A agressão imperialista a Venezuela é iminente. Trump acaba
de convocar 5 mil militares para atacar o governo nacionalista burguês de
Maduro. Diante desse quadro dramático, fazemos um chamado público ao conjunto
das organizações trotskistas que se colocam no campo da luta anti-imperialista
a organizarmos imediatamente a Brigada Leon Trotsky de combate e solidariedade a luta dos
trabalhadores de nosso país irmão! Convocamos em particular as correntes
trotskistas que militam no coração do monstro imperialista, os camaradas da
Spartacist League (LCI) e do Internacionalist Group (IG), que corretamente denunciam as aventuras guerreiristas do seu próprio governo contra
as nações oprimidas. Na América Latina chamamos entre outras correntes os companheiros do PO argentino
e do POR boliviano a cerrarem fileiras conosco nessa tarefa internacionalista. Esse chamado se estende a outros grupos classistas e antiimperialistas que desejem somar-se a esse combate de classe contra a investida funesta da Casa Branca. Apesar de nossas diferenças públicas com essas organizações, consideramos que
esses partidos estão no campo principista da luta contra a agressão
imperialista a Venezuela, não se perfilaram como faz vergonhosamente a LIT e a
UIT como força auxiliar de Trump e da direita. Os Morenistas e seus satélites
revisionistas defendem o “Fora Maduro” no exato momento em que a Casa Branca
incrementa o cerco político e militar a Venezuela, recorrendo aos governos
capachos de Ivan Duque na Colômbia e do neofascista Bolsonaro no Brasil para
que os dois países sejam verdadeiras bases fronteiriças voltadas a provocar uma
guerra civil sangrenta, cinicamente usando a chamada “ajuda humanitária” como
cabeça de ponte para suas intenções macabras de derrubar o governo nacionalista
burguês de Nicolás Maduro. A formação da Brigada Leon Trotsky, integrada por
militantes da LBI e demais organizações que se reclamam
revolucionárias representaria em solo venezuelano as melhores tradições da IV
Internacional. Como sabemos, o Programa de Transição aponta como uma das
tarefas centrais colocar-se incondicionalmente no campo da nação oprimida
contra o imperialismo e seus agentes internos, até mesmo de armas nas mãos!
Combater na mesma trincheira do governo Maduro, do PSUV e das organizações de
base do Chavismo contra a investida de Trump e da direita obviamente não
significa avalizar o programa de colaboração de classes do governo da
Venezuela. Trata-se de ombro a ombro, lado a lado, fuzil com fuzil, dialogar e
fazer a luta política necessária para fazer avançar a resistência
revolucionária para além do programa nacionalista burguês, propondo a
radicalização política e programática ao militantes venezuelanos que estão
dispostos a dar sua vida contra a investida imperialista. Explicaremos no curso
da luta que para vencer é primordial o armamento popular, a expropriação da
burguesia e a formação de conselhos operários para construir uma verdadeira
república socialista na Venezuela, para não cair pelas mão do imperialismo
ianque e da direita que trabalha diuturnamente para que as FFAA passem para o
campo da reação burguesa. Alertaremos que a cúpula militar se mantém ao lado de
Maduro, ou melhor no mesmo campo da “Boligurguesia”, mas esta situação de
“equilíbrio” é altamente instável e tende a se desfazer rapidamente. A direção
do PSUV sabe que se tomar a medida de amar os trabalhadores, as massas em luta
podem sair de seu controle. Irão construir seus organismos de poder autônomos,
forçar a ruptura da hierarquia militar em favor do proletariado e liquidar
fisicamente a oposição burguesa, expulsando os agentes ianques do país até
impor uma dualidade do poder dos explorados, o que colocaria na ordem do dia a
vitória de sua revolução social por fora das instituições capitalistas. A
Brigada Leon Trostsky teria o papel de discutir com os trabalhadores
venezuelanos e sua vanguarda militantes, defendendo que para triunfar contra o
imperialismo e a reação nacional não há outro caminho, a não ser da
independência de classe do proletariado: armamento já das milícias Chavistas,
avançar em medidas concretas de expropriação da burguesia nacional, passando
para classe operária o controle da produção industrial venezuelana! Aguardamos as iniciativas concretas de todos as correntes da esquerda revolucionária que estiveram na Líbia contra a agressão da OTAN na derrubada reacionária de Kadaffi assim como se colocaram na Síria contra as provocações imperialistas de seus "rebeldes" mercenários para que possamos o mais
imediatamente possível organizar do ponto de vista prático e conjunto essa
importante iniciativa bolchevique que honrará o legado deixado por nosso
chefe Bolchevique, fundador do Exército Vermelho e um combatente pelo
Internacionalismo proletário!
COMITÊ CENTRAL DA LBI
18 DE FEVEREIRO DE 2019