terça-feira, 13 de agosto de 2019

BALANÇO DO 13A: JUVENTUDE E TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO MOSTRARAM DISPOSIÇÃO DE LUTA, PORÉM SAÍRAM ISOLADOS SEM A CONVOCAÇÃO DE UMA GREVE GERAL DE TODA A CLASSE TRABALHADORA


O dia de hoje foi marcado por importantes mobilizações da juventude e dos trabalhadores em Educação. Nesse 13 de agosto em todas as capitais e importantes cidades do país vimos a disposição de luta contra os ataques do governo Bolsonaro a educação pública e aos direitos dos trabalhadores. Desgraçadamente, esses atos ocorreram após a aprovação da reforma neoliberal da previdência na Câmara dos Deputados, sem que as centrais sindicais capitaneadas pela CUT e a UNE convocassem a luta direta nos locais de trabalho e estudo para barrar esse duro ataque ao direito a aposentadoria. Hoje, os milhares que saíram as ruas o fizeram de forma isolada porque a Frente Popular comandada pelo PT negou-se a convocar uma Greve Geral de toda a classe trabalhadora. Longe disso, a política do PCdoB foi antes do atos de hoje demonstrar que a UNE quer “dialogar” com o reacionário Weintraub, ministro da Educação de Bolsonaro para discutir os projetos de educação e o Future-se. Enquanto o presidente da UNE se reuniu com o canalha privatista, na base a entidade não organizou assembleias nas milhares de universiades do país. Apesar disso, as manifestações demonstraram que a juventude e os trabalhadores não querem aceitar os ataques sem luta. Em São Paulo, a manifestação, que se concentrou no vão do MASP, contou com a participação de milhares de ativistas, o mesmo se viu em Fortaleza, BH, Salvador e Porto Alegre. No Rio de Janeiro, os lutadores ocuparam as ruas do centro ao redor da Candelária e seguiram até a sede da Petrobras, em protesto contra a entrega da BR Distribuidora e da privatização de nossa principal empresa nacional.



A tática do PT, PCdoB e PSOL é convocar atos de rua domesticados como deste dia 13 de agosto para desgastar eleitoralmente o governo, sem ameaçar a estabilidade do regime político e muito mesmo o ajuste neoliberal em curso, negando-se a unificar a luta em torno de uma verdadeira Greve Geral. Tanto que agora a CUT e a UNE fingem que “a luta é no Senado”, quando se sabe que na chamada “Câmara Alta” de picaretas será proposto a ampliação do ataque via a inclusão dos Estado e municípios, para que as regras draconianas para se ter direito a aposentadoria inclua os servidores público desses dois entes da Federação, ampliando assim o horizonte do golpe aos trabalhadores. Como denunciaram os miliantes da LBI e da TRS presentes nas manifestações por todo o país, ao contrário de apostar na pressão sobre o parlamento e os governadores como defendem juntos CUT e Conlutas, PT, PSOL e PSTU, uma política de colaboração de classes que vai nos levar a derrota em nome de fazer apenas alguns ajustes cosméticos da reforma neoliberal exigida pelos rentistas, é necessário engajar a vanguarda classista na preparação de uma verdadeira Greve Geral que paralise a produção industrial, os transportes e o comercio, ocupando fábricas e terras para impor através da luta direta revolucionária a derrota do governo Bolsonaro/Mourão/Guedes/Moro e de suas contrarreformas neoliberais!