quinta-feira, 1 de agosto de 2019

TRUMP ANUNCIA BRASIL COMO “ALIADO PRIORITÁRIO” DA OTAN: PROVOCAR UMA GUERRA CONTRA A VENEZUELA É O VERDADEIRO ALVO DA MACABRA ALIANÇA MILITAR NEOCOLONIALISTA... FORA A OTAN DA AMÉRICA LATINA! 


O imperialismo ianque designou oficialmente nesta quarta-feira (31) o Brasil como um "aliado prioritário extra-OTAN", concretizando o pedido do vassalo Bolsonaro no encontro entre os presidentes dos dois países ocorrido em março na Casa Branca. O alvo estratégico dessa aliança macabra é o governo nacionalista burguês de Maduro na Venezuela além das gestões da centro-esquerda burguesa como a de Evo Morales na Bolívia. Trata-se de uma grave ameaça ao continente, tendo em vista que um “aliado prioritário” pode acionar ajuda militar da OTAN para sua defesa, no caso um suposto ataque na fronteira com a Venezuela produto de uma provocação do governo fascista, como já foi tentado meses atrás. Também nesta quarta-feira, o governo brasileiro informou que foram iniciadas oficialmente as negociações para o fechamento de um acordo comercial com os Estados Unidos. 


A informação foi dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, após encontro com o com o secretário de Comércio norte-americano, Wilbur L. Ross Jr. Ao se tornar um aliado prioritário extra-Otano Brasi se obriga a ter “prioridade” para promover treinamentos militares com as Forças Armadas norte-americanas, ou seja, torna-se um exército auxiliar ianque na América Latina. Um dos princípios da organização imperalista, hoje com 29 países, garante aos integrantes o princípio de defesa coletiva: um eventual ataque a um ou mais países-membros do grupo será encarado como uma agressão a todos os demais integrantes. Frente a esse anuncio é preciso denunciar que o Pentágono e o governo fascista no Brasil preparam uma provocação contra a Venezuela nos próximos meses. O anuncio corresponde às necessidades políticas da Casa Branca que vem desencadeando uma ofensiva contra os governos da centro-esquerda burguesa no continente, vide os golpes no Paraguay, Honduras s Brasil, assim como o plano de desestabilização da Venezuela. Um fustigamento militar futuro na fronteira dos dois países, tendo como pretexto o combate a “ditadura de Maduro”, poderá levar até mesmo a uma guerra, em que a OTAN auxilie o Brasil e a Argentina, forçando a entrada em cena das forças armadas venezuelanas, hoje relativamente bem aparelhadas. 

Os Marxistas Revolucionários nunca patrocinaram nenhuma ilusão na capacidade de reação dos governos da centro-esquerda burguesa latino-americana frente as provocações do imperialismo ianque. Ainda que defendamos frente militares com governos atacados ou ameaçados pelo imperialismo, desde já declaramos que a tarefa de combater os planos da ofensiva ianque e da OTAN em nosso continente está nas mãos da classe operária e seus aliados, o campesinato pobre e os estudantes. Cabe aos Leninistas na trincheira da luta contra o imperialismo e pelas reivindicações imediatas e históricas dos trabalhadores, inclusive em frente única com os governos atacados pelas tropas da OTAN, combater os planos de agressão das potências capitalistas sobre as nações semicoloniais da região. Para tanto, faz-se necessário forjar um autêntico partido revolucionário marxista e marchar com independência política pela senda do combate de classe pela revolução socialista. Para derrotar a ofensiva política e militar das potências abutres e de seus aliados internos como Bolsoanaro e Macri é preciso que o proletariado em aliança com seus irmãos de classe latino-americanos se levantem em luta contra a investida imperialista na região. Neste momento, é fundamental estabelecer uma clara frente única anti-imperialista com as forças populares que se colocam contra os planos imperialistas. Combatendo nesta trincheira de luta comum, os revolucionários têm autoridade política para rechaçar inclusive as concessões feitas pela centro-esquerda burguesa, como o chavismo.