DIAS TOFFOLI, ALA ESQUERDA DO BOLSONARISMO, INTERVÉM NA DISPUTA INTERNA DO SENADO:
A SENTENÇA DO VOTO ABERTO IMPOSTA PELO STF BATE DE FRENTE COM ONYX LORENZZONI E SEU CANDIDATO DAVI...
A SENTENÇA DO VOTO ABERTO IMPOSTA PELO STF BATE DE FRENTE COM ONYX LORENZZONI E SEU CANDIDATO DAVI...
Dias Toffoli na condição de presidente do STF entrou com tudo na briga intestinal pelo controle do Senado, assumindo abertamente o mesmo campo de batalha de Renan Calheiros determinou o seguinte golpe na candidatura do inexpressivo senador amapaense Davi Alcolumbre: "Declaro a nulidade do processo de votação da questão de ordem submetida ao plenário pelo senador da República Davi Alcolumbre, a respeito da forma de votação para os cargos da Mesa Diretora. Comunique-se, com urgência, por meio expedito, o senador da República José Maranhão, que, conforme anunciado publicamente, presidirá os trabalhos na sessão marcada para amanhã (sábado)". Com Toffoli do seu lado, Renan tem agora alguma chance de "virar o jogo" em uma eleição que estava praticamente perdida na sexta-feira(01/02) em função da ofensiva total do Ministro Onyx Lorenzoni, o principal articulador político do gabinete neofascista de Bolsonaro. Como já vínhamos caracterizando anteriormente, abriu-se uma feroz disputa no interior do regime bonapartista entre duas alas principais: de um lado o setor militar comandado pelo General Augusto Heleno (GSI), contando com o suporte de Dias Toffoli presidente do STF. Do outro lado o setor neorentista liderado pelos ministros Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, que está aliado ao "justiceiro" Sérgio Moro. O pano de fundo do "litígio" é logicamente o comando central das decisões estratégicas do governo Bolsonaro, já que a presidência da república está praticamente acéfala. Uma vitória do calejado Renan Calheiros significará um retraso considerável nos planos de Guedes em acelerar ao máximo a pauta das reformas neoliberais, embora o senador alagoano( que conta inclusive com o apoio do PT) tenha afirmado publicamente seu compromisso com o duro "ajuste" exigido pelo mercado financeiro. Em poucas horas saberemos o resultado da "queda de braço" instalada no Senado da República, mas vença Renan ou Davi um questão é certa: perdem os trabalhadores brasileiros que enfrentaram a instituição maior do poder legislativo à serviço do grande capital.