O Ministério da Educação (MEC), comandado por Ricardo Vélez
Rodríguez, menino de recados do nazista Olavo de Carvalho, enviou para todas as
escolas públicas e privadas do país uma diretriz solicitando que “professores,
alunos e demais funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do
Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional”.
Além disso, o lixo fascista ordena para que fosse lida uma carta de Vélez que
dizia o seguinte: “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e
celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa
escola pelos professores, em benefício de você, alunos, que constituem a nova
geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!”. A palavra de ordem no
final da carta foi utilizada ao longo da campanha de neofascista Bolsonaro. A
mensagem ainda solicita “que um representante da escola filme (pode ser com
celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do Hino Nacional. E
que, em seguida, envie o arquivo de vídeo (em tamanho menor do que 25 MB) com
os dados da escola”. As imagens deveriam ser enviadas para os correios
eletrônicos da assessoria de imprensa do próprio MEC e da Secretaria Especial
de Comunicação Social da Presidência da República. Trata-se da imposição das
“Escola com Nazismo” na rede de ensino nacional pública e privada. Ainda por
cima institucionaliza a figura de “olheiros” dentro as escolas, verdadeiros
agentes e espiões no interior da comunidade escolar como objetivo de criar uma
“Juventude Bolsonarista”. Essa horda reacionária instalada no MEC tem como
objetivo doutrinar ideologicamente os estudantes com valores e símbolos
“nacionais” da classe dominante (como o Hino e a Bandeira) que abrem de fato
caminho para a fascistização das relações dentro da escola, copiam de forma
bastarda Hitler e Mussolini. Por sua vez, seu objetivo é perseguir os
trabalhadores em educação que estão comprometidos com a luta dos trabalhadores
e defendem na sala de aula conteúdos que levam a reflexão da realidade de exploração
do capitalismo sobre as condições de vida de nosso povo. Com a eleição de
Bolsonaro esse ataque a liberdade de expressão e do ensino vem se
incrementando. Bolsonaro e Ricardo Vélez Rodríguez possuem uma ideologia, a do
nazismo e seu "partido", eles têm lado, o da burguesia, do capital e
da reação capitalista! Ela é formada e sustentada pelos setores mais
reacionários que existem na sociedade dividida em classes. Ao contrario desses
canalhas faz-se necessário inverter a ordem, a educação deve estar a serviço da
classe trabalhadora e não dos capitalistas. Defendemos uma escola pública,
gratuita e laica, em que professores e estudantes tenham liberdade de
expressão, de pensamento, de organização para a luta. Não as diretrizes
nazistas do MEC, fora os espiões bolsonaristas das escolas! Não custa lembrar que Vélez é um dos ministros indicados por Olavo de Carvalho, guru da extrema direita brasileira. Ambos defendem acabar com uma suposta “doutrinação ideológica marxista” sobre os 48,6 milhões de estudantes matriculados nas escolas da educação básica e os 8,3 milhões de alunos do ensino superior (dados do último Censo Escolar, de 2017). Desde que foi empossado, Vélez já defendeu a volta da disciplina de moral e cívica no curriculum do ensino fundamental. Além do próprio titular da pasta, os seguidores nazistas de Olavo de Carvalho são Carlos Nadalim e Murilo Resende ocupam, respectivamente, a Secretaria Especial da Alfabetização e a direção da Avaliação da Educação Básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). A Oposição de Luta dos Professores impulsionada pela LBI é completamente contrária as imposições do MEC e compreende que somente a luta direta dos professores, estudantes e trabalhadores pode barrar esse ataque que visa restringir a liberdade de expressão nas escolas impondo um código de conduta de claro perfil fascista e retrógrado. Tal investida deve
ser respondida com a mobilização dos trabalhadores em educação em todo país,
que já marcaram em 8 de março um dia de protesto nacional contra as medidas
nazistas exigidas pelo MEC.