quinta-feira, 15 de agosto de 2019

NOVA REFORMA TRABALHISTA: MP 881 DÁ TOTAL LIBERDADE AOS PATRÕES E IMPÕE ESCRAVIDÃO COMPLETA PARA OS TRABALHADORES...


O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira (14/08) a Medida Provisória 881, a malfadada minirreforma trabalhista ou a “MP da escravidão”, após a votação dos destaques apresentados pelas bancadas bolsonaristas (inclusive com o apoio de parlamentares da chamada “oposição”), partidárias do projeto ultraneoliberal do governo neofascista de Bolsonaro. As doze propostas de alteração do texto foram rejeitadas, a medida segue agora para apreciação no Senado. Além de retirar direitos históricos dos trabalhadores, abolir regulamentações legais que vão estimular ainda mais a precarização da força de trabalho, a medida, ao acabar, em muitos casos, com a fiscalização de empresas e dificultar a responsabilização jurídica abre caminho para a impunidade e vai ser um estímulo aos patrões para a maior exploração dos trabalhadores. A permissão para o trabalho aos domingos e feriados sem o pagamento de 100% de adicional é um dos pontos centrais da “MP da escravidão”. Outro ponto aprovado, que é mais uma ameaça ao trabalhador travestido de “liberdade”, é o que trata do controle de ponto, a MP determina que será obrigatório os registros de entrada e saída no trabalho apenas para empresas com mais de vinte empregados, atualmente, o limite é até dez trabalhadores. O texto da MP, encomendado diretamente pela burguesia parasitária ao Congresso Nacional, autoriza ainda o registro de ponto por exceção, um modelo em que o funcionário da empresa pode fazer um acordo com o empregador para não bater o ponto, isto é claramente um convite à burla. O cenário econômico de profunda recessão econômica por que passa o país, atua como um elemento de chantagem sobre o proletariado ameaçado diretamente pela escalada crescente de desemprego, por outro lado a crise capitalista serve para a demagogia neoliberal avançar em suas contrarreformas, arrancando cada vez mais direitos sociais da classe operária. Mas o elemento central da ofensiva neoliberal da burguesia e seu atual governo fascista, reside no fato de que as direções da esquerda reformista e suas Centrais sindicais burocratizadas não ofereçam a menor linha de resistência contra o projeto das classes dominantes. A Frente Popular e seus apêndices menores como o PSOL e PSTU, só disseminam o cretinismo parlamentar, iludindo os trabalhadores sobre possíveis vitórias contra o “ajuste do mercado” no marco deste Congresso Nacional corrompido. É urgente romper com esta política de colaboração de classes do PT ou veremos em breve a volta da escravidão capitalista no Brasil...