sábado, 10 de agosto de 2019

10 DE AGOSTO - DIA MUNDIAL DE LUTA: NÃO AO BLOQUEIO IMPERIALISTA CONTRA A VENEZUELA! EXPROPRIAR INTREGRALMENTE OS CAPITALISTAS PRÓ-IANQUES E A “BOLIBURGUESIA”!


O facínora Donald Trump impôs sanções contra todos os bens do governo venezuelano nos Estados Unidos. A ordem executiva congela todos os bens do governo venezuelano nos EUA e proíbe transações com Caracas. Isto significa que qualquer entidade que fizer negócios com o governo da Venezuela estará sujeita a sanções. Esta seria a primeira ação do tipo contra um governo do Hemisfério Ocidental em mais de 30 anos, colocando a Venezuela na mesma situação de Coreia do Norte, Irã, Síria e Cuba, os únicos outros países atualmente sujeitos a medidas rigorosas de Washington. “Todas as propriedades e interesses em propriedade do governo da Venezuela que estão nos Estados Unidos (...) estão bloqueados e não podem ser transferidos, pagos, exportados, retirados ou de outra forma negociados”, diz a ordem assinada por Trump. Em resposta nesta terça-feira, a Chancelaria venezuelana acusou Washington de praticar terrorismo econômico. Sanções contra mais de cem indivíduos e entidades, incluindo a empresa estatal de petróleo da Venezuela, PDVSA, já foram impostas neste ano pelos EUA, que puseram a sucursal americana da companhia — a Citgo — sob controle do líder oposicionista Juan Guaidó, que em janeiro se autoproclamou presidente interino com apoio da Assembleia Nacional, com apoio de mais de 50 países, incluindo o Brasil. No início do ano, todas as contas do governo Maduro nos EUA, assim como o ouro venezuelano mantido no país, foram incluídas nas sanções. A nova medida foi anunciada na terça-feira mesmo dia em que representantes de 60 países se reuniram em Lima em uma conferência internacional para organizar o bloqueio a Venezeula. “Estamos dando este passo para negar o acesso de Maduro ao sistema financeiro global e isolá-lo internacionalmente ainda mais”, disse Bolton na Conferência. Ele detalhou a abrangência das novas sanções. Além de congelar todos os ativos venezuelanos, proíbe quaisquer transações com o governo da Venezuela, autorizando sanções a pessoas estrangeiras que fornecerem bens ou serviços ao país. Como punição, a medida "restringe a entrada nos Estados Unidos desses indivíduos”, escreveu em sua página no Twitter. 

Os movimentos sociais no Brasil fizeram um manifesto convovando o dia mundial de luta para esse 10 de agosto “Somamo-nos às vozes que denunciam o bloqueio de 25 mil toneladas de alimentos, comprados pelo governo venezuelano para alimentar seu povo, que estão embargados no Canal do Panamá por conta das sanções econômicas e financeiras promovidas pelo imperialismo estadunidense”. Desde a LBI nos integramos a luta contra o bloqueio imperialista a Venezuela com total independência política do chavismo e de seu programa nacionalista burguês. É necessário romper com os limites impostos pela economia de mercado e expropriar os negócios da burguesia sob o controle operário, para que se mantenha e se avance nas conquistas. Entretanto o regime Chavista e sua "revolução bolivariana" são apenas uma caricatura nacionalista burguesa do genuíno socialismo revolucionário. Como um partido burguês o PSUV, mesmo combatendo no campo antiimperialista, é incapaz historicamente de conduzir  a Venezuela ao terreno do socialismo e o cheiro de uma derrota para a reação já exala no ar. O proletariado venezuelano necessita construir sua própria ferramenta de poder para vencer o fascismo e a reação democrático burguesa, neste  necessário caminho a tarefa inicial passa por não depositar confiança política em nenhum mecanismo eleitoral e forjar os comitês operários e populares de expropriação de cada empresa capitalista que patrocina a sabotagem e o desabastecimento nacional. Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo ultrapassar suas limitações históricas de um movimento radicalizado da burguesia nacionalista, combatemos na mesma trincheira antiimperialista porém somos conscientes de sua incapacidade programática de romper seus vínculos materiais com o capitalismo. Devemos acompanhar a própria experiência das massas e da vanguarda classista com o Chavismo, sem a cooptação das benesses estatais do regime e apontando sempre o caminho do enfrentamento revolucionário com a burguesia nativa e subordinada aos interesses do "grande Amo do Norte". O fundamental é que o proletariado venezuelano possa construir sua própria independência de classe, erguendo no curso da luta política sua genuína bandeira socialista.