Um debate “envergonhado”, ainda travado nos bastidores da esquerda, vem ganhando “musculatura” neste início de governo neofascista. A famiglia Marinho e seu império de comunicação corporativa vem “batendo” sistematicamente no clã Bolsonaro, seja na forma da denúncia de escândalos recorrentes como o “Caso Queiroz”, ou pela via das “trapalhadas” de sua anturragem estatal mais estúpida, como os ministros Araújo e Damares. A postura “agressiva” da Globo em relação ao “capitão” presidente, que optou por dar um canal preferencial de “contato” aos concorrentes diretos dos Marinho, vem despertando simpatia política no interior da esquerda reformista, em particular nos quadros dirigentes do PT, PSOL e PCdoB. É absolutamente correto afirmar que Jair não era o “candidato dos sonhos” da famiglia Marinho, desde o golpe institucional que derrubou Dilma a Globo trabalhou a figura do justiceiro Sérgio Moro como o nome para inaugurar o ciclo histórico pós PT. Também não é segredo para ninguém que foram os Marinho que tomaram a iniciativa de conspirar junto a cúpula do MDB todo o processo do impeachment, para logo depois da posse de Temer iniciar uma oposição “agressiva” ao governo tampão, em um paralelo muito similar ao que ocorre atualmente em relação a Bolsonaro. Na linha do tempo, o trabalho sujo da Globo foi quase todo exitoso, desde o golpe, passando pela prisão absurda de Lula até a derrota eleitoral fraudulenta do PT em 2018, porém faltou emplacar o presidente da república desejado pelo establishment, tiveram que engolir não o “sapo barbudo” mas a “mula imberbe”... Bolsonaro assumiu o Planalto prometendo ao bispo ”Universal” Macedo transformar sua Rede Record no meio de comunicação hegemônico no país, sonhou repetir o processo que desbancou o colossal poderio da TV Tupi em favor da Globo, logo após o golpe militar de 64. É evidente que o capitão não poderá entregar a “encomenda” comprada por Edir Macedo, mas o simples fato do presidente vetar a Globo em seus “furos de comunicação” , levou a fúria dos Marinho que buscam “encurtar” ao máximo a permanência de Bolsonaro no Palácio do Planalto. Mas tentar “encurtar” o tempo de mandato de Bolsonaro não significa o mesmo que impulsionar uma oposição frontal ao governo do PSL. A famiglia Marinho apoia integralmente o setor do governo que identifica-se com a plataforma dos rentistas do mercado financeiro, exatamente o triunvirato neoliberal, composto por Guedes, Moro e Onyx. Por esta razão a Globo está na linha de frente no suporte midiático as reformas neoliberais do governo, em particular a contrarreforma da previdência social e a política de privatização das estatais. O “flerte” político que os dirigentes do PT, PSOL e PCdoB estão iniciando com os Marinho, de olho no debacle eleitoral de Bolsonaro em 2022 ou bem antes disto, é absolutamente criminoso, não por coincidência a Frente Popular não mobiliza o proletariado, pelo método da ação direta, contra a malfada reforma da previdência. Trocar a aprovação das reformas pela volta de Lula ao Planalto, como insinua a direção do PT em conchavo com os Marinho, configura uma traição de classe em seu mais alto nível de capitulação histórica diante da burguesia.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
UMA POLÊMICA COM O REFORMISMO: SERÁ MESMO QUE A GLOBO FAZ OPOSIÇÃO AO GOVERNO BOLSONARO?
Um debate “envergonhado”, ainda travado nos bastidores da esquerda, vem ganhando “musculatura” neste início de governo neofascista. A famiglia Marinho e seu império de comunicação corporativa vem “batendo” sistematicamente no clã Bolsonaro, seja na forma da denúncia de escândalos recorrentes como o “Caso Queiroz”, ou pela via das “trapalhadas” de sua anturragem estatal mais estúpida, como os ministros Araújo e Damares. A postura “agressiva” da Globo em relação ao “capitão” presidente, que optou por dar um canal preferencial de “contato” aos concorrentes diretos dos Marinho, vem despertando simpatia política no interior da esquerda reformista, em particular nos quadros dirigentes do PT, PSOL e PCdoB. É absolutamente correto afirmar que Jair não era o “candidato dos sonhos” da famiglia Marinho, desde o golpe institucional que derrubou Dilma a Globo trabalhou a figura do justiceiro Sérgio Moro como o nome para inaugurar o ciclo histórico pós PT. Também não é segredo para ninguém que foram os Marinho que tomaram a iniciativa de conspirar junto a cúpula do MDB todo o processo do impeachment, para logo depois da posse de Temer iniciar uma oposição “agressiva” ao governo tampão, em um paralelo muito similar ao que ocorre atualmente em relação a Bolsonaro. Na linha do tempo, o trabalho sujo da Globo foi quase todo exitoso, desde o golpe, passando pela prisão absurda de Lula até a derrota eleitoral fraudulenta do PT em 2018, porém faltou emplacar o presidente da república desejado pelo establishment, tiveram que engolir não o “sapo barbudo” mas a “mula imberbe”... Bolsonaro assumiu o Planalto prometendo ao bispo ”Universal” Macedo transformar sua Rede Record no meio de comunicação hegemônico no país, sonhou repetir o processo que desbancou o colossal poderio da TV Tupi em favor da Globo, logo após o golpe militar de 64. É evidente que o capitão não poderá entregar a “encomenda” comprada por Edir Macedo, mas o simples fato do presidente vetar a Globo em seus “furos de comunicação” , levou a fúria dos Marinho que buscam “encurtar” ao máximo a permanência de Bolsonaro no Palácio do Planalto. Mas tentar “encurtar” o tempo de mandato de Bolsonaro não significa o mesmo que impulsionar uma oposição frontal ao governo do PSL. A famiglia Marinho apoia integralmente o setor do governo que identifica-se com a plataforma dos rentistas do mercado financeiro, exatamente o triunvirato neoliberal, composto por Guedes, Moro e Onyx. Por esta razão a Globo está na linha de frente no suporte midiático as reformas neoliberais do governo, em particular a contrarreforma da previdência social e a política de privatização das estatais. O “flerte” político que os dirigentes do PT, PSOL e PCdoB estão iniciando com os Marinho, de olho no debacle eleitoral de Bolsonaro em 2022 ou bem antes disto, é absolutamente criminoso, não por coincidência a Frente Popular não mobiliza o proletariado, pelo método da ação direta, contra a malfada reforma da previdência. Trocar a aprovação das reformas pela volta de Lula ao Planalto, como insinua a direção do PT em conchavo com os Marinho, configura uma traição de classe em seu mais alto nível de capitulação histórica diante da burguesia.
Um debate “envergonhado”, ainda travado nos bastidores da esquerda, vem ganhando “musculatura” neste início de governo neofascista. A famiglia Marinho e seu império de comunicação corporativa vem “batendo” sistematicamente no clã Bolsonaro, seja na forma da denúncia de escândalos recorrentes como o “Caso Queiroz”, ou pela via das “trapalhadas” de sua anturragem estatal mais estúpida, como os ministros Araújo e Damares. A postura “agressiva” da Globo em relação ao “capitão” presidente, que optou por dar um canal preferencial de “contato” aos concorrentes diretos dos Marinho, vem despertando simpatia política no interior da esquerda reformista, em particular nos quadros dirigentes do PT, PSOL e PCdoB. É absolutamente correto afirmar que Jair não era o “candidato dos sonhos” da famiglia Marinho, desde o golpe institucional que derrubou Dilma a Globo trabalhou a figura do justiceiro Sérgio Moro como o nome para inaugurar o ciclo histórico pós PT. Também não é segredo para ninguém que foram os Marinho que tomaram a iniciativa de conspirar junto a cúpula do MDB todo o processo do impeachment, para logo depois da posse de Temer iniciar uma oposição “agressiva” ao governo tampão, em um paralelo muito similar ao que ocorre atualmente em relação a Bolsonaro. Na linha do tempo, o trabalho sujo da Globo foi quase todo exitoso, desde o golpe, passando pela prisão absurda de Lula até a derrota eleitoral fraudulenta do PT em 2018, porém faltou emplacar o presidente da república desejado pelo establishment, tiveram que engolir não o “sapo barbudo” mas a “mula imberbe”... Bolsonaro assumiu o Planalto prometendo ao bispo ”Universal” Macedo transformar sua Rede Record no meio de comunicação hegemônico no país, sonhou repetir o processo que desbancou o colossal poderio da TV Tupi em favor da Globo, logo após o golpe militar de 64. É evidente que o capitão não poderá entregar a “encomenda” comprada por Edir Macedo, mas o simples fato do presidente vetar a Globo em seus “furos de comunicação” , levou a fúria dos Marinho que buscam “encurtar” ao máximo a permanência de Bolsonaro no Palácio do Planalto. Mas tentar “encurtar” o tempo de mandato de Bolsonaro não significa o mesmo que impulsionar uma oposição frontal ao governo do PSL. A famiglia Marinho apoia integralmente o setor do governo que identifica-se com a plataforma dos rentistas do mercado financeiro, exatamente o triunvirato neoliberal, composto por Guedes, Moro e Onyx. Por esta razão a Globo está na linha de frente no suporte midiático as reformas neoliberais do governo, em particular a contrarreforma da previdência social e a política de privatização das estatais. O “flerte” político que os dirigentes do PT, PSOL e PCdoB estão iniciando com os Marinho, de olho no debacle eleitoral de Bolsonaro em 2022 ou bem antes disto, é absolutamente criminoso, não por coincidência a Frente Popular não mobiliza o proletariado, pelo método da ação direta, contra a malfada reforma da previdência. Trocar a aprovação das reformas pela volta de Lula ao Planalto, como insinua a direção do PT em conchavo com os Marinho, configura uma traição de classe em seu mais alto nível de capitulação histórica diante da burguesia.