segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

TRIUNVIRATO NEOLIBERAL COMANDADO POR MORO, GUEDES E ONYX JÁ GOVERNA O BRASIL NO ESGOTAMENTO PRECOCE DO PRESIDENTE FASCISTA: "A HISTÓRIA SE REPETE COMO FARSA"


Bolsonaro internado em um leito de hospital, fruto de uma farsa montada sob medida para sua vitória eleitoral, já não governa de fato o país. A imensa debilidade mental e política do capitão fascista (além da ausência completa de bases sociais no seio das classes dominantes) abriu uma crise precoce sem precedentes no interior do próprio governo recém empossado. A severa internação hospitalar somente confirmou o que já vinha ocorrendo de fato nas entranhas palacianas, ou seja a profunda divisão faccional entre duas alas do poder na luta pelo controle da rédea estatal. O setor militar do governo, não governa o país, esta constatação política inclui obviamente o próprio presidente Bolsonaro e não somente o vice fardado e os generais ministros. A fração bonapartista e  neoliberal, através do triunvirato Moro, Guedes e Onyx é quem de fato traça os rumos políticos e econômicos do país. Quando nós da LBI insistíamos na caracterização da ascendência de um novo regime bonapartista no país, iniciado com o golpe parlamentar e finalizado com a eleição fraudulenta de Bolsonaro, nunca pensamos que o "Bonaparte" desta etapa seria o incapaz capitão fascista, mas sim o "justiceiro" Moro  ungindo desde Washington e com o pleno aval da burguesia nacional iniciou a construção da "República de Curitiba", passando como um trator por cima das instituições vigentes (STF, Congresso e a própria Presidência da República). Moro não pôde ser o candidato preferencial da burguesia, simplesmente porque tinha uma tarefa maior naquele momento, comandar a fraude que inviabilizou o imbatível nome de Lula..venceu com certa facilidade o débil fascista porém não tem condições de governar o país, nem mesmo nomeando uma dezena de generais da mesma "estirpe" para postos importantes da nação. O elo de ligação da burguesia nacional e do imperialismo com este governo não é o presidente eleito, chama-se Sérgio Moro o superministro da "Justiça e Polícia" que arrasta para um triunvirato de comando palaciano os colegas Paulo Guedes (o porta voz dos rentistas) e Onyx Lorenzoni (representante do baixo clero parlamentar). O isolamento do vice general Hamilton Mourão e sua suposta fissura com Bolsonaro, na verdade representa o "cordão sanitário" que o triunvirato neoliberal impôs a toda ala militar do governo, onde o outro general Augusto Heleno (GSI) cumpre a função de resguardar a segurança pessoal do presidente(a PF está sob o comando de Moro) e garantir a permanência dos vários postos militares no primeiro e segundo escalão do governo central. O setor militar do governo (que inclui os filhos de Bolsonaro, apesar de não serem militares) está sob o fogo cerrado da mídia corporativa, na outra ponta o triunvirato neoliberal goza do mais alto prestígio para guiar as "reformas e pacotes" que alteram a Constituição Federal e os direitos sociais conquistados. Bolsonaro e Augusto Heleno "acuados e entrincheirados" no leito de um hospital, cenário totalmente inverso do triunvirato governando o Brasil. Mas não é a primeira vez na história recente do país que um triunvirato assume o poder estatal em função da debilidade política e física de um presidente da república, estamos falando do ano de 1969 e o personagem  Artur da Costa e Silva. Em pleno auge do regime militar instala-se uma feroz luta fratricida no interior dos próprios generais golpistas, primeiro a "Operação Mosquito" trata de eliminar, via um "acidente"aéreo, o ex-presidente da república Castelo Branco, "pai" do golpe militar e que tinha deixado o governo há pouco tempo. O marechal Castelo Branco, descontente com os rumos do regime militar, planejava destituir Costa e Silva(que considerava um militar "imbecil") quando foi literalmente abatido em pleno voo de retorno político à Brasília no fatídico ano que precedeu o AI-5. Os militares "castelistas" não tardaram para organizar o "troco" , em dezembro de 1969 cercaram Costa e Silva no Palácio Alvorada e o submeteram a uma humilhação exemplar, o general não suportou a presão e logo após sofre um grave acidente vascular (AVC), internado o presidente é considerado incapaz de governar o país, mas não é passado o cargo ao seu vice civil Pedro Aleixo, assumindo o Planalto então um triunvirato composto por: General Aurélio de Lira Tavares, ministro do Exército, Almirante Augusto Rademaker, ministro da Marinha e o Brigadeiro Márcio de Sousa Melo, ministro da Aeronáutica. Costa e Silva nunca mais retornou a sua função presidencial e do próprio hospital seguiu direto para o cemitério... Agora a história, como asseverou o genial Marx em seu livro "O Dezoito Brumário de Luis Bonaparte", se  repete como farsa, sendo hoje um general impedido de assumir a presidência da república, em função de uma imposição do atual triunvirato civil e neoliberal.... ou seria mesmo neste caso brasileiro, de um capitão fascista idiota, uma farsa virando história?