sexta-feira, 9 de agosto de 2019

GLEISI LANÇA LULA CANDIDATO DO PT PARA 2022: ESQUERDA INTEGRADA AO REGIME BURGUÊS ESPERA INERTE PELAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS


Nestas primeiras semanas de agosto foi aprovada na Câmara dos Deputados em 2º turno a reforma neoliberal da previdência exigida pelos rentistas e o imperialismo. Trata-se de um duro ataque aos direitos dos trabalhadores, com perdas de conquistas históricas. No mesmo sentido, o governo Bolsonaro segue com seu plano de privatização das estatais, vendendo setores estratégicos da Petrobrás, como a BR distribuidora e planejando reduzir a principal empresa nacional a função básica de gerenciamento da extração de petróleo. Diante desses ataques de grande envergadura, a Frente Popular capitaneada pelo PT não esboçou qualquer resistência, pelo contrário, fez seu teatro no parlamento e sabotou a luta direta através da paralisia imposta pela CUT. A esquerda integrada ao regime burguês espera inerte pelas eleições presidenciais de 2022. Uma prova do que afirmamos é a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), defender hoje que o ex-presidente Lula, mantido como preso político em Curitiba, seja o candidato do partido nas eleições presidenciais de 2022. “O Lula é uma grande liderança do partido, e tendo condições de disputar, não teria dúvidas de que o PT disputaria com ele. Obviamente, se isso não acontecer, tem o nome forte no partido que é o do Fernando Haddad, que já foi nosso candidato a presidente. Não formamos candidatos e não construímos lideranças de uma hora para outra”. Como se observa, o PT vem sabotando a luta direta contra o ajuste neoliberal de Bolsonaro na esperança de ver Lula fora das grades para que recomponha o pacto de colaboração de classes com a burguesia e possa voltar ao Planalto em 2022. A estratégia adotada pela cúpula do PT consiste em chamar a solidariedade da burguesia nacional contra a caçada humana a Lula promovida pela Lava Jato, acontece que a classe dominante compreende que o ciclo histórico do “neodesenvolvimento” lulista está encerrado. Somente a mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta do proletariado, será capaz de libertar Lula e todos os presos políticos das masmorras do Estado capitalista, sem nutrir qualquer expectativa nas negociatas com as “cortes” da justiça burguesa. Alertamos que é completamente equivocado sabotar a luta direta como os ataques de Bolsonaro em nome da disputa presidencial. Na conjuntura mais imediata advogamos por derrotar nas ruas e na luta da ação direta revolucionária o governo fascista de Bolsonaro. A única saída realmente progressista diante da barbárie capitalista é pôr abaixo a ditadura de classe da burguesia e construir o novo Estado Operário, a falência histórica da democracia formal emoldurada pelas elites reacionárias já demonstrou para os trabalhadores e as massas empobrecidas que sua única alternativa é a luta pelo socialismo! Nesse caminho, o estabelecimento de uma Frente Única de Ação Antifascista contra Moro e Bolsonaro não está a serviço de defender a Frente Popular e a democracia burguesa, mas para derrotar a ofensiva da reação contra as limitadas liberdades democráticas existentes em nosso país e as conquistas sociais arrancadas com muita luta pelo proletariado, além de denunciar a política neoliberal do PT em seus mais de doze anos de gerência do Estado capitalista. O desenlace progressista da atual crise de dominação burguesa, que acaba de encerrar um ciclo histórico de expansão econômica, repousa exclusivamente na possibilidade da classe operária começar a construção de seu próprio embrião de poder revolucionário!