BALANÇO DO 13A: JUVENTUDE E TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO
MOSTRARAM DISPOSIÇÃO DE LUTA, PORÉM SAÍRAM ISOLADOS SEM A CONVOCAÇÃO DE UMA
GREVE GERAL DE TODA A CLASSE TRABALHADORA
O dia de hoje foi marcado por importantes mobilizações da
juventude e dos trabalhadores em Educação. Nesse 13 de agosto em todas as
capitais e importantes cidades do país vimos a disposição de luta contra os
ataques do governo Bolsonaro a educação pública e aos direitos dos
trabalhadores. Desgraçadamente, esses atos ocorreram após a aprovação da
reforma neoliberal da previdência na Câmara dos Deputados, sem que as centrais
sindicais capitaneadas pela CUT e a UNE convocassem a luta direta nos locais de
trabalho e estudo para barrar esse duro ataque ao direito a aposentadoria. Hoje, os milhares que
saíram as ruas o fizeram de forma isolada porque a Frente Popular comandada
pelo PT negou-se a convocar uma Greve Geral de toda a classe trabalhadora.
Longe disso, a política do PCdoB foi antes do atos de hoje demonstrar que a UNE
quer “dialogar” com o reacionário Weintraub, ministro da Educação de Bolsonaro
para discutir os projetos de educação e o Future-se. Enquanto o presidente da
UNE se reuniu com o canalha privatista, na base a entidade não organizou
assembleias nas milhares de universiades do país. Apesar disso, as
manifestações demonstraram que a juventude e os trabalhadores não querem
aceitar os ataques sem luta. Em São Paulo, a manifestação, que se concentrou no
vão do MASP, contou com a participação de milhares de ativistas, o mesmo se viu
em Fortaleza, BH, Salvador e Porto Alegre. No Rio de Janeiro, os lutadores
ocuparam as ruas do centro ao redor da Candelária e seguiram até a sede da
Petrobras, em protesto contra a entrega da BR Distribuidora e da privatização
de nossa principal empresa nacional.
A tática do PT, PCdoB e PSOL é convocar atos de rua
domesticados como deste dia 13 de agosto para desgastar eleitoralmente o governo,
sem ameaçar a estabilidade do regime político e muito mesmo o ajuste neoliberal
em curso, negando-se a unificar a luta em torno de uma verdadeira Greve Geral.
Tanto que agora a CUT e a UNE fingem que “a luta é no Senado”, quando se sabe
que na chamada “Câmara Alta” de picaretas será proposto a ampliação do ataque
via a inclusão dos Estado e municípios, para que as regras draconianas para se
ter direito a aposentadoria inclua os servidores público desses dois entes da
Federação, ampliando assim o horizonte do golpe aos trabalhadores. Como
denunciaram os miliantes da LBI e da TRS presentes nas manifestações por todo o
país, ao contrário de apostar na pressão sobre o parlamento e os governadores
como defendem juntos CUT e Conlutas, PT, PSOL e PSTU, uma política de
colaboração de classes que vai nos levar a derrota em nome de fazer apenas
alguns ajustes cosméticos da reforma neoliberal exigida pelos rentistas, é
necessário engajar a vanguarda classista na preparação de uma verdadeira Greve
Geral que paralise a produção industrial, os transportes e o comercio, ocupando
fábricas e terras para impor através da luta direta revolucionária a derrota do
governo Bolsonaro/Mourão/Guedes/Moro e de suas contrarreformas neoliberais!