quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

NOVA CONDENAÇÃO PELA “LAVA JATO”: SOB O COMANDO DE MORO, AVANÇA A FARSA JURÍDICA CONTRA LULA MAS O PT CONTINUA CONFIANDO NAS INSTITUIÇÕES DO REGIME BURGUÊS LEGITIMANDO A OFENSIVA BONAPARTISTA


Em mais um capítulo da farsa jurídica montada pela operação “Lava Jato” contra Lula, a juíza federal Gabriela Hardt, substituta e marionete de Sérgio Moro, condenou o ex-presidente petista a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o sítio em Atibaia. A acusação é de que Lula teria recebido R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. Segundo a sentença, as obras foram custeadas pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e Schahin. As acusações de corrupção contra Lula acerca do sítio chegam a ser ridículas e passam muito longe do verdadeiro processo de composição entre o Estado burguês e os grandes grupos capitalistas. A “simbiose perfeita” entre a chamada iniciativa privada e seus negócios com todas as instituições estatais não foi “inventada” pelo PT, nos governos da Frente Popular apenas se reproduziu a secular prática recorrente do capitalismo de “pagar” comissões a seus gerentes de turno. Entretanto Lula encontra-se preso não por essas razões, mas sim por ser um líder popular que conciliou com a burguesia amortecendo a luta de classes e desmoralizando os trabalhadores ao ponto de pavimentar a ofensiva política Bonapartista em curso. A classe dominante fortalecida após as gestões da Frente Popular agora deseja Lula fora da vida política do país para que o governo Bolsonaro posse melhor impor suas reformas ultraneoliberais. Nesse cenário político extremamente polarizado, o PT continua confiando nas instituições do regime político, tanto que aguarda passivamente o julgamento no STF sobre a legalidade da prisão em segunda instância. No fundo espera ver Lula solto para concorrer nas eleições presidenciais de 2022. Por sua vez no parlamento o PT faz aliança com os partidos golpistas (MDB e PSB), negando-se a convocar a luta direta contra as reformas neoliberais do tripé Bolsonaro-Guedes-Moro. A nova condenação de Lula e sua prisão arbitrária demonstram que para barrar a sanha reacionária em curso orquestrada pelo Ministro Moro contra as lideranças petistas e o conjunto da esquerda é preciso denunciar e combater as ilusões nas instituições do apodrecido regime político burguês, justamente o contrário que vem fazendo o PT e o conjunto da Frente Popular. A continuar ser levada a cabo essa política suicida, Lula apodrecerá na prisão definhando até a morte, na medida que toda a estratégia do PT é apostar no desgaste de Bolsonaro para em 2022 voltar ao Planalto.