quarta-feira, 7 de agosto de 2019

FRUSTRADA TRANSFERÊNCIA DE LULA: LUTA INTESTINA PELA HEGEMONIA DO REGIME BONAPARTISTA FEZ A LAVA JATO LEVAR UMA GOLEADA NO STF


A decisão praticamente unânime do Supremo Tribunal Federal (10x01) que suspendeu a transferência forçada do ex-presidente Lula para um novo “Carandiru” no interior de São Paulo, foi a expressão maior da “guerra de posição” que hoje é travada entre os Ministros Togados e a Lava Jato. Representa sem dúvida alguma uma dura derrota para o justiceiro Sérgio Moro e sua malfadada “República de Curitiba”, que após as revelações do site Intercept acerca da verdadeira “caça” dos Procuradores da Força Tarefa aos “monarcas” do STF, estão em franca defensiva no interior do regime bonapartista instaurado no país depois do golpe institucional que derrubou o governo petista de Dilma Rousseff. Até mesmo o relator da Lava Jato no STF, o reacionário Ministro Edson Fachin, se posicionou favorável a uma parte do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Lula que trata sobre a suspensão da decisão da juíza fantoche do Paraná. Por sua vez, após a “Vaza Jato” revelar que o procurador Deltan Dellagnol procurava “fuçar” as contas clandestinas de Gilmar Mendes na Suíça, o Ministro tucano do STF declarou que a “Lava Jato era uma organização criminosa”, azedando de vez a barganha que a “República de Curitiba” ainda mantinha com o Supremo. Já Cármem Lúcia, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin deixaram claro que não vão entrar mais no “aha, uhu” com que o mercenário Dallagnol comemorou a adesão dos últimos togados às manobras espúrias da Lava Jato. O PT e suas lideranças sindicais da CUT, novamente apostaram “toda a sorte” de Lula na institucionalidade burguesa, sem mobilizações nacionais contra a arbitrária transferência, colocando nas mãos da classe dominante o destino da liberdade de Lula. Se desta vez o “vento soprou favorável” a Lula no interior do próprio regime bonapartista, em função da disputa fracional em seu interior, este fato não significa que o STF esteja plenamente disposto a garantir a liberdade do ex-presidente petista. Com esta percepção da classe operária, absolutamente oposta a nutrir esperanças políticas na institucionalidade do Estado capitalista, permanecemos a convocar uma ampla mobilização das massas proletárias e da juventude em defesa das liberdades democráticas e pela libertação de todos os presos políticos do regime golpista!