O fascista Bolsonaro atacou os Comunistas em viagem a cidade
de Parnaíba, no Piauí. Nesta quarta-feira (14.08) ele vociferou “Vamos varrer a
turma de vermelho do Brasil... Vamos acabar com o cocô no Brasil. O cocô é essa
raça de corruptos e comunistas”. Bolsonaro foi saudado em sua fala pelo canalha
Mão Santa, do SD. O atual prefeito de Parnaíba foi governador do Piauí entre
1995 e 2001 pelo PMDB, quando foi cassado por abuso de poder político e
econômico. Mão Santa teve como vice-governador em 1998 o trânsfuga Osmar
Ribeiro, do PCdoB, partido que é uma verdadeira prostituta política a serviço
da burguesia mas que desgraçadamente ainda uso como símbolo comunista a Foice e
o Martelo. Os ataques do "cocô" fascista contra os comunistas e à esquerda em geral tem
com o claro objetivo de perseguir a vanguarda revolucionária que comanda a
resistência aos ataques neoliberais do governo, inclusive os genuínos Leninistas
que não se submetem a política de colaboração de classes do PT e PCdoB. Bolsonaro
e suas hordas fascistas não distinguem as profundas diferenças políticas no
campo da esquerda, para as forças da reação tudo que represente no passado ou
no presente o combate histórico pelo socialismo deve ser eliminado e destruído.
Nesta perigosa escalada nacional da direita, nos chama atenção a “resposta” que
setores majoritários da esquerda (PT, PSOL, PCdoB, PSTU) pretendem dar a esta
ofensiva da reação, política condensada na carta elaborada por Lula gradecendo os esforços de parlamentares de diversos
partidos burgueses que em 7 de agosto foram ao STF pedir a suspensão de sua transferência
forçada de Curitiba: o petista clama por uma suposta “ampla frente antifascista” com
forças burguesas e suas personalidades tanto que é endereçada a figuras como
Rodrigo Maia (DEM), Marcos Pereira (PRB), presidente e vice da Câmara e os
presidentes de partidos, líderes ou vice-líderes das bancadas: Tadeu Alencar
(PSB), Fábio Ramalho (MDB), Arthur Lira (PP) Fábio Trad (PSD), Rubens Bueno
(Cidadania), Paulinho da Força (Solidariedade) Wellington Roberto (PL) entre
outros. O caminho apresentado por Lula e a Frente Popular é a senda da derrota,
não serve para derrotar na luta direta revolucionária o fascista Bolsonaro e sua corte de reacionários, como Mão Santa!
Diante das provocações de Bolsonaro e ações das turbas
fascistas a vanguarda comunista e o movimento social não podem ficar atados
na espera do “socorro da burguesia”, na aliança com os partidos patronais. É
necessário debater com o movimento de massas a tarefa de organizar de conjunto
nossas milícias de autodefesa, independente dos matizes políticos que nos
separam, como nos ensinou historicamente Trotsky: “Conclamar a organização da
milícia é uma ‘provocação’, dizem alguns adversários certamente pouco sérios e
pouco honestos. Isto não é um argumento, mas um insulto. Se a necessidade de
defender as organizações operárias surge de toda a situação, como é possível
não se conclamar a criação de milícias? É possível nos dizer que a criação de
milícias ‘provoca’ os ataques dos fascistas e a repressão do governo? Neste
caso, trata-se de um argumento absolutamente reacionário. O liberalismo sempre
disse aos operários que eles 'provocam' a reação, com sua luta de classes.”
(Aonde vai a França, LT). No campo, nas periferias e nos centros urbanos a
organização dos círculos de autodefesa deve estar colada à ação direta nos
sindicatos e associações, sempre na perspectiva da luta concreta por melhores
condições de vida e salário. Não devemos encarar a formação das milícias de
autodefesa como uma tarefa “militarista”, separada de nossas reivindicações
pontuais e históricas. Nossas lutas deverão enfrentar uma etapa bastante
delicada nesta correlação de forças, onde teremos que enfrentar o duro ajuste
neoliberal e na mesma proporção a “onda” fascistizante que vem se avolumado com
o agravamento da própria crise econômica, espiral reacionária que vem sendo
estimulada pelo fascista Bolsonaro.
Em nome da direção da LBI chamamos a estabelecer uma
enérgica resposta política dos oprimidos a cada ataque direitista contra nossos
companheiros e lutas, perpassa pela organização de nossas milícias de
autodefesa, sabemos muito bem que com o fascismo que ameaça nossas liberdades
democráticas “Não se dialoga, se combate de armas na mão, se preciso for!”. Por
esta razão reforçamos nosso chamado ao conjunto das organizações políticas e
sindicais da esquerda para que debatam em suas bases e organizem o mais rápido
possível as milícias de autodefesa de cada organização de esquerda, porque a
sanha facínora da direita já mostrou que está muito bem preparada. Para os
Marxistas Leninistas a ampla repercussão do ataque de Bolsonaro aos comunistas
que geraram repúdio do movimento de massas deveria ser convertida em um chamado
a ruptura com a própria institucionalidade burguesa que pretende eliminar
política e fisicamente as principais referências da esquerda, sejam reformistas
ou revolucionárias. A organização de comitês populares de autodefesa é o
primeiro passo desta importante tarefa. Por sua vez, o estabelecimento de uma
Frente Única de Ação Antifascista contra direita neoliberal e fascista não está
a serviço de defender a Frente Popular e a democracia burguesa, mas para
derrotar a ofensiva da reação contra as limitadas liberdades democráticas
existentes em nosso país e as conquistas sociais arrancadas com muita luta pelo
proletariado, além de denunciar a política neoliberal do PT em seus mais de
treze anos de gerência do Estado capitalista. Por isso declaramos: nenhuma
ilusão na “ampla frente antifascista” conclamada por Lula, nenhuma ilusão nas
instituições do regime político, no parlamento e no judiciário, lutemos por
construir uma alternativa de poder operário e popular baseado na democracia
operária dos trabalhadores em luta contra a direita reacionária e a Frente
Popular!