
todas as nações do Grupo Lima para que congelem imediatamente os ativos da
PDVSA. Em segundo lugar, transfiram a posse de bens venezuelanos em seu país
dos capangas de Maduro para o governo do presidente Guaidó". A grande
expectativa neste momento se concentra sobre um possível retorno do
“autoproclamado” Guaidó a Venezuela, já que existia uma ordem judicial
proibindo a saída do país do fantoche da Casa Branca. Maduro como líder de um
regime burguês até agora permitiu todo o trânsito político e financeiro da
oposição direitista, além de garantir a propriedade de todos os golpistas,
apesar destes criminosos promoverem o
desabastecimento contra a população pobre do país, em especial as comunidades
indígenas das regiões fronteiriças. Caso Guaidó e suas hordas fascistas
continuem a patrocinar livremente o golpismo pelo país, não está descartada que
ocorra uma repetição da “onda de protestos” contra o regime chavista,
fomentando novamente a ameaça de um ataque militar do imperialismo ianque. Se é
verdade que Maduro obteve uma espetacular vitória contra a grotesca operação
“Caballo de Troya”, também é certo de que a manutenção de sua linha política de
colaboração de classes (modo de produção capitalista) levará mais cedo ou tarde
a derrota histórica do regime nacionalista burguês que encabeça após o
assassinato de Hugo Chávez.