Aconteceu hoje (28/02) em Brasília a aguardada reunião entre o
“autoproclamado presidente” venezuelano, Juan Guaidó, e o presidente Bolsonaro.
Após o retumbante fiasco da operação “Caballo de Troya”, a Casa Branca orientou
o fantoche Guaidó a visitar o Brasil para tentar convencer o governo Bolsonaro
no sentido de encabeçar uma aventura militar contra o regime chavista. A razão
de Trump pretender forçar uma atitude militar mais “resoluta” do Brasil,
utilizando a presença do fantoche em nosso país, é simples: o reacionário
governo colombiano de Iván Duque (aliado incondicional ao Pentágono) refutou a
“missão” de atacar militarmente o governo nacionalista da Venezuela. O refugo
de Duque, justamente no malfadado “Dia D” (quando já parecia estar o “circo
armado”), teve como base a orientação do alto comando militar colombiano,
avaliando que estimular uma provocação de tropas na fronteira poderia ter uma
resposta exemplar das forças do governo Maduro, muito superiores belicamente em
relação aos países vizinhos. Foi por este mesmo motivo que o governo brasileiro
nem mesmo mobilizou suas FFAA para a fronteira em Roraima, apesar de toda a
especulação feita acerca de uma possível declaração de guerra contra a
Venezuela. O fascista Bolsonaro até que gostaria de ir além das escaramuças
fronteiriças estimuladas pela oposição direitista, reflexo da crise de
desabastecimento que assola as regiões economicamente mais pobres da Venezuela.
Mas os generais brasileiros, plenamente conscientes do completo sucateamento de
nossas FFAA, sabem que o país não tem as mínimas condições de ir a guerra, e
muito menos com as modernas e equipadas forças militares do regime chavista. Os
governos Dilma/Temer cancelaram os todos os investimentos em armamento que
foram planejados por Lula, como o projeto dos caças Saab Gripen por exemplo,
isto sem falar no passado de mais de 20 anos (Sarney/Collor/FHC) sem uma única
aquisição de peso para as FFAA. O resultado prático do desaparelhamento das
forças militares nacionais é que as bravatas contra Maduro, proferidas por
Bolsonaro e seu chanceler idiota, ficaram limitadas a tentar passar para a
Venezuela duas camionetas com uma suposta “ajuda humanitária” e nem isto
conseguiram. Agora com a “vacância” da Colômbia como “vanguarda” das
provocações para atacar a Venezuela, Trump quer passar o “abacaxi” Guaidó para
a responsabilidade do Brasil, mas a resposta do impotente Bolsonaro foi um
“sinto muito”...só posso colaborar no marco da “legalidade de nossa
constituição”...Guaidó segue para o Paraguai e sequer tem data para seu retorno
a Venezuela, como um boneco que já perdeu a “graça” para seus donos em
Washington, o destino do “autoproclamado” provavelmente será ser sacrificado em
nome de uma nova “onda” de ofensiva contra o regime chavista, agora com foco no
estrangulamento econômico do país berço de Simón Bolívar.