Neste domingo, 25 de agosto, houveram atos reacionários
esvaziados contra a “lei de abuso de autoridade” aprovada no Congresso Nacional e em favor da famigerda Operção Lava Jato em
várias capitais do país. Na verdade, as manifestações foram em solidariedade a
Sérgio Moro e Deltan Dallagnol em meio as fricções que ocorrem dentro do
governo comandado pelo fascista Bolsonaro. Durante a semana foi divulgado
amplamente na imprensa que Bolsonaro teria entrado em choque com Moro sobre as
indicações na PF entre outros temos. Como o chefe da malfada "República de Curitiba" é um dos sustentáculos
do regime Bonarpartista de exceção, diretamente patrocinado pela Casa Branca, logo
Bolsonaro recuou nas indicações, apesar de demonstrar clara irritação com sua
função de fantoche descartável. Os protestos de ontem convocados pelo grupo Vem
pra Rua pediram ainda a indicação do procurador Deltan Dallagnol à
Procuradoria-Geral da República e atacaram o STF, demonstrando que o núcleo duro fascista dos
manifestantes, mesmo diminuto, segue sendo a base de apoio da escalda
reacionária em nosso país. Eles protestaram também contra o projeto de lei
sobre abuso de autoridade aprovado pelo Congresso Nacional em 14 de agosto. O
texto define cerca de 30 situações que configuram o crime de abuso de
autoridade, como obter provas por meio ilícito, decretar condução coercitiva
sem antes intimar a pessoa a comparecer ao juízo, obter prova em procedimento
de investigação por meio ilícito ou divulgar gravação sem relação com as provas
que se pretende produzir em investigação, expondo a intimidade dos
investigados. Trata-se claramente de uma forma dos políticos burgueses se
resguardarem da ofensiva do judiciário, buscando-se assim que Bolsonaro aceite
as medidas como parte de um acordo de proteção da “ala política” do regime burguês. De
nossa parte, alertamos que a escalada reacionária tende a continuar se não
entrar em cena o movimento operário organizado de forma ativa e radicalizada, tarefa que vem sendo sabotada pela CUT e o
PT, os quais buscam apenas desgastar o governo entreguista no terreno eleitoral. Tanto que a Frente Popular somente indicou um nova manifestação de rua para setembro. Ao lado da dura
aplicação do ajuste neoliberal (reforma da previdência, privatizações),
Bolsonaro e Moro, mesmo com pequenas fricções internas, seguem firmes nos ataque
as liberdades democráticas e na militarização do regime político. Portanto é necessário
lutar para pôr abaixo o regime Bonapartista de exceção, apontando como
perspectiva revolucionária a luta pelo poder operário e popular!